Capítulo Treze: Não Pode Ser Ela

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Estacionei o carro entorno de meia hora depois de ter saído da empresa

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Estacionei o carro entorno de meia hora depois de ter saído da empresa. Estranhei o fato de ver as luzes de casa acesas e ao me aproximar mais da entrada foi possível ouvir um barulho do lado de dentro. Posicionei a mão na maçaneta e a girei com cuidado, sem hesitar tirei de dentro da bolsa o meu celular e disquei o número da polícia. Não tinha porque ter alguém aqui dentro levando em conta que nem empregados eu possuía. Meu pai costumava ter muitas inimizades devido alguns assuntos da empresa e se ele teve coragem de trair a minha mãe por todos esses anos, então não duvido nada que ele tenha provocado alguém a ponto de invadirem a minha residência.

 
— Alô, qual é a emergência? — Uma voz feminina perguntou do outro lado.

Adentrei, encostando a porta.

— Acho que tem alguém na minha casa...

— Certo, pôde me indicar o local? Iremos mandar uma viatura.

— Upper East Side, 840, fica no condado de Manhattan entre o Central Park e o Rio East...

— Ah, pelo amor de deus, Alessandra! Não acredito que está passando o endereço da nossa casa para alguma garota qualquer.

 
Tomei um susto que me fez levar a mão para o coração ao ponto de ter um infarto. Na minha frente estava a minha mãe. Respirei profundamente para não xinga-la por aparecer assim desse jeito.

— Algum problema, senhora? Nós já estamos a caminho!

— Não, não será necessário... Foi só um alarme falso. — Expliquei e não demorou até que a moça desligasse na minha cara.

 — O quê? Você estava ligando para polícia? — Franziu a testa. — Agora é crime vir vê a própria filha?

— Claro que não, mãe.

— Hum, na verdade era eu que devia te denunciar por ser uma ingrata!

— Do quê você está falando?

— Dos trezentos e-mails que eu te mandei e até agora você não me retornou. Um pouquinho de poder e luxo e você já se esquece de quem te criou, igualzinho seu pai, dois ingratos.

Franzi a testa sem entender do que ela estava falando. Agora vemos de quem eu puxei o temperamento. Então para não discutir na porta de casa, pedi para minha mãe me acompanhar até a sala e me contar direto o que ela está tentando me dizer.

 
— Eu não recebi nenhum e-mail seu, mãe, pode por favor me explicar?

— Como não recebeu? Louise, eu mandei tudo para aquela secretaria que trabalhou para o seu pai. — Pensou um pouco até continuar. — Não lembro muito bem o seu nome mas deve ser algo como, Angélica...

— DeMarco. — Completei e ela apenas concordou com a cabeça.

Que vaca! Ela não me falou nada sobre os e-mails, mas por quê será? Me perguntava enquanto a minha mãe explicava o motivo de ter vindo para cá e adivinhei... Ela só venho pelo testamento do meu querido paizinho. O fato dele não tê-la incluído a deixou muito deprimida e amarga ao ponto de eu não reconhece-la mais, agora tudo que ela pensava era em se vingar da “suposta” amante do meu pai a qual destruiu a sua vida.

Meraki - Chefe e SecretariaOnde histórias criam vida. Descubra agora