Fifty-Five

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ESTÁVAMOS A UM TEMPO conversando na cozinha, enquanto a comida que eu havia preparado a alguns minutos ainda não estava pronta

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ESTÁVAMOS A UM TEMPO conversando na cozinha, enquanto a comida que eu havia preparado a alguns minutos ainda não estava pronta.

A conversa já havia tido vários tópicos e agora estávamos falando sobre a sua vida pessoal, o assunto veio a tona quando ela havia comentado que nunca havia saído de Roma sem a companhia de seus pais.

Eleonor tem praticamente a minha idade, mas ainda é tratada como uma criança e como uma moeda de troca ao mesmo tempo, ou seja, ela não tinha vontade própria.

─ Basicamente, só pra simplificar, eu nasci em Florença, como sabe, infelizmente ou felizmente, sou filha única, depois da decepção de uma filha, meus pais não quiseram correr o risco de tentar um menino, já que se uma menina é ruim, duas é pior, palavras deles ─ não consigo nem imaginar como foi o ambiente que Eleonor cresceu.

Me sinto triste de saber que existe pais assim, eu daria a minha vida pela do Luigi.

─ Como eles mesmos disseram, um filho seria o ideal para assumir o nosso legado, mas então eu cheguei e arruinei os planos ─ o assunto parecia machucar ela.

─ Eleonor, não precisa continuar, não quero que relembre momentos ruins ─ apoio minha mão em seu ombro, a confortando.

─ Não, eu quero contar, sempre me sinto melhor em colocar pra fora e geralmente quem me escuta é o Vincenzo, fico feliz de estar aqui ─ abre um sorriso fraco para mim e eu o retribuo.

─ Mesmo crescendo e ouvindo o quanto um menino seria o melhor, o meu pai me ensinou tudo o que eu devo saber, pelo menos isso, em seguida fui mandada para um internato só para garotas ─ solto um riso já imaginando e ela ri também ─ provavelmente a pior coisa que poderiam ter feito, para eles.

─ Os seus pais sabem? ─ ela nega.

─ Não, até tentei contar uma vez, mas depois do discurso de ódio da minha mãe quando lhe perguntei sobre o que ela pensava sobre o assunto, decidi guardar só para mim.

─ E como saiu do internato? Eles te tiraram do nada? ─ ela ri, aparentemente recordando de alguma coisa.

─ Me retiraram quando um suposto rumor de alguns atos pecaminosos estarem rolando na escola, ficaram com repulsa da reputação do internato e me tiraram de lá.

─ Deixa eu adivinhar, você fazia parte desse boato? ─ ela ri concordando.

─ Sim, mas eles não sabem disso, acham que foi uma herdeira qualquer ─ ela terminou de falar e o temporizador sinaliza, indicando que a nossa refeição já estava pronta para ser retirada.

Pegando uma luva própria, eu retiro a assadeira do forno, colocando sobre a mesa em cima de um pequeno protetor para mesas, por conta da assadeira que obviamente estava muito quente.

Enquanto colocava os pratos em cima da mesa, juntamente dos talheres, copos para o suco que já estava feito anteriormente, eu chamo pelo Luigi.

─ Filho! Está na hora de comer! ─ elevo a minha voz para que ele possa ouvir lá da sala ─ depois continuamos a nossa conversa, o que acha? ─ ela concorda rapidamente e o Luigi surge na cozinha.

Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora