Charlotte consegue a viajem dos seus sonhos, ir para a Itália estava sendo realmente incrível, tanto nos lugares, como nas pessoas que conheceu, inclusive um amor, ela conhece o amor da sua vida em um dia qualquer como os outros, se apaixona, e lá v...
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ESTAVA TENTANDO processar o que havia acabado de acontecer, nunca, em toda a minha vida, pensei que seria assaltada a luz do dia e com uma multidão ao meu redor.
Por ainda estar em choque com o recente acontecimento, não tive reação, apenas assisti toda a cena deles indo embora.
O aeroporto de Paris-Charles de Gaulle estava sempre movimentado, então nunca pude imaginar que algo assim aconteceria, e detalhe, mesmo com tanta gente, ninguém teve a decência de me ajudar.
Na hora, eu ao menos liguei muito o fato de ter ficado sem o celular, com um tempo, quando arrumasse um trabalho, claro, irei poder comprar outro, o problema mesmo, foi o fato de eu não ter salvado o número do italiano.
Achava que não tinha necessidade e que o número sempre ficaria ali gravado na parte de ligações, porém, eu me enganei, eu havia o perdido, talvez para sempre.
Tentei ao máximo não me xingar, mas estava um pouco difícil, certo que eu não tinha culpa, como eu iria imaginar que algo assim aconteceria? Mas pelo menos um terço dela ainda era minha por não ter gravado o bendito número.
O celular realmente não faria tanta falta, aprendi que não devemos dar valor as coisas materiais, elas vem e vão, tinha sim um certo apego emocional pelo fato de ter sido presente de meu avô, mas não era o fim do mundo, só tinha que fazer um B.O e pronto.
Dias melhores virão e eu tenho certeza de que pior do que tá não pode ficar.
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─ Perai, Perai, deixa eu ver se entendi, você viaja para conhecer um país diferente, conhece alguém, transa com ele, se apaixona por ele, depois dá um perdido nele e ainda é roubada? ─ Alina pergunta sentada no sofá de sua sala, e após eu afirmar com a cabeça, ela me olha segurando a risada, ótimo, só o que faltava.
─ E você não fez nada? Não denunciou nem nada?
─ Você tá achando engraçado? Eu acabei de dizer que fui roubada, tudo bem que o celular não era novo, mas mesmo assim, eu nem tenho um emprego, como vou comprar um celular novo? ─ pergunto colocando minha cabeça entre as mãos e logo retorno a falar.
