Capítulo 36

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***  VOTEM NO CAPÍTULO, POR FAVOR!!

Helena Greco

“Acho que tive medo de ser eu mesma a maior parte da minha vida.”

— Entre o Agora e o Nunca — J. A. Redmerski

Quando Carlos e eu saímos da mansão, as únicas coisas que se fixaram em minha mente eram: destruir Nora da melhor maneira que surgisse em minha mente assim que eu colocasse os meus olhos nela, e a partir daí, seguir com o plano diante do que a minha intuição mandasse.

Eu precisava encontrar Ivan e Mikhail, eles teriam uma grande participação no plano dependendo das respostas que eles possuíssem para as minhas perguntas. Mas isso não seria uma coisa fácil, nenhuma pessoa da Cosa Nostra me diria por livre e espontânea vontade a localização exata deles dois.

A desconfiança no homem que eles eram, impedia qualquer um de acreditar em quaisquer palavras que eles dissessem, mas comigo não funcionava dessa maneira. Eu sabia muito bem como lê-los, eles eram incapazes de mentir para mim, apenas por mim, e isso eles fizeram aos muitos enquanto estávamos em Moscou.

Eles me acobertavam e nós vivíamos as nossas vidas tranquilamente sem maiores dores de cabeça, deixando os sermões de Peter de lado por longos períodos de tempo.

Tudo era perfeito, até as coisas virarem de cabeça para baixo em um giro de 180º graus e a minha vida se refazer com aqueles que realmente se diziam ser a minha verdadeira família.

Mas agora, a questão não era essa.

Eu precisava saber da lealdade deles dois, o quanto eles sabiam sobre mim. O que eu sabia e não poderia confirmar se era realmente verdade, era o fato de eu tê-los escolhido para fazerem a minha segurança e eles serem novos boyeviks da Bratva naquela época. Então o primeiro trabalho deles na organização havia sido comigo, por terem passado com êxito nos testes não foi necessário colocá-los em uma posição inferior antes de se tornarem meus seguranças.

Mesmo que Peter tivesse me dito isso, é claro que poderia ser mais uma das mentiras dele. 

_ Senhora?

A voz de Carlos me tirou do meu devaneio, pois ele já estava de pé do lado de fora com a minha porta aberta anunciando que já havíamos chegado. Eu nem sequer havia prestado atenção no caminho até aqui. Que merda, Helena, você não poderia ter dado essa bobeira.

Pego a mão que ele me estende e desço do carro. Observo ao nosso redor e constato que o lugar é realmente deserto, não há nada que indique a possibilidade de vizinhos ou proximidade com a cidade.

Entramos na casa com aspecto de total abandono e de apenas um andar e logo Carlos acende a lanterna de seu celular para que possamos nos guiar naquela escuridão.

— Mas o que pode haver aqui nessa casa minúscula? Não tem como fazer um esconderijo decente aqui para alguém ficar preso por mais de um ano, seria muito fácil fugir.

— O senhor Stefano criou esse lugar quando ainda estava no poder e logo após a posse de Matteo, o Capo reformou esse lugar, então com certeza é mais do que os olhos podem ver, senhora.

Acredito nas palavras de Carlos, pois se Matteo queria fazer algo extraordinário em meio aquela treva toda, ele com certeza era o homem certo para tal feito pois conseguiria realizar com perfeição a tarefa à sua frente.

Depois de entrarmos em um quarto pequeno, Carlos seguiu até uma porta que deveria ter sido um dia um armário. Então ele abriu a porta e se agachou para abrir uma portinha que indicava um alçapão.

O Recomeço - Livro III        |COMPLETO|Onde histórias criam vida. Descubra agora