Capítulo Cinco: Um pouco de ousadia

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Saí de dentro do banheiro e notei que ela me seguia

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Saí de dentro do banheiro e notei que ela me seguia. Após isso eu respondi ao seu comentário enquanto á observava acender um cigarro. Talvez não fosse permitido fumar aqui dentro, mas, eu que não iria dizer nada.

— Pois é... Eu já cheguei a cantar no coral da igreja e meu irmão costumava dizer que eu levava jeito pra isso, se bem que eu prefiro...

— Eu só fiz um comentário e não me lembro de ter perguntado sobre a sua vida pessoal. — Me estendeu o cigarro como me oferecendo porém eu recusei.

Balancei a cabeça para os lados, se existisse alguém mais trouxa, eu desconheço. É óbvio que ela não tá nem ai para a minha vida alheia. Aonde eu estou com a cabeça?

— Tem razão, me desculpa. — Um silêncio constrangedor se formou por uns instantes me deixando desconfortável então resolvi puxar conversa. — Eu não imaginava que a senhora gostasse de comida italiana.

— Eu não gosto.

Franzi a testa.

— Então por que a senhora veio?

Alessandra se virou ligeiramente me encarando com os olhos cerrados, após se encostar sobre a pia e cruzar os braços notei que eu estava sendo um tanto invasiva, porém notei um sorriso de canto fazendo com que eu relaxasse um pouco. Nunca imaginei que ela pudesse ser tão intimidadora, qualquer deslize da minha parte e eu já ficava me remoendo por dentro imaginando o que ela poderia dizer ou fazer.

— Porque eu tenho uma pessoa que gosta. — Respondeu simplesmente.

— Aquela ruiva no salão? Não sabia que a senhora namorava.

— E quem disse que ela é a minha namorada?

— Hum, não sei, eu só cogitei a hipótese.

— Sei... Mas não, ela não é minha namorada nós só nos conhecemos e resolvemos sair para jantar e apesar de não gostar de comida italiana...

— Eu só fiz um comentário. — Interrompi. — Não me lembro de ter perguntado sobre a sua vida pessoal. — Falei devolvendo a dose.

Minha chefe me encarou com uma expressão surpresa no rosto. Confesso que o medo de levar um esculacho era grande mas a vontade de devolver o troco com a mesma moeda foi maior. Alessandra arqueou uma sobrancelha voltando a sorrir.

— Bem ousado da sua parte.

— Me desculpa...

— Não, não faça isso.

— Fazer o quê?

— Ficar pedindo desculpas toda hora. Eu gostei dessa sua ousadia e agradeceria se não estragasse tudo se desculpando. A Angélica desbocada fica melhor em você...

Sorri timidamente em consentimento. Alessandra ficou me encarando por mais um tempo até que a mulher de cabelos ruivos, apareceu. Ela perguntou o motivo da demora e a minha chefe apenas deu uma desculpa esfarrapada, pensei que ela fosse me apresentar mas isso não aconteceu, quando as duas começaram a se pegar eu percebi que esse era a hora de eu ir embora. Pelo visto Alessandra possuía várias “ficantes.”

Meraki - Chefe e SecretariaOnde histórias criam vida. Descubra agora