CAPÍTULO 67

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Ela desmaiou de novo! Desse jeito não vai sobreviver. Posso estar em meio a monstros, mas não sou um deles!

Meu nome é Zenan, tenho 20 anos e moro perto de Laguna Encantada. Meus pais morreram num acidente enquanto estávamos viajando de férias. O motorista do ônibus que estávamos dormiu no volante e acabou por despencar de uma ribanceira. Meus pais morreram ainda foram resgatados, mas morreram no hospital. Eu quebrei vários ossos e tive uma concussão que me deixou em coma por 2 meses, minha irmã mais nova, Lucia, acabou ficando com problemas de locomoção e hoje usa um andador, já nossa irmãzinha bebe, Monique, se salvou milagrosamente com apenas alguns arranhões.

 Eu quebrei vários ossos e tive uma concussão que me deixou em coma por 2 meses, minha irmã mais nova, Lucia, acabou ficando com problemas de locomoção e hoje usa um andador, já nossa irmãzinha bebe, Monique, se salvou milagrosamente com apenas al...

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Quando finalmente consegui sair do hospital, Lucia estava num orfanato e Monique tinha sido entregue a uma família de acolhida. Fui deixado na rua porque já era de maior e não poderia ser levado a um orfanato; por sorte um amigo de meus pais me acolheu.

Seu Paulo é um senhor bem idoso com o coração enorme. Ele era advogado, mas agora esta aposentado. Ele me ajudou a arrumar um emprego e depois a conseguir a custódia da minha irmã mais nova. Já a minha irmãzinha bebê, ainda estou lutando pra ser seu tutor.

Preciso provar que posso sustentar as duas e dar um lar decente.

Quando terminou meu ultimo contrato fiquei preocupado. Mas um dos vizinhos me falou sobre um bico com o segurança e decidi aceitar. Ele disse que poderia até ser efetivado! Parecia ser a resposta as minhas preces... mas na verdade era uma baita cilada e acabei parando aqui.

Ter que assistir aquele canalha batendo nessa mocinha frágil foi terrível. Meu pai me ensinou que os homens são mais fortes por isso devem proteger as mulheres e nunca bater. Ele era um homem honrado e muito amoroso. E tudo o que eu mais quero e ser como ele. Por isso preciso conseguir tirar essa menina daqui. Tenho que conseguir. Se eu morrer, me encontro com meus pais no céu e cuido das minhas irmãs de lá.

Enquanto Zenan ainda estava pensando em um plano pra conseguir seu intento, um outro guarda bate na porta e entrega uma bandeja com seu jantar. Eles conseguiram alguém pra cozinhar pelo visto. Tinha bastante comida ali. O suficiente pra dividir com a moça enfraquecida.

Pensando nisso, ele entrou novamente na cela e sacudiu delicadamente o ombro de Amora.

- Ei moça, acorda. Acabei de receber o jantar. Tem muita comida e não vou conseguir comer tudo. Vamos dividir.

Amora nem se mexeu. Ela estava muito branca e gelada.

Zenan se apavorou e chamou pelo guarda do outro lado da porta.

- Socorro! Acho que a mulher morreu!

Foi uma correria! Logo o chefão estava lá.

- Porque você entrou na cela?

- A mulher não se mexia a muito tempo e percebi que ela estava ficando muito branca e vim olhar.

- Voce tocou nela?

- Não senhor! Eu juro pela minha vida!

- Pegue ela e coloque na van. Vou ter que levar essa merdinha ao hospital. Ela não pode morrer. Não ainda...

Peguei a moça que não pesava quase nada e a levei dali

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Peguei a moça que não pesava quase nada e a levei dali. Se pelo menos tivesse tido tempo de saber mais sobre a família, poderia dar um jeito de avisar.

Essa seria a oportunidade perfeita! Vou ficar de olhos e ouvidos atentos. Eles vão acabar deixando alguma coisa escapar...

- Aí ô garoto! Bom trabalho! Você fica aqui pra tomar conta do local. Vou levar meus homens de confiança e os mais forte pra tomar conta dela fora daqui. Não leve a mal, mas não te conheço e só confio em quem conheço. Você não é um de nós!

Merda! Isso iria ferrar com meus planos! Infelizmente não podia falar nada ou levantaria suspeita. Já que vou ter que ficar por aqui, o negócio é jogar umas conversas fora e tentar descobrir mais sobre essa merda que estou vivendo e sobre a moça.

- Sim, senhor!

- Bom menino! Vou mandar depositar uma boa quantia na conta que abrimos pra você.

E o carro sai com a moça, o chefão e mais seis homens de confiança dele.

Voltei para o quarto onde estava a cela da moça e comi minha comida já fria. Melhor comer fria que ficar com fome...

Depois de jantar, decidi vasculhar melhor aquele lugar. Na cela não tinha quase nada: uma cama, uma cadeira ao lado e mais nada, ao lado tinha um banheiro minúsculo com pia, lavabo e sanitário, tudo precariamente limpo...

Olhando bem o local vi umas coisas desenhadas em baixo da cama. Puxei ela de lado pra ver melhor e não consegui entender o que era aquilo. Comecei a observar melhor o quarto e achei vários pacotinhos estranhos enfiados nas paredes e quatro deles estavam presos nos quatro pés da cama. Não sei porque, mas senti que tinha que tirar aquilo tudo dali... o problema é que quando tentava tocar naquilo me sentia tonto e nauseado... lembrei que minha mãe me ensinou umas orações católicas de proteção e respirando fundo, comecei a rezar enquanto tirava aquelas coisas esquisitas.

Eu sabia que do outro lado das grades tinham algumas plantas e se eu jogasse os pacotinhos por ali, ninguém perceberia. Olhei pra ver se tinha algum guarde tomando conta daquele lado da casa, mas providentemente, naquele momento não tinha.

Joguei todos os pacotinhos pela janela e usando o tapetinho podre de sujo que tinha no banheiro, joguei água no desenho e usei meu pé pra esfregar o pano ali. Não tinha coragem de colocar minha mão naquilo... eca!

Quando me dei por satisfeito, coloquei a cama no lugar fazendo o possível pra não fazer barulho. Depois me sentei na minha cadeira e cochilei. Estava exausto. Aquela coisa, seja lá o que fosse, era muito estranha... depois que descansar, vou atrás de mais informações.

Mas mudo meu nome se não der um jeito de ajudar a mocinha.

CHANCES - THE WEREWOLF SERIES - LIVRO 3 - ANOTHER CHANCEOnde histórias criam vida. Descubra agora