Angélica DeMarco, sempre amou trabalhar para as empresas Salazar... até a morte do seu antigo patrão. Agora ela terá que lidar com o temperamento da nova dona da empresa, Alessandra Louise Salazar, o qual a detesta por simplesmente ter sido a proteg...
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Senti uma vontade incontrolável de chorar, porém, me mantive forte.
— Do quê você está falando, Angélica? Como assim demissão?
— É, eu andei pensando muito nesses dias que estive afastada e a minha mãe precisa de mim. O Caleb também anda tão atarefado com as coisas da faculdade e a empresa vai pegar muito meu tempo... E eu preciso ajudar a minha mãe. — Menti.
— Isso não faz o menor sentido! Tenho certeza que a Paola te falou alguma coisa que fez você colocar essa ideia estúpida na cabeça. — Foi na minha frente. — O quê realmente aconteceu? Fala pra mim, Angélica, seja o que for.
Encarei sua imagem com pesar.
— Eu tô falando a verdade.
— Calma, então, se a carga horária da empresa for mesmo o problema, eu posso resolver e você não precisará se demitir.
— Não precisa, Alessandra...
— Como não? Angel, eu vou te encaixar no melhor horário dessa empresa nem que eu tenha que mudar o seu cargo. — Sorriu. — Tem alguma preferência, amor? — Questionou voltando para a sua mesa e procurando por algo no computador.
Suspirei pesadamente vendo a forma que ela estava me tratando. Não importa a desculpa que eu desse, Alessandra jamais permitiria que eu saísse da empresa e pelo visto ela não notou que não era só da empresa que eu queria sair, mas sim, da sua vida.
— Acho que você não está me entendendo, Alessandra. — Apoiei minhas mãos na sua mesa com uma expressão séria. — Eu não quero ficar!
— Por quê não?
— Eu já te expliquei o motivo.
— Eu não vou permitir que você vá embora da empresa e isso não está em discussão! — Veio até mim novamente segurando a minha cintura. — Aconteceu alguma coisa, não negue, você está muito estranha e eu quero saber o motivo.
Comprimi os lábios cabisbaixa.
Se eu quisesse convencê-la a me deixar ir, então eu teria que tocar diretamente na ferida mesmo que isso fosse doer mais em mim do que nela. Tirei suas mãos da minha cintura e á afastei.
— Não quero mais continuar com isso, Alessandra, eu andei pensando e acho que a melhor coisa a se fazer agora é a gente termina.
— Você está zoando com a minha cara? — Perguntou com o tom de voz trêmulo e as pupilas dilatadas, seus lábios se encontravam entreabertos indicando o quanto ela estava surpresa. — Como assim terminar se nós estamos se dando tão bem juntas?
— Eu sinto muito...
Deu um sorriso sem humor.
— Sente? Você está me dando um fora sem ao menos me dar um motivo.
