Assim que cheguei no Coffe Bar avistei minha mãe sentada em um mesa de fora, como sempre sua pose de “majestade” permanecia intacta, fiquei me perguntando se ela não se arrependia de ter feito tal crueldade para uma garota inocente. Lembro-me de ter conhecido a Maya em uma festa localizada em Chicago; e como a mulher atrevida que ela é, não perdeu tempo em dar em cima de mim. Acabamos no tornando “amigas” se é que eu posso chamar assim. Só sei que a gente se deu super bem. Ela era uma garota de alma incrível, nem de longe merecia ter terminado dessa forma, talvez vocês me achem hipócrita por estar falando assim mas essa é a minha verdade.
Independente de tudo o que aconteceu.
Tomei coragem então de sair do carro e segui na sua direção.
— Já estava quase de saída pensando que você não apareceria. — Guardou o celular na bolsa e em seguida fez gesto para que um garçom viesse nos atender.
Me sentei na sua frente.
— Não é necessário chamar o garçom porque não foi pra isso que eu vim, e você sabe disso.
Minha mãe ignorou completamente o que eu havia dito e prosseguiu pedindo dois cafés expresso, o garçom anotou o seu pedido e se foi nos deixando a sós. Confesso que nunca me senti tão desconfortável com a sua presença como estou me sentindo agora, nem de longe ela se parecia com a mulher que me deu a vida. O que uma decepção amorosa não faz? Desde que ela descobriu que o meu pai a “traía” nunca mais ela foi a mesma.
— Lembra quando você era pequena, querida? Você adorava essa cafeteria e não tinha um dia que você não aparecesse para comer aqueles deliciosos cupcake que o antigo dono costumava fazer. — Dizia naturalmente com um sorriso de canto.
Revirei os olhos.
— Eu não vim aqui para ficar recordando a minha infância.
— Seu pai não gostava nada disso mas eu continuava te trazendo porque isso te deixava feliz.
— Mãe! Diz logo o quê você quer!
O garçom retornou com o nosso pedido, colocando as xícaras de café sobre a mesa.
— Quer um cupcake, querida? Agora dá tempo de pedir.
— Tchau, senhora Foster! — Me levantei da mesa com intenção de voltar para o carro já que ela estava de palhaçada.
— Eu trouxe as cinzas da Maya! — Falou em um tom mais alto para que eu ouvisse fazendo-me virar para olha-la. — Apenas tome um café descente comigo e depois nós começamos a falar sobre isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meraki - Chefe e Secretaria
RomansaAngélica DeMarco, sempre amou trabalhar para as empresas Salazar... até a morte do seu antigo patrão. Agora ela terá que lidar com o temperamento da nova dona da empresa, Alessandra Louise Salazar, o qual a detesta por simplesmente ter sido a proteg...