Forty

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COLOCANDO O LUIGI sentado no assento ao meu lado, eu me levanto, pronta para começar a trabalhar

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COLOCANDO O LUIGI sentado no assento ao meu lado, eu me levanto, pronta para começar a trabalhar.

De minha bolsa, retiro o caderno de desenho do Luigi, junto de seus lápis de colorir, colocando a sua frente, sobre a mesa.

Em seguida, vou para trás do balcão, pegando alguns cookies que o Luigi tanto gostava, os colocando em um prato, também a sua frente - e mesmo com Nina odiando quando faço isso - coloco anotado em um papel, tudo o que eu pegava para o Luigi aqui no café, assim depois, eu mesma iria descontar do meu salário.

Em seguida, vou para o vestiário, trocando de roupa e colocando o uniforme, quando retorno, começo a limpar as mesas que estavam vazias, sendo acompanhada por Lea, que havia chegado a pouco tempo.

Alina e as outras também haviam chegado, Ambre e Mila já estavam atrás do balcão, e hoje era o dia de Alina limpar os banheiros.

Enquanto limpávamos, Lea começa a falar sobre diversos assuntos, logo tocando no nome do seu irmão, o Adam, que nas poucas vezes que havíamos nos visto não deixava passar despercebido o seu interesse por mim, e eu fazia questão de mostrar que não estava interessada.

─ Ele sabe que eu venho com um pacote completo, né?! ─ aponto com a cabeça para o Luigi que estava quietinho desenhando enquanto comia um cookie, Lea havia acabado de me dizer que o Adam queria sair comigo, e havia pedido para a sua irmã ser a cupido.

─ O Adam daria um ótimo pai ─ ela diz, me fazendo parar no lugar, suspiro antes de me virar para responde-la.

─ O Luigi tem um pai, ele não precisa de outro! ─ digo me alterando um pouco, mas logo me acalmo ao olhar em direção do Luigi, agradecendo que ele não havia escutado nada.

Não que eu não gostasse de tocar no assunto, não tinha nada para esconder - obviamente - mas na frente do Luigi, eu evitava tocar na palavra "pai" já que o mesmo estava na fase de me perguntar o motivo do por que só ele que não tinha um papai.

Eram sempre as mesmas perguntas.

"Eu tenho um papai, mamãe?".

Quando o papai irá vir me ver?"

Sempre quis deixar muito claro para ele que ele tinha sim um papai e que o seu papai o amava muito, um dia ele voltará sim e nunca mais partirá.

Por mais que essas palavras foram ditas como forma de conforta-lo, eu acreditava que um dia elas se tornariam sim verdade, tenho certeza de que se o Fabrizio soubesse de sua existência, ele jamais o renegaria como filho.

─ Sei disso Charlotte, não estou dizendo para substituir o pai do Lulu, afinal, isso nunca acontecerá, o italiano será para sempre pai do Luigi, só estou dizendo para dar uma chance ao Adam ─ ela suspira antes de continuar ─ tenho certeza de que os dois se dariam muito bem ─ dessa vez sou eu quem suspira.

─ Irei pensar sobre o assunto, mas não garanto nada, o Luigi é o dono de toda a minha atenção, a minha prioridade é ele e sempre será, não tenho espaço para distrações! ─ respondo me afastando em seguida, querendo deixar claro que aquela conversa havia acabado.

Sei que todos queriam o meu bem e o bem do Luigi, mas me deixava muito irritava o fato de todos praticamente insinuarem que eu necessitava de um homem ao meu lado.

Isso jamais acontecerá, Além do Luigi e o meu avô, o único homem da minha vida será apenas o Fabrizio, e será assim para sempre, pois, além de amor da minha vida, ele também era o pai do meu filho.

─ Meninas, o que acham de fazermos algo diferente amanhã? ─ Ambre chama a nossa atenção e eu me aproximo do balcão.

Amanhã era domingo, então não abriríamos, antes, era aberto todos os dias, mas Nina tendo pena de nós, decidiu nos dar o domingo de folga e diminuir nossa carga horária.

─ Dependendo do que você tem em mente... É apropriado para crianças? ─ rio apontando para o Luigi, que estava desenhando, alheio a conversa.

─ Claro que sim Lotte, é o local mais family friendly que você conhecerá em toda a sua vida ─ me responde, arrancando um sorriso meu.

─ E que local é esse? ─ Alina questiona antes de mim.

─ Acho que está mais do que na hora do nosso pequenino conhecer a Disney aqui de Paris ─ Ambre abre um sorriso de orelha a orelha.

─ Não sei não ─ estava meio receosa, a Disney era um lugar lotado de pessoas, tenho medo de acabar perdendo o Luigi.

Ela abre uma careta, logo sorrindo, se virando para o meu filho e abrindo um sorriso. Já sabia claramente o que ela iria fazer.

Chantagista.

─ Lulu, meu amor ─ atrai sua atenção ─ você gostaria de ir em um parque com muitos brinquedos? ─ questiona fazendo o meu filho ficar mais animado do que ficava quando come o seu doce favorito.

─ Isso é golpe baixo! ─ resmungo e Mila ao seu lado ri. Ambre apenas me ignora, aguardando a resposta do Luigi pacientemente, o mesmo me estende os braços, me fazendo pega-lo no colo, querendo ficar a nossa altura.

─ Eu vou poder brincar em tudo que eu quiser? ─ ele pergunta com os olhos brilhando de alegria.

─ Em todos não ─ respondo fazendo Ambre me encarar feio, e em seguida encarar o Luigi amorosamente.

─ Claro que sim amor, a sua titia favorita vai deixar você brincar em qualquer brinquedo que quiser ─ começo a rir quando o assunto "tia favorita" vem a tona.

Pode passar o tempo que for, mas sempre terá a rivalidade para saber quem é a tia favorita.

─ Pobrezinha, acha que é a tia favorita ─ Mila debocha de Ambre.

─ E quem você acha que é?! Você?! ─ Ambre rebate debochando também.

─ Já deu vocês duas! Se brigarem na frente do Luigi eu não irei para nenhum lugar amanhã! ─ falo parando com aquela palhaçada, elas eram mais criança que o próprio Luigi.

─ Querido, diz para mim, quem é a sua tia favorita? ─ Mila questiona o meu filho após segundos de silencio, me fazendo bufar.

─ Desisto! ─ reviro de leve os meu olhos.

─ A mamãe diz que eu não posso ter preferidos, assim alguém ficará triste ─ cruzando os bracinhos ele fica sério, e eu seguro a risada, em seguida as meninas me olham com um tom acusatório.

─ Mas ela não liga de você escolher um, não é mamãe?! ─ Ambre me encara ameaçadoramente, principalmente no "mamãe".

─ É mamãe? ─ Luigi questiona inocentemente virando para mim, e eu assinto logo após falando.

─ Depois não reclamem quando nenhuma das duas ocuparem o cargo de preferida ─ Ambre faz um sinal com o dedo indicador na boca, sinalizando para que eu ficasse calada.

─ Então, meu amor, quem é a tia preferida? ─ Mila questiona sorrindo, e confesso que esse sorriso dela já estava me dando medo.

─ Todas são! ─ ele diz sorrindo, ambas as duas bufam, e eu começo a rir baixinho, deixando um pequeno beijinho no topo de sua cabeça.

─ Não querido, escolhe só uma ─ Mila suplica, e logo pensa em um exemplo ─ se você estivesse em uma ilha, quem levaria?

─ A minha mamãe ─ eu gargalho diante da sua fala inocente.

─ É melhor vocês desistirem ─ digo ainda rindo.

─ Já perdi até as esperanças ─ Ambre diz desanimada enquanto apoiava a sua cabeça na palma da mão, e rindo eu abraço o meu filhote, que retribui o abraço, eu havia dito que não existia uma preferida, mas não me escutaram.













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Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora