Thirty-Five

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Alguns meses se passaram

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Alguns meses se passaram.

Logo, os nove meses chegaram, e eu havia os completado a poucos dias, estava cada vez mais ansiosa para conhecer o novo amor da minha vida, o meu Luigi.

Ele não havia sido planejado, mas a forma como foi gerado, foi a mais pura e incrível que poderia existir, sentir os seus movimentos, e poder ver o seu coraçãozinho bater dentro de meu ventre foi a minha parte favorita nesses meses, e só será superada pelo momento em que eu irei conhece-lo.

Como nem tudo são flores, minha gestação não foi somente felicidade, as partes desconfortáveis também vieram, cada vez que a minha barriga crescia, a ansiedade dentro de mim também crescia junto dela.

Os dias em que eu me achava horrível e não aguentava ao menos olhar no espelho e os dias em que eu me achava a mulher mais linda e sortuda na face da terra.

Linda, por conta da gravidez, e sortuda por ter sido a escolhida para gera-lo, assim como também fui a escolhida para viver um romance - mesmo que breve - com o seu pai.

Ah Fabrizio, o que será que está fazendo neste exato momento? Será que ainda pensa em mim tanto quanto penso em ti?

É um pena, que o nosso filho não o conhecerá como eu o conheci.

Além de tudo, também havia chegado os famosos inchaços que tanto li nos relatos das grávidas, os meus pés pareciam dois pãezinhos doces, de tão gordinhos que estavam, nunca pensei que fosse possível um pé ficar desta forma.

E assim como nos dias anteriores, me arrumo para ir ao trabalho, por vontade própria é claro, já que a Nina havia feito de tudo para conseguir me manter em casa.

Brigava comigo, me suspendia, e teve uma vez que ela chegou até a me demitir, mas adivinhem, no outro dia eu apareci como se nada tivesse acontecido, como eu havia dito para ela e as meninas um dia desses "eu estou grávida, não doente".

Elas tinham que parar de me tratar como uma boneca de porcelana. Sei que eu estava prestes a dar a luz, afinal não tinha como esquecer, carregando a maior melancia do mercado para cima e para baixo, mas enquanto eu puder trabalhar, eu irei sim faze-lo.

Eu tive que renovar mais uma vez o meu guarda-roupa, já que aquelas roupas não duraram ao menos dois meses, e de acordo com o meu obstetra, eu havia ganhado mais peso do que era recomendado.

Deixando claro que não era culpa minha, eu tentava manter uma alimentação saudável, mas fica difícil quando se trabalha em uma cafeteria onde os doces são feitos pela Nina, se ele trabalhasse lá, iria me entender.

Deixando claro que não era culpa minha, eu tentava manter uma alimentação saudável, mas fica difícil quando se trabalha em uma cafeteria onde os doces são feitos pela Nina, se ele trabalhasse lá, iria me entender

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Caminho calmamente até onde as meninas estavam sentadas na bancada, o café ainda estava fechado.

─ O que pensa que está fazendo aqui?! Pensei ter deixado bem claro que era para você ficar em casa! ─ Nina reclama assim que me nota.

─ Sabe que não adiantará de nada reclamar, ela vai vir de qualquer forma ─ Mila lhe responde.

─ Deveria escutar ela, Mila sabe o diz ─ sorrio apontando para a Mila, em seguida, pego uma cadeira de uma das mesas mais próximas, e me sento perto delas.

─ Como o nosso Lulu está? ─ Ambre passa a mão sobre a minha barriga.

─ Assim como ontem, inquieto ─ respondo me mexendo sobre a cadeira, procurando uma posição mais favorável ─ ele se movimentou a noite todinha, quase não conseguia dormir.

─ Então deveria ter ficado em casa ─ Alina se pronuncia ─ assim você descansava um pouco.

─ Então, falta muito para abrir o café? ─ questiono a ignorando.

─ Daqui a cinco minutos, já tomou café? ─ Nina se levanta, e antes de responder eu penso um pouco, se a resposta fosse um "sim" ela não me deixaria comer novamente, então eu digo a melhor resposta.

─ Não, eu sai com tanta pressa que nem me lembrei de comer ─ minto e a Alina que estava ao seu lado me olha desconfiada.

─ Ótimo! Eu irei preparar algo bem gostoso para você comer ─ Nina diz saindo, não antes de falar ─ Não saia dai! ─ como se eu fosse sair para não receber comida, até parece.

Talvez esse seja o motivo do porque fiquei acima do peso.

Vários minutos depois, Nina retorna com um sanduiche natural e um suco de maracujá, ela estava de sacanagem com a minha cara, né? Ao perceberem a minha expressão, todas começam a rir.

─ Achou que eu lhe daria algum doce? Pensou errado querida, lembro muito bem do seu médico lhe dizendo para comer comidas saudáveis, aqui está o seu sanduiche ─ Nina o coloca na bancada a minha frente ─ e o seu suco de maracujá, você disse que o bebê estava inquieto na noite passada, então acho que isso irá acalma-lo um pouco, agora coma, eu tenho que abrir logo o café.

E assim eu fiz, pode não ter sido a minha primeira opção, mas estava delicioso.

Minutos depois, o primeiro cliente entra, e logo em seguida chega mais, o primeiro era um homem que aparentava ter mais ou menos a idade de Nina, o mesmo já era frequente do café a pelo menos uns dois meses e sempre pedia a mesma coisa, um croissant com café expresso.

Muitas das vezes ele chegava a ir embora sem sequer tocar na comida, e assim como eu, as meninas também pensavam na mesma coisa.

Tínhamos quase certeza de que ela sempre vinha aqui para ver a nossa querida chefe, já havíamos notado alguns olhares direcionados a ela, mas sempre que lhe contávamos, era sempre a mesma coisa, ela nunca acreditava.

─ Deixem que eu vou ─ digo para as outras enquanto me levantava com uma certa dificuldade da cadeira e ia até onde o homem estava sentado, que já estava olhando ao redor, procurando alguém, não era preciso nem perguntar quem.

Atraio a sua atenção ao parar em sua frente com um bloquinho de notas, pronta para anotar o seu pedido, mesmo que eu já soubesse qual seria ─ olá senhor, já escolheu o seu pedido? ─ sou tão simpática que estava até estranhando, maldita mudança de humor.

─ Sim, eu já escolhi ─ ele diz me olhando brevemente e volta o seu olhar para o cardápio ─ eu gostaria de um café expresso e um croissant, por favor ─ ele termina, sorrindo para mim.

─ Aguarde um momento, por gentileza, o seu pedido logo será entregue ─ digo saindo e voltando para a bancada, vários minutos depois eu retorno a mesa com o pedido dele em mãos.

─ Aqui está! Bom apetite ─ e sorrindo eu me afasto, enquanto caminhava novamente para o balcão, uma forte pontada na barriga me faz parar no lugar, e ao mesmo tempo com a mão direita eu agarro uma cadeira para não cair e institivamente a outra eu levo até a minha barriga.

─ Charlotte! ─ as meninas exclamam vindo até mim preocupadas, e escutando a comoção, Nina sai de seu escritório.

─ Estou bem! ─ digo respirando lentamente, e parece que isso foi o ápice para o inesperado acontecer.

As palavras mal saem de minha boca e eu sinto um líquido descer entre minhas pernas, assustada, inclino a cabeça para baixo, vendo uma enorme poça se formar ao meu redor. 

















Corre que o Lulu quer nascer!!

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Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora