Angélica DeMarco, sempre amou trabalhar para as empresas Salazar... até a morte do seu antigo patrão. Agora ela terá que lidar com o temperamento da nova dona da empresa, Alessandra Louise Salazar, o qual a detesta por simplesmente ter sido a proteg...
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Flashback
20 de janeiro de 2019
Eu caminhava cuidadosamente como se o chão fosse feito de vidro. Minha ansiedade estava a flor da pele e minhas mãos soavam muito, olhava para todos ao meu redor como se as suas atenções estivessem voltadas somente em mim. Na entrada fui recebida por um homem alto, barba por fazer, cabelos castanhos e sorriso bem convidativo. Estranhei pelo simples fato de ser um segurança, pensava que eles fossem homens bravos e mal-encarados, mas com esse era diferente e por algum motivo senti que nos daríamos bem. Me aproximei dele e com um sorriso gentil, cumprimentei:
— Bom dia, senhor!
— Bom dia, minha jovem, em que posso te ajudar?
— Então, eu acabei de ser contratada mas estou perdida. — Dei uma risada de nervoso, pegando a minha pasta desajeitadamente da bolsa de couro falsificada. — Preciso chegar até o andar da presidência para conversar com o senhor Salazar.
O homem concordou pedindo para que eu seguisse reto e pegasse o primeiro elevador que visse pela frente e assim que apertasse no número três, eu chegaria ao meu destino. Agradeci. Estiquei a minha mão para que ele pegasse e antes de ir me apresentei.
— Antes que me esqueça, eu sou a Angélica DeMarco e foi um prazer te conhecer!
— O prazer foi todo meu... Eu me chamo, Leonel, mas todos por aqui me conhecem como Leon.
— Ah sim, então, obrigada novamente... Leon. — Voltei a sorrir me despedindo dele por fim.
Segui até o elevador como ele havia pedido. Assim que sai de dentro dele me deparei com o andar da presidência que se encontrava totalmente movimentada. Tentei não prestar muita atenção nisso e fui direto para a sala do meu mais novo chefe! Antes de tudo bati na porta e assim que ele liberou, eu entrei, sentei-me na sua frente e repousei a bolsa em cima do meu colo.
Connor Salazar, cruzou as mãos, apoiando seu queixo em cima.
— Bom dia, senhorita DeMarco, como vai?
— Por favor, me chame apenas de você. Respondendo a sua pergunta, eu vou muito bem, obrigada! Queria agradecer pela oportunidade que o senhor está me dando. Prometo não decepciona-lo. É uma honra trabalhar para a sua pessoa! — Sorri de nervoso. — Me desculpa se eu estiver falando muito, é que eu estou nervosa, eu não sou assim sempre, só a maior parte do tempo. — Soltei a última frase sem querer fazendo com que eu fechasse os olhos com força e me repreendesse mentalmente. — Quer dizer... Ah... O senhor me entendeu!
O mais velho riu humoradamente.
— Tudo bem, Angélica, não precisa ficar nervosa. Eu dei uma olhada no seu currículo e mesmo não possuindo nenhuma experiência, você tirou notas excelentes na faculdade, sem contar as cartas de recomendação dos seus professores e a sua carisma vem sendo a cereja do bolo. — Me olhou de uma forma gentil. — Seus pais devem ter muito orgulho. Só de imaginar, eu já me sinto orgulhoso.
