Quarenta e Seis: Mal-humor Elevado

2.9K 245 5
                                    

Os dias foram passando bem depressa e com ele, os nossos dias de glória, pois hoje nós voltaríamos ao trabalho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Os dias foram passando bem depressa e com ele, os nossos dias de glória, pois hoje nós voltaríamos ao trabalho. Lembro-me da Alessandra ter dito que eu poderia ficar na sua casa enquanto nós não voltássemos para a empresa e pelo visto esse dia havia chegado, se bem que ela não havia comentado nada até então. Confesso que esses dias foram muito bom, Lind estava se dando cada vez melhor com nós duas e isso de certa forma aquecia o meu coração, só achávamos estranho o fato dela não querer se despedir da sua irmã, desde que Maya havia falecido ninguém foi vê-la. Era inevitável não me sentir mal por isso. Já que estávamos falando sobre minha “saída” da casa da minha chefe, estava esquecendo de citar o fato da minha mãe está uma arara por eu ter sumido de casa e não só ela como o meu irmão também, então não restava outra alternativa á não ser recompensa-los de alguma forma.

Nesse momento eu tinha acabado de arrumar o cabelo de Lind para que ela fosse ao colégio. Como ela entrava um pouco mais tarde que a Alessandra e eu na empresa, nós teríamos que leva-la conosco... Enfim, estava uma correria.

— Pronto, Anjinho, nós já terminamos com o seu cabelo. — A mesma levantou a cabeça para que eu depositasse um beijo na sua testa como estávamos costumadas a fazer. — Agora só falta escovar os dentes.

— Ah, não precisa...

— Como não? Você não quer aparecer com bafo de cavalo na cara dos seus coleguinhas, não é mesmo? — Fiz uma careta. — Imagina só.

Lind deu risada, balançando a cabeça negativamente e indo em direção do banheiro, tratei de apressá-la pois Alessandra estava nos esperando no carro.

Alguns minutinhos depois nós saíamos de casa indo direto ao seu encontro. Coloquei a menina no banco de trás e depois fui me sentar ao lado da motorista... E que motorista! Alessandra estava impecável em um terninho preto, maquiagem leve que realçavam os seus olhos claros, cabelo solto e óculos de sol. Céus, essa mulher é incrivelmente sexy e a sua pose de durona me desconcertava de um jeito. Eu não conseguia tirar meus olhos dela. Quando sua atenção se voltou para mim, um sorriso maroto foi surgindo entre seus lábios.

— O quê foi? — Questionou dando partida no veículo.

— Não é nada... — Retribuí o sorriso.

— Sei.

— Ainda bem que você sabe. — Brinquei virando o rosto para a janela em seguida.

Senti sua mão repousar na minha coxa sutilmente.

Alessandra retomou a sua atenção para a estrada. Lindsey parecia bem animada pois em nenhum momento ela parou de falar, fiquei feliz por isso. Enquanto minha chefe dirigia, ficava pensando em como eu daria início a nossa conversa sobre minha saída da sua casa, o pior de tudo seria a minha mãe. Como eu apareceria em casa com uma criança? Me perguntava. Cerca de meia hora depois nós havíamos chegado, Alessandra desceu do carro entregando as chaves para o manobrista enquanto eu tratava de tirar a menina de dentro do veículo.

Meraki - Chefe e SecretariaOnde histórias criam vida. Descubra agora