Thirty-Seven

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QUASE UMA ETERNIDADE DEPOIS, uma enfermeira aparece no quarto com o meu bebê em seus braços, o pequeno dormia calmamente

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QUASE UMA ETERNIDADE DEPOIS, uma enfermeira aparece no quarto com o meu bebê em seus braços, o pequeno dormia calmamente.

Ela se aproxima da cama, para coloca-lo sob os meus braços, e com delicadeza mas medo ao mesmo tempo, eu o pego, sentindo uma tremenda paz ao tê-lo em meus braços.

A Lucy - a enfermeira - informa que iria vir depois, para que eu pudesse dar de mamar ao Luigi e pede licença, saindo logo em seguida.

E eu fico o admirando dormir, olhando de perto pude perceber o quanto era parecido com o seu pai, as expressões que seu rosto faz ao dormir, os cabelos negros, era tudo do Fabrizio.

─ Com licença mamãe ─ Nina sorri ao entrar no quarto, a mesma havia ido fazer uma ligação enquanto as enfermeiras faziam os cuidados pós parto ─ pedi para que a Alina traga as suas coisas e as do Luigi, já que esquecemos no meio da correria ─ explica e eu concordo com a cabeça.

Por sorte, ela tinha uma chave reserva lá de casa.

─ Ele é tão lindo, mas não se parece nada com você ─ ela comenta me fazendo sorrir junto a ela, não havia lhe visto se aproximar.

─ Ele é a cara do pai, até parece que o Fabrizio o fez sozinho! ─ rio fraco contornando o meu dedo indicador sobre o seu rosto, indo do seu pequeno nariz a sua bochecha esquerda, fazendo um pequeno carinho ali.

─ Se ele é tão lindo quanto o Luigi, dá para entender o porque que você tanto o ama ─ ela diz se sentando ao meu lado sobre a cama.

─ Ele não é só lindo, ele é magnífico ─ sorrio ao me lembrar de seu rosto, do seu sorriso e de seus olhos tão negros quanto a noite ─ espero que ele me perdoe caso algum dia nós nos encontremos ─ sorrio fraco.

Me sentia horrível por saber que ele não estava aqui por culpa minha, por um motivo tão banal.

─ Eu sei o que significa esse olhar, pode parando! ─ pede séria ─ não tinha como saber que estava grávida de um filho dele, você não tem culpa! E outra, você retornou lá para contar sobre a gravidez, e não o encontrou, então não se cobre tanto.

Apenas fico calada, a ouvindo, sei que ela tinha total razão, como sempre.

─ Agora você tem um filho para cuidar, e sua atenção deve ser totalmente dele, com ou sem o pai, certo? ─ eu assinto e volto a olhar o meu filho, que dormia calmamente em meu colo.

Os minutos se passaram, com isso, acabamos ouvindo uma pequena comoção fora do quarto, olho diretamente para Nina, e pude constatar que pensamos na mesma coisa, as garotas haviam chegado.

─ E-esperem senhoras, somente uma de cada vez ─ provavelmente um enfermeiro que falou, já me preparando para a manada que entrará pela porta.

─ Vai ser bem rápido senhor, eu sou a madrinha e essas são as tias, não aguentaremos esperar! Com licença ─ quase rio ao ouvir Alina, mas ai lembro do Luigi em meus braços e seguro a risada para não acorda-lo.

─M-mas senhoras.. ─ praticamente gagueja, eu o entendo, Alina consegue dar medo até em uma mosca quando quer.

Segundos depois, a porta abre, e por ela passam as meninas, por último vinha a Lea, que fecha a porta na cara do enfermeiro.

Alina e Mila vinham na frente, carregando as minhas bolsas e as do Luigi, já Lea e Ambre traziam balões e ursinhos, arrancando um sorriso meu.

Quando avistam o bebê em meus braços, todas se apressam para colocar tudo que haviam trago sobre o pequeno sofá, até teria tido alguma briga, caso Nina não tivesse feito "Shhhhh" as fazendo ficarem silenciosas.

Em seguida, contendo gritinhos de alegria, elas estavam amontoadas ao meu redor, observando o pequenino dormir.

─ Ele é tão lindo, Lotte ─ Alina diz baixinho e eu balanço a cabeça concordando com ela.

─ Presumo que ele pareça com o pai ─ Mila fala e eu assinto ─ genética boa em! ─ eu seguro uma risada.

─ Posso pegar? ─ Lea pede, estendendo os braços e eu afirmo que sim, me inclinando e o colocando cuidadosamente em seus braços, ele faz menção de acordar, mas a Lea começa a ninar ele, que volta a dormir.

─ Então, como foi o parto? ─ Mila pergunta.

─ Foi um pouco difícil, confesso que achei que não fosse conseguir ─ comento e sinto a Alina me abraçar de lado.

─ Isso seria impossível de acontecer, Charlotte, você é mais forte do que pensa ─ Ambre se pronuncia, e as outras concordam com ela.

─ Ambre está certa, e a prova disso está ali, dormindo calmamente no colo da Lea ─ Alina diz apontando para o meu filho ─ inclusive, agora é a minha vez de pega-lo ─ ela diz e vai até Lea, que faz um bico de reclamação, antes de coloca-lo em seus braços.

Os minutos vão se passando, e enquanto conversávamos, o meu filho vai passando de braço em braço, me fazendo admirar a resistência das meninas de não apertarem suas bochechas gordinhas - já que elas claramente queriam faze-lo - logo a porta se abre, revelando o meu obstetra, que arregala os olhos ao ver a numerosa quantidade de visitas presentes no quarto.

─ Meninas, creio que foram avisadas na recepção de que só poderia entrar uma pessoa por vez, não é? Sei que o pequeno é muito fofo mas terão que esperar e entrar somente uma ─ ele ri apontando para a porta ─ peço que se retirem.

Fazendo um biquinho, Ambre me entrega o Luigi que estava em seus braços e se retira junto das outras, deixando somente eu e Nina - minha acompanhante - com o médico.

─ Como se sente, Sra. Blanc? ─ ele me pergunta segundos depois, enquanto me analisava.

─ Eu me sinto ótima, apenas um pouco cansada ─ o respondo e ele assente.

─ É normal se sentir assim, a senhora acabou de dar a luz a um bebê, o seu parto por ser o seu primeiro, pode ter sido muito mais cansativo que o normal, então talvez leve um tempo para que você se recupere totalmente, infelizmente terá que ficar por um tempo na cama, o parto normal só te permite caminhar depois de mais ou menos quatro horas ─ ele explica, e juntamente da Nina, eu apenas assinto ─ fora isso, estão precisando de alguma coisa? ─ ele questiona sorrindo simpaticamente.

─ Não, eu agradeço por perguntar mas não estamos precisando de nada, somente a enfermeira que iria passar aqui, para que eu pudesse amamentar o Luigi, mas ela ainda não apareceu ─ digo.

─ Certo, eu irei chamar a enfermeira para você dar de mamar a ele, espere alguns minutos, está bom?

─ Certo ─ concordo e ele sai.

Minutos depois a enfermeira aparece, e me mostra como eu deveria fazer, a sensação era estranha, já que era possível sentir o leite ser retirado de meu seio, mas tirando isso, eu sentia como se uma nova aliança estivesse sendo estabelecida entre eu e o Luigi, um momento que era só nosso.

Depois de passar pelo processo de amamentação, eu me encontrava deitada sozinha sobre a cama de hospital, Luigi dormia calmamente no berço que o hospital disponibilizava e Nina havia ido pegar algo para comer.

Em um só dia a minha bolsa estourou, dei a luz ao Luigi e amanhã mesmo provavelmente já estarei em casa, não sozinha dessa vez, aliás, nunca mais estarei sozinha, e enquanto esperava a Nina retornar, me pego olhando para o rostinho tranquilo do Luigi.







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Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora