Forty-Five

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─ Fiquei sabendo que pretende viajar para a França, algum motivo aparente? ─ era questão de horas ou até mesmo de minutos para Antonella contar a mamma e a mesma contar ao meu pai

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─ Fiquei sabendo que pretende viajar para a França, algum motivo aparente? ─ era questão de horas ou até mesmo de minutos para Antonella contar a mamma e a mesma contar ao meu pai.

Levou cerca de meia hora até o meu pai me visitar na empresa, mandando Suzy, a minha secretária, desmarcar o meu próximo compromisso, já que ele era mais importante, aparentemente.

─ Acredito eu que mereço um pouco de descanso, você não acha?! ─ sorrio ironicamente o vendo bufar.

─ Está fazendo isso para "relaxar" ou para fugir de sua namorada?! ─ eu quem bufo dessa vez.

─ Isso não tem nenhuma relação com Eleonor, e mesmo se tivesse, não estamos casados e ao menos somos namorados de verdade, minha vida não é da conta dela assim como a dela não é da minha! ─ lhe respondo.

─ E o que a mídia dirá se por algum acaso souberem que o herdeiro Ferrari está em Paris, cidade do amor, sem o seu "amor"?! ─ solto uma risada sarcástica.

─ O senhor mesmo sabe que a mídia não tem a menor ideia de quem sou, apesar de meu sobrenome, eu sou um anônimo, então não tente me persuadir a ficar ou levar Eleonor! ─ meu pai aparentava querer me esganar, então só tinha algo a fazer ─ estou indo visitar Oliver, soube que ele tem uma nova namorada.

─ Oliver namorando? E morando em Paris? ─ ergue uma sobrancelha.

─ Quanto tempo faz desde que conversou com o seu melhor amigo, huh? ─ o alfineto.

Com os anos, meu pai acabou mudando um pouco, talvez tenha sido os diversos anos na presidência da empresa, realmente não sei o que houve, ele havia perdido o seu brilho, e já não era mais como antes, ouso dizer que a antiga versão de Lorenzo Ferrari era mais amorosa, simples e humilde.

Meu pai agora só ligava para duas coisas além de sua famiglia. Poder e o nosso sobrenome.

─ Realmente, faz um tempo desde que conversamos, mas então, como ele está? ─ se senta a minha frente após se servir com um copo de whisky.

─ Ele está bem, e aparentemente muito feliz com a nova vida ─ não iria passar vontade o vendo se deliciar com o meu whisky caro, então, também me sirvo com um copo.

─ Fico feliz pelo meu amigo ─ pareceu se perder em pensamentos, me encarando em seguida ─ quanto tempo pretende ficar fora?

─ Não sei ─ seu olhar fica duro ─ Já conversei com os gêmeos, irão me cobrir enquanto fico longe.

─ Se é assim que quer ─ dá de ombros, se levantando ─ sua mãe te quer em casa para o jantar, sete em ponto, não se esqueça, gostei desse whisky, vou levar ─ avisa, carregando com sigo a minha garrafa de whisky, recebendo um revirar de olhos de minha parte, logo interfonando para Suzy.

─ Suzy? ─ a chamo.

─ Sim, senhor Ferrari? ─ ela me responde.

─ Consiga para mim, por favor, uma garrafa do mesmo whisky da última vez ─ termino de falar, e ao desligar, rio comigo mesmo.

Pouco tempo depois, enquanto estava analisando alguns papéis, meu celular toca, na tela, o número de Antonella.

─ Ora ora se não é a minha irmã fofoqueira ─ rio sarcástico ao atender.

─ Então papà já foi te perturbar? ─ questiona.

─ O que acha? E ainda levou o meu whisky! ─ acuso a ouvindo rir.

─ Sabe Vince, estava pensando aqui, por que não levar consigo a pobre Eleonor? ─ bufo ─ tenho certeza de que até ela quer fugir da mãe que tem ─ não deixo de rir com suas palavras.

A mãe de Eleonor, a Stefania, era uma verdadeira bruxa e talvez por conta disso a pobre Eleonor vê a minha casa como um refugio.

Já que por ser a típica menina herdeira, que não tem uma casa própria ou renda própria, fica a mercê de seus pais.

Eu realmente tenho pena dela, mas não quero que achem que assim, o nosso "relacionamento" se tornará verdadeiro, não quero dar esperanças aos nossos pais e tenho certeza de que não é isso que Eleonor quer ─ a própria odiava essa situação tanto quanto eu.

Mas não podíamos fazer nada, não enquanto o prazo do contrato assinado pelos nossos pais e por nós não acabasse.

Me arrependo até hoje por ter aceitado essa situação.

Lembro-me que quando assinei, já não aguentava mais as insinuações sobre casamento ou qualquer coisa que fosse, foram meses e meses de tortura mental, sobre eu não fazer nada para agradar a famiglia ou que podiam tirar a empresa de meu comando, repassando para os gêmeos.

Isso tudo de meu pai.

Estava tão exausto, que em um momento de fraqueza, aceitei.

Mas estimulando um prazo para o fim do acordo, um ano no total.

Eleonor e eu estávamos nessa a dez meses, faltava pouco, muito pouco para nos livrarmos dessa situação.

Tem razão, desejo que a Leo consiga ser feliz da forma que desejar, com alguém que ELA escolher ─ não era só Antonella que desejava isso.

Eleonor era lésbica e seus pais eram bastante preconceituosos, por isso a mesma acabou criando uma pequena proteção contra o amor, ela já chegou a achar que o problema era ela, que amar garotas era o pior pecado do mundo, talvez seja por isso que ela se submeta a tantas coisas.

Isso é o que eu mais quero, Eleonor é uma mulher extraordinária e achará alguém a sua altura, isso é certeza ─ afirmo ─ mas enfim, terei que desligar Antonella, te vejo no jantar?

Pobrezinho, já sabe quem estará lá te esperando, não é? ─ choramingo ao imaginar a cena.

Stefania não largará do meu pé a noite inteira, ficará fazendo insinuações, recomendando alfaiates, salões de festas e serviços de buffets para um casamento que não acontecerá.

E na sua casa quem sofre é Eleonor, já que a mesma fica a importunando para me "seduzir" mais ou fazer-me apaixonar por ela, como se Eleonor gostasse do sexo masculino...

Na real, Stefania e seu marido ganhariam muito me tendo como genro.

Os negócios iriam subir a todo vapor para o seu ramo de hotelaria e todos sabemos que é nisso que pensam "foda-se as vontades de Eleonor, ela nos deve por ter nascido".













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Una storia d'amore in Italia- EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora