Pensei que iríamos para o seu carro com intuito de ir embora para casa. Se Alessandra e eu não ficamos com aquelas garotas é porque nós estávamos indo embora, assim, ninguém transava com ninguém... Foi o que eu pensei. Então de repente nós viramos em um corredor comprido com várias portas numeradas. Na chave se encontrava o número “17,” eu havia visto antes mesmo de entregar para a minha chefe. Quando paramos enfrente a porta de um dos quarto, senti novamente meu coração acelerar, juro que tentei olhar para Alessandra porém a timidez não permitiu. Odiava isso em mim, uma hora eu agia impulsivamente e na outra eu era consumida pela timidez, era como se existisse duas versões minha.
Alessandra soltou o meu braço finalmente posicionando em seguida a chave na fechadura. Engoli em seco passando a língua pelos meus lábios os quais já estavam secos.
*a porta se abre*
— Alessandra? — Chamei em um sussurro.
A loira então voltou a pegar no meu braço, me jogou para dentro do quarto bruscamente, voltou a trancar a porta e num movimento rápido ela me prensou contra a parede. Senti minha respiração descompassada. Pelos céus, como se respira mesmo? Para ajudar o quarto estava escuro, não tanto mas o suficiente, nós ainda não havíamos acendido a luz o que deixou o ambiente ainda mais afrodisíaco.
— Ale...
— Cala a boca e me ouve! — Ordenou enquanto apertava minha cintura com força. — Até quando você acha que vai brincar comigo, Angélica?
— Não sei do que você está falando.
— Para! Para de agir como a sonsa que eu sei que você não é! Estou cansada dos seus joguinhos, garota.
— Você quem começou, Alessandra, eu nunca fiz nada pra você. — Tentei me desvencilhar porém ela não permitiu. — Me solta! Eu quero ir embora.
— Você não vai me deixar aqui sozinha depois de ter me excitado... Desde que você entrou na minha sala com toda aquela coragem, um fogo se acendeu dentro de mim. — Contornou meus lábios com o polegar. — Eu preciso transar. Eu estou quase subindo pelas paredes. — Sua voz saiu rouca.
Senti todo o meu corpo reagir as suas palavras. Uma pressão entre as minhas pernas se fez presente, não duvido nada que nessa altura minha calcinha já estivesse encharcada, Alessandra tinha um poder inexplicável sobre mim. Tudo o que eu queria nesse exato momento era me entregar de corpo e alma para essa mulher mas tinha uma grande chance dela estar me enganando, então eu teria que me esforçar para me afastar.
— Me deixa ir, Alessandra, você não pode me obrigar a ficar com você.
— Eu nunca faria isso. — Mordeu o lóbulo da minha orelha. — Se você não quiser, tudo bem, tem outras mulheres que dariam tudo para estar no seu lugar... Inclusive aquela garota de mais cedo.
— Não fala isso que eu não gosto!
Ouvi sua risada
— Se você não me quer com outras mulheres, então o que te impede de ficar comigo? — Roçou os seus lábios nos meus.
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Meraki - Chefe e Secretaria
RomanceAngélica DeMarco, sempre amou trabalhar para as empresas Salazar... até a morte do seu antigo patrão. Agora ela terá que lidar com o temperamento da nova dona da empresa, Alessandra Louise Salazar, o qual a detesta por simplesmente ter sido a proteg...