Capítulo Quatorze: Companhia?

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Angélica DeMarco🍒

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Angélica DeMarco🍒

Horas atrás...

Sabe quando você se olha no espelho e não reconhece mais quem está ali? Porque está é a sensação que eu venho sentindo desde aquele episódio na sala de Alessandra. Não sei o que deu na minha cabeça para avançar em cima dela e fazer... Vocês sabem, talvez tenha sido pela raiva por ela ter me feito de otária na noite em que ela me levou na sua casa. Se eu me arrependo do que fiz? A resposta é não. Confesso que nunca me senti tão viva quanto naquela hora. Sentir a Alessandra foi a melhor coisa do mundo, daria tudo para toca-la novamente e fazê-la minha por completo e não pela metade, minha chefe tem sido a melhor e a pior coisa que aconteceu comigo em toda a minha vida! Na mesma hora que eu sinto atração por ela, vem aquela raiva por saber que este é o único sentimento recíproco que possa existir entre nós.

Não se enganem, eu não estou apaixonada por ela, só estou confusa com tudo o que vem acontecendo comigo desde que ela cruzou o meu caminho e como se as coisas não estivessem tão complicadas, ainda tem a Maya. Após nos beijamos ela não largou mais do meu pé!

- Ei, Angel, quer ir comigo num cabaré gay? - Perguntou enquanto andávamos pela cidade.

Nós estávamos resolvendo os assuntos aqui na rua as quais Alessandra designou.

- O quê? - Franzi a testa.

- Te perguntei se você não está afim de sair comigo. Eu sei que parece estranho te convidar para ir em um lugar como esses, mas, até que seria bom agora que você está se descobrindo lésbica.

- Eu não sou lésbica.

- Como não? Só cego não vê.

- Então você quer saber mais do que eu?

- Não é isso. - Apoiou as mãos nos meus ombros fazendo com que eu parasse de andar. - Você tem que parar de mentir para si mesma e assumir quem você realmente é. Não é vergonha nenhuma ser gay. Nós somos até que privilegiadas por isso.

- Minha mãe me mataria ou morreria se soubesse de uma coisa dessas. - Balancei a cabeça para os lados só de imaginar. - Eu não posso nem sonhar com isso, talvez eu esteja confusa ou seja só uma fase.

Maya revirou os olhos se afastando e voltando a andar.

- Eu mereço.

- É sério, Maya! Eu sou uma garota de vinte e três anos de idade que nunca ousou fazer algo de diferente ou que passasse dos limites. Até aquela noite em que nos beijamos eu nunca havia ficado bêbada na vida...

- Isso não é a mesma coisa.

- Não é a mesma coisa porque você nunca teve problemas com isso. Seus pais são liberais? Sua vida é fácil? Porque alguma coisa me diz que sim... - Atrai sua atenção novamente. - Talvez você só pense dessa forma por não ter passado pelas mesmas coisas que eu.

Meraki - Chefe e SecretariaOnde histórias criam vida. Descubra agora