Eleven

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─ Antes de sairmos, eu tenho que voltar para a hospedaria, não posso sair com a mesma roupa de ontem, não me sinto confortável que me vejam em tais condições ─ falo explicando enquanto me vestia com o vestido de ontem, que havia terminado de secar...

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─ Antes de sairmos, eu tenho que voltar para a hospedaria, não posso sair com a mesma roupa de ontem, não me sinto confortável que me vejam em tais condições ─ falo explicando enquanto me vestia com o vestido de ontem, que havia terminado de secar a pouco tempo.

Mesmo que o vestido esteja limpo e que ninguém além de nós dois saiba que eu já havia usado a roupa ontem, me sentiria desconfortável.

Ficando de frente ao Fabrizio que estava sentado na beirada de sua cama, o vejo me admirando dos pés á cabeça.

─ Por mim, você ficaria do jeito que veio ao mundo, eu não reclamaria nem um pouco ─ ele fala sorrindo sacana, me fazendo rir.

─ Mas talvez as pessoas reclamem ─ falo em tom de brincadeira, e o puxo para ficar em pé, afinal, nós tínhamos um longo dia pela frente e pouco tempo para ele, graças ao nosso momento anterior.

Não que eu tenha achado ruim, aliás, era impossível achar ruim, mas temia que chegaríamos tarde demais para aproveitar o passeio de hoje, e era esse o real motivo da minha viajem: passear e conhecer o máximo dessa cidade maravilhosa.

O italiano a minha frente veio como um belíssimo brinde, porém, um que infelizmente não seria possível levar junto á mim, quando eu tiver de partir.

─ Charlotte? está tudo bem? Você ficou um tempo desligada ─ ele aparenta estar preocupado enquanto me tirava de meus devaneios.

─ Está sim, e não me chame de Charlotte, eu tenho um apelido e você mais do que ninguém sabe disso ─ ele acaba soltando uma risadinha e foi impossível não o acompanhar, com poucos dias sendo chamada assim, já havia me acostumado.

─ Tudo bem, amore mio, quem sou eu para questionar ─ juntando nossas mãos, ele me puxa para um beijo, e sendo quem é, ele claramente tentou o tornar em algo a mais, mas esse era o real motivo pela qual estávamos atrasados.

─ Não, não, não! ─ faço sinal negativo com o dedo indicador enquanto o afastava de mim ─ nós temos que ir, senhor italiano.

Entre biquinhos e resmungos, nós saímos de seu apartamento, e caminhamos em uma conversa tranquila até o ponto de táxi mais perto do local em que nos encontrávamos.

Quando entramos no banco traseiro, tratei de fazer praticamente o impossível, ficar longe do Fabrizio, não queria que acontecesse algo que chegasse ao ponto de constranger o motorista e a mim.

─ Custava você ter sentado perto de mim no taxi? Poxa, até parece que eu iria fazer algo de errado ─ fala emburrado enquanto entravamos na recepção da hospedaria.

─ Bom, o seu histórico não colabora com você ─ falo enquanto parava na portaria encarando o ser sínico a minha frente.

─ Que histórico? Nem eu estava sabendo disso ─ ele fala com falsa inocência.

─ Bom, vejamos ─ finjo pensar e logo retorno a falar ─ tem a vez em que você ficou me provocando dentro do taxi e ainda teve a ousadia de falar comigo em italiano, apenas para o motorista entender o nosso dialogo, ah, e teve a outra vez em que você praticamente me dedou dentro do taxi ─ exclamo e aponto o dedo indicador para ele enquanto estava o expondo, e ele me encara indignado.

─ "Praticamente " ─ ele fala fazendo aspas com os seus dedos ─ eu nem cheguei a encostar os meus dedos em sua parte magnificamente incrível, então não conta como se eu tivesse feito algo ─ para o meu desprazer ele fala essas últimas partes em alto em bom som, atraindo a atenção de algumas pessoas que saiam e entravam no local.

Inclusive a dona, sim, a mesma que estava dando em cima dele, de primeira eu havia ficado com vergonha de que ela pudesse ter escutado o nosso diálogo, mas logo fico tranquila quando lembro que falávamos em francês, e a senhora não era bilíngue, pelo menos era o que eu achava.

Ragazza mia, crevedo non ritornassi più , ero preoccupata e ho pensato di mandare la polizia a cercare questo giovanotto ─ "Oh menina, achei que não retornaria mais, fiquei preocupada e pensei que teria que mandar a policia atrás desse jovem rapaz"

Ela diz a última parte encarando o Fabrizio e o olhando da cabeça aos pés, ah, eu tenho certeza de que ela mandaria a policia atrás dele, mas não pelo mesmo motivo que ela fala, e sim por outro que claramente sabemos qual.

Non ha bisogno di preoccuparsi di me signora Antonia, alla fine avevo deciso di dormire fuori, sa como sono le cose, a volte é meglio prendere la palla al balzo ─ "Não precisa se preocupar comigo senhora Antonia, eu acabei dormindo fora, sabe como é, tem coisas que não podem ser adiadas"

Falo com ela enquanto tentava explicar ao máximo o que claramente estávamos fazendo.

Não sei se ela estava entendendo, já que poderia ocorrer de eu trocar uma palavra ou duas, mas pela sua expressão, ela havia claramente entendido o recado, ou era pelo menos o que eu achava.

Gesù ─ a escuto exclamar e antes que eu possa ir em direção ao corredor eu vejo em sua expressão, os seus olhos castanhos estavam meio arregalados, provavelmente eu havia lhe presenteado com cenas incríveis, que já deviam estar rolando em sua mente.

─ E você diz que eu que sou cruel ─ Fabrizio exclama enquanto caminhávamos pelo vasto corredor em busca do meu quarto.

─ É capaz de ela aumentar o aluguel de meu quarto apenas para se vingar por agora ─ falo rindo, porem com um pouquinho de medo.

Caso ela o fizesse eu não teria mais um tostão para pagar, aliás eu nem sabia como estava a minha situação financeira, depois iria dar uma averiguada, só por precaução.

─ Isso não aconteceria se você parasse de provocar a pobre senhora ─ ele me responde após eu abrir a porta.

─ É mais forte que eu, não consigo segurar quando vejo a forma que ela te encara ─ falo com ele me acompanhando para dentro do quarto, e aponto para a cama, indicando para ele sentar.

Enquanto eu ia até a minha mala, no canto da parede, a abria no chão e lá mesmo começava a procurar uma muda de roupa.

Com a correria eu acabei fazendo mais bagunça do que deveria, e ao localizar a roupa que eu gostaria de usar, eu a puxo para fora da mala, porém no percurso, uma lingerie novinha e intocada acabou vindo junto, e caindo no chão, ficando a vista de Fabrizio.

─ Você deveria usa-la para mim algum dia, eu iria adorar, tenho certeza de que você ficaria linda de vermelho ─ vermelho? Vermelho era exatamente a cor que o meu rosto estava nesse exato momento.

O Fabrizio acabou sendo mais rápido que eu e pegou o conjunto, separando os dois, e enquanto me encarava sedutoramente ele gira a calcinha fio dental vermelha em seu dedo, logo a levando a altura do rosto, e a cheirando no processo.

E eu posso dizer com convicção que eu o ouvi gemer, logo depois ele pega ambos e me devolve, me fazendo os guardar rapidamente no local onde não deveriam ter saído, pelo menos não agora. 







Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora