CHANCES - THE WEREWOLF SERIES - LIVRO 3 - ANOTHER CHANCE

CAPÍTULO 68

Depois de jogar conversa fora e falar um monte de merdas pra alguns dos caçadores, fui descobrindo mais sobre a moça. Seu nome é Amora e ela não é tão frágil assim... disseram que é a rainha das bruxas – se é que existe isso... – acho que é história pra assustar esses tapados e fazer com que obedeçam ao babacão chefe.

Acho que eles me veem como um idiota... tudo o que me contaram não passa de mentiras! Disseram que a moça é uma bruxa muito poderosa e que é casada com um lobisomem... Tá... e eu sou o rei da Rússia! Já estou muito crescido pra acreditar em histórias da carochinha.

Talvez estejam desconfiados de mim e resolveram falar essas bobeiras pra me fazer desistir de saber mais sobre o que esta acontecendo aqui.

A única coisa que consegui saber que me pareceu verdadeira é que a família é da cidade e que o nome do marido dela é Parker.

O chefão babacão ligou dizendo que a moça precisou ficar internada. O segundo em comando do grupo deu folga pra metade dos homens e estou incluído nessa lista. Alguns caras falaram que vão a um prostíbulo em uma cidadezinha mais afastada. Disse que estava a fim de caçar um pouco e que ia ficar pela mata. Mas a verdade é que vou colocar umas roupas comuns por baixo do uniforme e vou tentar chegar até ac idade e ver se encontro o marido da coitada que estava presa.

Se estou com medo? Mas é claro! Tô aqui me borrando todo, mas é o certo a se fazer.

Esperei o momento em que eles estavam mais agitados se organizando pra sair e me esgueirei sem ser visto. É uma boa caminhada até a cidade de Laguna encantada, mas estou determinado. Depois de andar um pouco, lembrei que os guardas deixaram algumas motos escondidas por ali para o caso de precisar fugir de repente.

Assim que achei uma delas, empurrei por mais alguns metros pra ter certeza que ninguém ouviria o barulho e segui para a cidade.

Entrei em uma lanchonete e fiquei de olhos e ouvidos atentos. Não demorou muito e um grupo de jovens começou a comentar sobre o sequestro da menina e que o prefeito estava formando uma força tarefa para tentar localizá-la .

Me aproximei de uma das jovens e disse que queria fazer parte do grupo.

- Onde encontro o prefeito agora?

- Ele está na praça. Voce é novo aqui né?

Pensei e decidi mentir pra não levantar desconfiança.

- Sim. Infelizmente cheguei no dia em que teve o tiroteio na praça. Estou revoltado com isso, por esse motivo quero ajudar.

- Ah, sim!

- Como é o prefeito? Ainda não o vi de perto.

- Espera – e ligando o celular ela me mostra uma foto onde estão 3 homens – Esse aqui com o cabelão lindo é o prefeito, esse aqui ao lado é Parker, o marido da Mag... da Amora, e o outro é o Jarel, irmão dos dois.

Agradeci e rumei para a praça. Chegando lá me deparei com os três homens em questão. O que ninguém me falou é que eram três "armários"! juro que nunca vi nenhum homem daquele tamanho. Tive medo, mas respirei fundo e fui tentar falar com o tal prefeito.

Esperei um momento em que estavam ais silencio e resolvi testar algo... bem, disseram que eles eram lobisomens... se for verdade eu posso falar baixo que ele vai me ouvir, afinal dizem que os lobisomens escutam muito mais do que os humanos.

Falei sussurrando:

- Prefeito, eu sou o rapaz diferente, de blusa branca e calça jeans. Estou sendo chantageado pelos caçadores e sei onde esta a moça. Disfarce e venha falar comigo. Não sei se tem algum dos outros caras me observando.

Tomei um susto quando ele olhou diretamente pra mim e assentiu. Ele veio disfarçadamente andando em minha direção enquanto falava com um rapazinho.

- Quem é você e o que sabe? Porque quer nos ajudar. E principalmente porque devo acreditar em você?

- Me chamo Zenan e estou sendo chantageado. Fui forçado a ficar no cativeiro porque eles sequestraram minha irmãzinha pequena e ameaçaram matá-la caso eu tente fugir ou fazer alguma gracinha... mas eu descobri que nada vai adiantar, estou com minha sentença de morte assinada. E já que eu e minha irmã vamos morrer, pelo menos quero fazer o que acho certo. Achei que iria trabalhar como vigia noturno e acabei preso e obrigado a trabalhar como marginal.

- Se estiver mentindo, quem te mata somos nós.

- O nome da moça é Amora, ela não consegue mexer as pernas. O chefão babacão se chama André. Ele ficou com raiva de umas coisas que ela disse e bateu na moça. Ontem a noite tiveram que levar ela pro hospital de uma cidade vizinha porque quando fui verificar como ela estava, a moça estava fria e desacordada. Pelo que fiquei sabendo, ela vai ficar internada. Infelizmente não sei pra que cidade a levaram, mas não deve ser difícil achar.

- Onde fica o cativeiro?

Passei as informações que tinha enquanto, me balançava fingindo acompanhar uma música que saía do alto falante e cantando a canção.

- Ele fez menção de me prender, mas eu disse.

- Se sequer desconfiarem que estou com vocês, mudam de local e nunca mais vão saber onde ela está. Me dê um celular e ajudo vocês a acabar com aqueles merdas. Só me prometa tentar salvar minha irmã. Vou passar os dados de onde ela está. Quando decidirem que é hora de atacar, me envie uma mensagem que crio uma distração. Mas acho melhor pegarem a moça primeiro... O chefe quer usar ela como prostituta..

Aquilo fez o tal prefeito rosnar como um cachorro. Me assustei e fui saindo de fininho. Ela hora de voltar ao esconderijo.

Voltei procurando ao máximo não fazer barulho e nem chamar atenção. Coloquei a moto no mesmo lugar, cobri com a lona e joguei novamente a terra e as folas por cima para camuflar.

Pensei melhor e resolvi mudar aquela moto de lugar, afinal eu também tinha que ter uma plano B caso a merda batesse forte demais no ventilador e precisasse fugir dos dois lados.