Capítulo Vinte e Três: Admita!

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— Eu a quero de volta, imediatamente! — Ordenei após ter se passado mais de uma hora, Maya me pediu para que eu desse um pouco mais de tempo mas já havia se passado o suficiente e nada de Angélica aparecer

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— Eu a quero de volta, imediatamente! — Ordenei após ter se passado mais de uma hora, Maya me pediu para que eu desse um pouco mais de tempo mas já havia se passado o suficiente e nada de Angélica aparecer. — Me passa o contato dela.

— Tudo bem, chefinha, só relaxa. — Pegou meu celular da mesa para anotar o número.

— Eu só vou relaxar quando a Angélica tomar vergonha na cara e vir trabalhar!

— Aqui...

Peguei o telefone de suas mãos e chamei porém deu como se o contato não existisse. Estreitei os olhos. Tentei mais uma vez e nada.

— Tem certeza que esse é o número?

— Claro que sim, Alê. — Se sentou na cadeira enfrente a minha mesa. — Será que aconteceu alguma coisa? A Angélica não tem cara de quem falta no serviço, as vezes ela até chega bem mais cedo do que o necessário.

Suspirei sentindo o cansaço tomar conta do meu corpo. Cruzei os braços e abaixei a cabeça pensativa, lembrando-me da nossa discussão na noite passada. Pode ser que ela tenha fugido depois que descobriu que eu já sabia tudo sobre a traição do meu pai com ela ou então tenha ficado doente devido a chuva que tomou. Pode ser pelos dois motivos também. Maya perguntou o que nós faríamos agora, resolvi deixar a Angélica de lado e pedi para que nós começássemos a trabalhar o quanto antes. A garota assentiu mas antes ela me confessou que estava preocupada, não comentei nada sobre, apenas a mandei sair da minha sala e assim ela o fez.

Quando a porta se fechou, tentei ligar para Angélica mais algumas dezenas de vezes porém dava no mesmo; número desconhecido ou inexistente.

Me levantei, peguei uma bebida da mesinha que tinha aqui, voltei a sentar na minha cadeira virando-a de costas para admirar a vista da cidade já que aqui era feito de vidro. Flashbacks então tomaram conta do meu pensamento e as cenas estavam frescas na minha cabeça, era como se eu tivesse voltado a noite da discussão.

— Para de agir feito uma criança, caralho!

— Olha quem fala; a mulher que não aguenta ficar sem sexo, que precisa diminuir os outros para se sentir superior e que precisa foder com uma garota uns vinte anos mais nova para se sentir mais mulher!

 

Apertei mais o copo.

— Algumas coisas nunca mudam, não é mesmo?

— Por quê você não me disse isso quando entrou pela primeira vez na presidência?

— E faz diferença?


Balancei a cabeça para os lados como se isso fosse ajudar a espantar essas lembranças.

Ouvi batidas na porta uns dez minutos depois de ficar revivendo todas essas coisas.

Meraki - Chefe e SecretariaOnde histórias criam vida. Descubra agora