Eight

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OLHO A DECORAÇÃO do apartamento ao meu redor, ele não era grande, era aconchegante e aparentava acomodar duas pessoas ali facilmente

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OLHO A DECORAÇÃO do apartamento ao meu redor, ele não era grande, era aconchegante e aparentava acomodar duas pessoas ali facilmente. Acabo me repreendendo por pensar em tal coisa, como se o Fabrizio fosse pedir para que eu ficasse com ele, aqui em seu apartamento.

─ Então, o que achou do apartamento? Sei que não é grande coisa, mas eu gosto de morar aqui ─ Dava para ver um fio de insegurança em seu rosto, ele achava que eu não gostaria por ser simples?

Me senti mal por ele estar pensando nisso, será que eu o fiz acreditar que não tinha gostado?

─ Eu adorei Fabrizio, a sua decoração tem a sua cara, vejo que se esforçou para decorar até o mínimo detalhe ─ comento sorrindo, o fazendo sorrir junto a mim.

─ Fico feliz que tenha gostado ─ ele se levanta do sofá marrom escuro presente ali na sala ─ o que acha de fazermos algo para comer? Sei que deve estar com fome depois de mais cedo.

─ Você quer dizer, depois que você acabou comigo? ─ questiono estreitando os olhos para ele o vendo sorrir.

─ Se alguém acabou com alguém aqui, foi você ─ aponta para mim e começa a me puxar para a cozinha, que era bem arrumada e organizada por sinal, ele começa a mexer nos armários, e tira vários ingredientes.

─ Nós vamos cozinhar para cem pessoas? ─ pergunto fazendo graça, enquanto fico ao seu lado, ele se vira para mim e me coloca sentada na bancada antes de responder.

─ Temos que repor as suas energias para mais tarde ─ eu o encaro incrédula, como ele consegue?

─ Você é insaciável! ─ aponto sem acreditar, e após decidir o que iria de fato cozinhar, ele guarda os ingredientes que não seriam utilizados, deixando apenas a massa de macarrão sobre o balcão ao meu lado.

─ Culpa sua amore, depois que provei de você não consigo mais ficar longe ─ fala me dando um selinho.

─ Queria saber como você fala tanta safadeza mas continua com a cara de bebê ─ exclamo o encarando concentrado.

─ bebê?! ─ ele questiona rindo enquanto me encarava ─ se você me colocar para mamar eu posso até pensar no caso.

─ você realmente não sabe quando parar não é? ─ questiono enquanto cobria o meu rosto com as mãos, sentindo as minhas bochechas corarem.

─ Parece até que gosta de me ver vermelha ─ ele sorri maliciosamente e arregalo meus olhos dando conta do que falei ─ não dessa forma, idiota! ─ falo exasperada o fazendo rir, após terminar, ele se aproxima da geladeira, a abrindo e tirando o bacon, começando a corta-lo em cubos, e retirando a casca.

Segundos depois ele coloca a água para esquentar, entre conversas e risadas esperamos a água ferver, logo após, ele coloca o macarrão na panela, e junto dele, adiciona a casca do bacon.

─ Vai por mim, ficará mais saboroso ─ ele fala sobre a casca, dando de ombros, e eu não falei nada, apenas assenti, afinal, o cozinheiro do momento aqui era ele e era bom vê-lo concentrado cozinhando.

Retornando novamente a geladeira, ele retira cinco ovos que serão usados na receita, juntamente dos queijos parmesão e pecorino romano, os colocando ao meu lado na bancada.

─ Temos que ralar o parmesão e separar a gema da clara dos quatros ovos, e o último tem que ser inteiro ─ ele fala me encarando.

─ Deixa o queijo comigo ─ falo descendo da bancada, ele assente e me entrega um ralador, junto de um recipiente para por o parmesão ralado.

─ Se precisar de ajuda é só chamar ─ ele me dá uma piscadela se aproximando, e eu o empurro para o lado com o quadril, arrancando uma careta dele.

─ Você trabalha ai! E eu trabalho aqui ─ aponto para o que ele estava fazendo, e retorno apontando de volta para mim.

─ Estraga prazeres ─ o escuto murmurar baixinho.

Após Fabrizio adicionar uma frigideira antiaderente ao fogão, ele a espera aquecer, e refoga o bacon com a sua própria gordura, o deixando crocante, e então desliga o fogo, colocando a frigideira de lado.

Logo depois ele começa a bater as gemas que estavam separadas da clara junto ao ovo inteiro, adicionando os dois queijos e volta a bater...

Vários minutos depois, o nosso espaghetti a carbonara ficou pronto, o cheiro estava divino, digno de um prato de restaurante italiano, tenho certeza de que em suas horas vagas ele é um chefe renomado.

Fabrizio pega um prato, e coloca metade do espaghetti sobre o mesmo, porém, algo havia me chamado bastante atenção, ele havia pego apenas UM prato, o que me fez estranhar.

─ Você vai comer na panela? ─ o questiono rindo, o que fez ele me encarar incrédulo e eu paro de rir, eu disse algo errado?

─ Você nunca assistiu a dama e o vagabundo?! ─ ele pergunta ao me encarar como se eu fosse uma doida, e confusa eu não respondo nada, e ele continua falando ─ é para comermos juntinhos, igual o filme ─ ele termina falando emburrado, e eu começo a rir.

─ Céus! Como você é clichê Fabrizio, até mais que eu ─ eu continuo rindo, e ele vai pegar mais um prato enquanto reclama ─ nem pense nisso, amore mio, você quer que comamos juntinhos, então é isso que vamos fazer, agora vem! ─ falo tentando o puxar para fora da cozinha enquanto ele carregava o bendito prato.

─ Espere! ─ ele fala, me parando no meio do caminho ─ faltou isto ─ ele se agacha, e abre uma das portas da despensa que ficava na parte de baixo do armário e de lá retira uma bela garrafa de vinho tinto.

No rótulo dizia ser um Icardi Barbera D'Asti Tabaren 2011, não entendia muito bem de marcas e nem de vinhos, mas parecia ser de fato, um belíssimo vinho, logo depois, ele me entrega duas taças e volta a nos conduzir para fora da cozinha.

Já na sala, nós nos acomodamos em seu sofá, e após encher nossas taças e as colocar em cima de sua mesinha de centro, nós começamos a comer, exatamente como ele queria.

─ Abra essa linda boquinha huh? ─ ele fala conduzindo o garfo aos meus lábios ─ sei que ela não serve apenas para ser beijável ─ eu sorrio, e logo faço o que me pede, segundos depois com nós nos beijando, recriando a adorável cena do tão famoso filme.

─ Feliz agora? ─ o questiono após nos separarmos, eu estava, bastante.

─ você nem imagina o quanto ─ ele fala, logo retornando a me beijar, e eu o afasto rindo.

─ A comida Fabrizio! Irá esfriar ─ ele faz pouco caso, e coloca a mão em minha nuca.

─ Shii! ─ tenta me silenciar ─ eu pouco me importo com isso agora ─ e puxa a minha nuca para a frente, colando seus lábios no meu, não vi outra alternativa a não ser abandonar o meu vinho na mesinha de centro.











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Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora