Forty-Nine

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─ Como acha que seus familiares irão reagir com o fato de você ter um filho? ─ questiono ao sentir seu carinho em meus cabelos que estavam espalhados em seu torso

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─ Como acha que seus familiares irão reagir com o fato de você ter um filho? ─ questiono ao sentir seu carinho em meus cabelos que estavam espalhados em seu torso.

Para não cairmos em tentação - novamente - acabamos decidindo nos vestir novamente e agora estávamos conversando, sobre a sua cama.

─ É difícil saber como será exatamente a reação de cada um, mas tenho certeza de que todos irão amar a novidade e aprender a conviver com isso. Minha mãe, quem tanto me pressionou por um neto, irá mimar o Luigi mais que tudo, Antonella minha irmã, ficará feliz de não ser mais a mais nova da família e principalmente por ter um sobrinho ─ de todos, o único que ele não citou foi o seu pai.

─ Mas isso não importa, não ligo para o que pensam e sim para o que você pensa.

Meus pensamentos eram de uma mãe preocupada com o seu filho, não quero, de forma alguma que o Luigi sofra algum tipo de rejeição.

─ Sei o que está pensando, e eu jamais permitirei que nosso filho passe por algo do tipo e se por algum acaso acontecer por um descuido meu, me bata, o mais forte que conseguir ─ fica sério de repente.

Espero não precisar faze-lo, sou capaz de tudo pelo Luigi.

─ Ele ficará muito feliz de saber que tem uma vovó, um vovô e até mesmo uma tia ─ rio, imaginando sua reação quando descobrir tudo.

─ Tios também, se formos contar com meus primos ─ ri junto ─ imagino a reação de meus pais quando verem o Luigi, ele é literalmente uma mini cópia minha.

─ Desde bebê, Luigi nunca teve uma feição minha, nem mesmo na personalidade, até isso ele puxou de você.

─ Não se preocupe, em breve iremos mudar isso e teremos um filho com suas feições ─ brinca e eu me levanto.

─ Não brinca com isso ─ encolho os ombros ─ não sabemos o que o futuro pode nos reservar, quem garante que estaremos juntos?

─ Me lembro de você me perguntar a mesma coisa anos atrás e olhe só onde estamos ─ argumenta se levantando também.

─ Anos depois, Vincenzo, não estivemos juntos dentre esses anos que passaram e talvez seja isso que o futuro tenha reservado para nós, e se estivermos destinados a nos encontrar, mas não a ficarmos juntos? ─ ele suspira.

─ Vou fingir que não ouvi nada do que disse ─ responde e pondera sobre algo, me encarando logo em seguida, ficando tenso ─ tem algo que temos que conversar.

─ Parece sério, está tudo bem? ─ sinto meu estomago apertar em apreensão.

Do nada, alguém bate na porta.

─ Achei que ia ter tempo para explicar, mas enfim, espere aqui, está bem? ─ sai do quarto, indo para a outra parte do quarto, apenas pude ouvir a porta ser aberta e uma voz feminina logo em seguida.

─ Sinto muito por aparecer aqui Vincenzo, não tive muita escolha, ela me obrigou ─ pareceu estar incomodada com algo e eu não estava entendendo nada do que estava acontecendo.

Sem mais delongas, vou até o outro cômodo, encontrando o Vincenzo e uma garota que aparentava ter a minha idade, morena, cabelos castanho claro na altura dos ombros, ela era linda.

Quando apareço, Vincenzo arregala seus olhos e a moça me encara com surpresa e curiosidade ao mesmo tempo.

─ Desculpe a intromissão, mas não aguentei esperar ─ encolho meus ombros.

─ Não sabia que estava com visitas Vincenzo, voltarei uma outra hora ─ sorri para ele e em seguida para mim, se virando para sair, mas ele a segura.

─ Como soube onde eu estava? ─ pareceu curioso por sua resposta.

─ Seu pai comentou com os meus, e sabe como minha mãe é, ela não quer perder seu genro então sou obrigada a seguir você por onde for, ou pelo menos fingir fazer isso ─ sussurra a última parte para ele, me impossibilitando de escutar, mas não importa, já que fiquei concentrada na parte "genro".

Eles estão em uma espécie de relacionamento? Me viu aqui com ele e não fará nada a respeito?

─ Podemos conversar uma outra hora, Eleonor? ─ ele aponta com a cabeça para a saída, ao me dar uma última olhada, a Eleonor se retira.

─ Genro?! ─ me viro para ele, o interrompendo quando ele pareceu querer falar algo ─ era isso que você tinha de sério para me contar?! Um relacionamento, você está em um relacionamento! ─ rio sem humor ─ e mesmo assim isso não te impediu de transar comigo, como teve coragem? Não é porque tem dinheiro que isso te dá o direito de agir da forma que quiser!

─ Pode me deixar explicar, por gentileza? ─ pede e eu o rio incrédula.

─ "Por gentileza"?! Vai se foder Vincenzo! ─ me apresso para sair da sua suíte, e ele tenta me segurar, mas em resposta, leva um tapa na cara da minha parte ─ Me deixe em paz, seu filho da puta!

Enquanto apressava os passos no corredor, o sinto correr atrás de mim.

─ Sei que está com raiva, mas não precisa ofender a minha mãe dessa forma ─ escuto sua voz, não precisei nem olhar em sua direção para saber que ele estava se aproximando.

─ Se não parar de me seguir, serei obrigada a gritar! ─ exclamo e ele pareceu não acreditar.

─ Você não vai gritar ─ fala desacreditando.

─ Você quem pediu! ─ o encaro e ele arregala os olhos ao ver que eu não estava brincando.

─ Não precisa disso Charl... Gesù.

─ SOCORROO!! TEM UM MANÍACO ME SEGUINDO! ─ ele para na hora, me encarando sem reação, e antes de virar o corredor, lhe mostro o dedo do meio.

Apressadamente, entro no elevador me arrependendo amargamente de ter vindo.

Por sorte, um táxi não demorou a aparecer em frente ao hotel luxuoso, e após lhe dar o meu endereço, o motorista guia o carro em direção ao endereço desejado.

Minutos depois, o carro estaciona em frente a minha casa, não conseguia pensar em nada a não ser nos momentos anteriores, por conta disso nem notei quando dei algumas notas a mais para o motorista e ainda lhe disse para ficar com o troco.

Entro em casa, sendo recebida pelo silêncio predominante no local, me fazendo lembrar que o Luigi estava na cafeteria com Nina e as meninas.

Discando rapidamente o número de Nina, peço para que ela ficasse com o Luigi durante a noite, a mesma não questionou motivo nenhum e foi até bom, não queria explicar para ninguém no momento.

Não queria de forma alguma fazer o Luigi presenciar o estado em que eu me encontrava e eu não sei se teria forças para fingir na sua frente que estava tudo bem.

Não estava tudo bem.

Durante anos alimentei um amor que em minha cabeça era real.

Eu o amei com todo coração, e quando tenho a chance de reencontra-lo, depois de achar que eu era a única, descubro que não era somente a mim que ele enganava.

Enganar. O que passa na cabeça daquela jovem para aceitar esse tipo de situação?

Um relacionamento aberto?

Seja lá o que for, espero ter deixado claro que não me submeterei a esse tipo de situação, eu o amo, mas antes disso amo a mim e ao meu filho.









Tava tudo bom demais pra ser verdade né?

No final de tudo a pobre Alessandra sendo chamada de puta kakakakakaka.

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Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora