Thirty-Three

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Me apresso para ir até o local onde estava a comoção, os gritos podiam ser ouvidos a quilômetros de distância, atrás de mim, vinha a vendedora, também alheia ao que estava acontecendo

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Me apresso para ir até o local onde estava a comoção, os gritos podiam ser ouvidos a quilômetros de distância, atrás de mim, vinha a vendedora, também alheia ao que estava acontecendo.

Ao chegar no corredor, encontro a Alina batendo boca com outra cliente, detalhe, ambas as duas seguravam partes diferentes de uma mesma roupa, uma puxava de um lado e a outra puxava para o outro lado.

Pelo canto do olho, vejo a vendedora ofegar com os olhos arregalados, provavelmente pensando em uma solução.

─ Larga isso sua desgraçada! ─ Alina grita enquanto tentava puxar a roupa das mãos da mulher desconhecida ─ eu vi primeiro!

─ Desgraçada é você sua piranha! ─ foi a vez da mulher rebater gritando ─ e eu não vou largar de jeito nenhum, e eu quero ver quem vai me obrigar!! ─ ela praticamente desafiou a Alina, ou seja, estava pedindo para morrer.

─ Ah! Mas você vai largar sim! Já não basta ter estragado a surpresa para a minha amiga?! ─ essas falas foram o suficiente para Alina agarrar os cabelos da mulher com a mão livre e começar a fazer uma espécie de ioiô com a mesma mão, batendo na cabeça da mulher, e com a outra mão, continuava a puxar a roupa.

Certo, eu sou a amiga.

Sem pensar, acabo soltando uma risadinha baixa, estava parecendo barraco de novela mexicana, só que na versão francesa.

─ Senhoras, peço que por favor se acalmem! ─ a vendedora finalmente se pronuncia, sendo totalmente ignorada ─ eu serei obrigada a chamar a gerente! ─ novamente ignorada, eu estava começando a ficar com pena da garota, ela olhava a cena totalmente perdida, então, eu decido intervir.

Ao perceber o que eu iria fazer, a jovem arregala os olhos, e eu começo a me aproximar da briga que já estava atraindo telespectadores, não faltava muito para a gerente aparecer ali e eu não queria ser expulsa da loja, não pelo menos antes de finalizar a compra.

─ Já deu Alina! Tá passando vergonha ─ digo alto o suficiente para ela escutar, mas assim como a vendedora, fui totalmente ignorada.

Bufo frustrada e logo penso em uma nova solução, sinto uma daquelas lâmpadas acender sobre a minha cabeça.

─ AIII! o bebê está nascendo! ─ abro o berro fazendo o melhor teatro que aquelas pessoas iriam presenciar na vida.

Alina arregala os olhos parando de brigar com a mulher e vem me socorrer, atordoada, a mulher acaba largando a roupa, que ficou com a Alina, e fingindo estar com dor, eu arrasto a Alina até o banheiro.

Assim que entramos, eu me apoio no batente do banheiro, fingir que estava entrando em trabalho de parto é cansativo.

─ Temos que ligar para uma ambulância, cadê a Lea?! Vamos, temos que ir para o hospital! ─ Alina diz desesperada enquanto tentava me arrastar para fora do banheiro.

Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora