Fifty-Six

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─ O que mais você quer de mim?! ─ quase rosno ao atender mais um ligação do meu pai

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─ O que mais você quer de mim?! ─ quase rosno ao atender mais um ligação do meu pai. Era a terceira ligação do dia, eu já não aguentava mais.

─ É assim que você fala com o seu pai, Vincenzo?! ─ seu tom também não era um dos mais amigáveis, pelo contrário, ele parecia querer me esfolar vivo.

Eu só quero que me deixe em paz, já revisei todos os malditos projetos que me mandou, acha que eu sou o quê? Um robô? Eu mereço algum descanso! ele ri sarcasticamente. Que ótimo.

Descanso? Mais do que você já está tendo, em OUTRO PAÍS? lá vamos nós novamente, até distancio um pouco o celular dos meus ouvidos para evitar os gritos e palavrões ─ ...está me ouvindo, Vincenzo Castellani Ferrari?! Eu te quero aqui até o final dessa semana, moleque ingrato!

Não estou afim! E pare de exigir a minha presença. A sua esposa é outra! ─ ele provavelmente irá me matar depois de ter dito isso e ainda por cima ter desligado na sua cara, mas porra, já estou farto disso.

Não importa onde eu vá, o trabalho vai atrás de mim - junto do meu pai - tudo o que pedi foi um tempo, durante os anos anteriores fiz tudo, TUDO, o que ele me pediu, e agora que eu não faço, sou um "moleque ingrato".

Evito de jogar o celular contra a parede. No momento seria de grande alívio, mas eu iria me arrepender logo em seguida, já que TODA a minha vida está nele.

Eu não consigo de forma alguma entender o meu pai, ele era a pessoa que eu mais admirava, era, no verbo passado.

Até ele decidir que fama e poder eram tão importante quanto a família, acredite ou não, antigamente sua personalidade era idêntica a do Oliver, talvez por isso se tornaram tão amigos.

Mas agora, era impossível reconhece-lo, parecendo até que alguém totalmente diferente tomou conta de seu corpo.

Se fosse a alguns anos atrás, cinco no máximo, não hesitaria em apresentar Charlotte ao meu pai, ele teria a adorado, mas agora, o máximo que quero é preserva-la e preservar o meu filho de uma possível decepção, mesmo que seja impossível de faze-lo.

Uma hora ou outra terei que apresenta-los, o mais rápido possível.

Porém, não acho que será uma boa ideia chegar lá e de cara jogar a bomba de que tenho um filho de três anos, seria um choque para todos, minha mãe logo se adaptaria para falar a verdade, tudo o que ela quer é um neto, mas não tenho tanta certeza do meu pai, o melhor seria prepara-los para tudo.

Eram tantos pensamentos, e sozinho neste quarto de hotel, poderia acabar enlouquecendo, muitas coisas estavam acontecendo de uma vez só, inclusive a pressão do meu pai poderia contribuir com tudo isso.

Suspiro mais uma vez ao ouvir o celular tocar, apenas atendo sem cerimônias.

─ Tudo o que precisa está com Suzy no escritório, não tem necessidade de ficar me ligando a cada cinco minutos, pai! ─ reclamo, mas me surpreendo ao ouvir a voz de outra pessoa.

Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora