Quando chegaram nesta nova terra, foram protegidos pelos Seres Elementais, Misticos e Ancestrais. Os lobisomens se desenvolveram, aprenderam a controlar sua transformação e a se misturar com os homens sem serem descobertos.
Aprenderam a viver pacifi...
A conversa com os pais de Vladimir tinha sido mais dura do que ela gostaria. Era verdade que nunca simpatizara com a classe dos vampiros, mas não podia negar que Boris e Kalina sempre tinham sido muito educados e simpáticos em todas as vezes que se encontraram.
Kalina ficou arrasada ao tomar ciência de todas as atrocidades cometidas pelo filho. Boris estava extremamente irritado. Amora chegou a temer pela própria vida quando decidiu contar o que estava fazendo para forçar Vladimir a falar, mas para sua surpresa, Boris aceitou até que muito bem.
Alguma coisa de muito grave deve ter acontecido entre pai e filho para que ele aceitasse tão bem o fato de que seu filho estava preso, e sendo torturado em uma cela...
Amora mandou que fosse servido um lanche pois seus visitantes haviam feito uma viagem bem longa e estavam cansados e provavelmente famintos.
O mais difícil foi pedir a diversos funcionários que doassem sangue para o "lanchinho" de Boris e Kalina. Argh! Ela não queria presenciar a cena deles tomando aquilo... só de pensar já lhe dava náuseas!
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Kalina quase não comeu nada, apenas bebericou um pouco do sangue que fora servido; ela estava muito preocupada com o filho, e sendo assim decidi levá-los logo a cela onde Vladimir estava.
Achei mui estranha a conversa que ouvi entre eles.
- Kalina, lembre-se do que conversamos. Eu jurei a você que iria tentar de tudo antes de fazer o que tenho que fazer.
- Por favor meu amor. Tenha paciência com nosso filho. Ele tem o mesmo temperamento de seu avô, e infelizmente a mesma cabeça dura. Mas quando estiver pra perder a paciência, lembre-se daquele garotinho que adorava passear sentado em suas costas, que te seguia para todos os lados... Esse menino ainda esta lá em algum lugar.
- Ele precisa parar com esse ódio louco. Tem que soltar os reféns. Eu sinto muito meu amor, mas se for preciso eu farei com que fale.
- Eu entendo, mas por favor, tenha calma.
Amora seguia a frente do casal e se esforçou para não olhar para trás e perguntar do que estavam falando.
- É aqui. Mais uma vez quero me desculpar pela cena que irão ver, mas fizemos tudo o que foi possível para evitar essa situação. Tentamos dialogar por um longo tempo, mas nada deu resultado.
Boris e Kalina apenas assentiram com a cabeça.
Por sorte Amora ainda não tinha começado o interrogatório como estava pensando em fazer. Ela deixaria a sua parte humana de lado e abraçaria a sua porção animal, mesmo com muita dificuldade, se fosse preciso para conseguir resgatar os inocentes seqüestrados por Vladimir e sua corja.
A imagem seria ainda pior se o processo já tivesse andado um pouco mais...
Quando entraram na cela, Boris e Kalina encontraram Vladimir acorrentado, muito agitado e bem abatido. Um dia inteiro sem comer ou beber e sem dormir deixaram suas marcas, mas sabe-se lá o que ele estava impondo as seres que havia seqüestrado.
