─ O que mais você quer de mim?! ─ quase rosno ao atender mais um ligação do meu pai. Era a terceira ligação do dia, eu já não aguentava mais.
─ É assim que você fala com o seu pai, Vincenzo?! ─ seu tom também não era um dos mais amigáveis, pelo contrário, ele parecia querer me esfolar vivo.
─ Eu só quero que me deixe em paz, já revisei todos os malditos projetos que me mandou, acha que eu sou o quê? Um robô? Eu mereço algum descanso! ─ ele ri sarcasticamente. Que ótimo.
─ Descanso? Mais do que você já está tendo, em OUTRO PAÍS? ─ lá vamos nós novamente, até distancio um pouco o celular dos meus ouvidos para evitar os gritos e palavrões ─ ...está me ouvindo, Vincenzo Castellani Ferrari?! Eu te quero aqui até o final dessa semana, moleque ingrato!
─ Não estou afim! E pare de exigir a minha presença. A sua esposa é outra! ─ ele provavelmente irá me matar depois de ter dito isso e ainda por cima ter desligado na sua cara, mas porra, já estou farto disso.
Não importa onde eu vá, o trabalho vai atrás de mim - junto do meu pai - tudo o que pedi foi um tempo, durante os anos anteriores fiz tudo, TUDO, o que ele me pediu, e agora que eu não faço, sou um "moleque ingrato".
Evito de jogar o celular contra a parede. No momento seria de grande alívio, mas eu iria me arrepender logo em seguida, já que TODA a minha vida está nele.
Eu não consigo de forma alguma entender o meu pai, ele era a pessoa que eu mais admirava, era, no verbo passado.
Até ele decidir que fama e poder eram tão importante quanto a família, acredite ou não, antigamente sua personalidade era idêntica a do Oliver, talvez por isso se tornaram tão amigos.
Mas agora, era impossível reconhece-lo, parecendo até que alguém totalmente diferente tomou conta de seu corpo.
Se fosse a alguns anos atrás, cinco no máximo, não hesitaria em apresentar Charlotte ao meu pai, ele teria a adorado, mas agora, o máximo que quero é preserva-la e preservar o meu filho de uma possível decepção, mesmo que seja impossível de faze-lo.
Uma hora ou outra terei que apresenta-los, o mais rápido possível.
Porém, não acho que será uma boa ideia chegar lá e de cara jogar a bomba de que tenho um filho de três anos, seria um choque para todos, minha mãe logo se adaptaria para falar a verdade, tudo o que ela quer é um neto, mas não tenho tanta certeza do meu pai, o melhor seria prepara-los para tudo.
Eram tantos pensamentos, e sozinho neste quarto de hotel, poderia acabar enlouquecendo, muitas coisas estavam acontecendo de uma vez só, inclusive a pressão do meu pai poderia contribuir com tudo isso.
Suspiro mais uma vez ao ouvir o celular tocar, apenas atendo sem cerimônias.
─ Tudo o que precisa está com Suzy no escritório, não tem necessidade de ficar me ligando a cada cinco minutos, pai! ─ reclamo, mas me surpreendo ao ouvir a voz de outra pessoa.
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Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃO
RomanceCharlotte consegue a viajem dos seus sonhos, ir para a Itália estava sendo realmente incrível, tanto nos lugares, como nas pessoas que conheceu, inclusive um amor, ela conhece o amor da sua vida em um dia qualquer como os outros, se apaixona, e lá v...