Viúvo, agora, Matteo Greco tinha de conviver com a dor de sua perda. Há ele havia ficado a responsabilidade de se manter são, pois dois bebês estavam presentes em sua vida a partir de agora.
Mesmo que o primeiro e único amor da sua vida tivesse par...
“Tarde demais o conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-lo, amei-o.”
— William Shakespeare
— Claro que são só alguns fragmentos, mas eu me lembrei! Eu ainda estava grávida, com uma enorme barriga por sinal, mas… - não deixei que ela continuasse a falar sem parar, não resisti e a beijei.
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A beijei como se minha vida dependesse daquele momento e daquele beijo. Um beijo cheio de saudade e desejo reprimido dentro de mim durante todo esse tempo. Enquanto sentia o calor da sua língua na minha e o corpo quente e pequeno colado ao meu com o seu sexo roçando em minha ereção em um movimento de enlouquecer qualquer um, me coloquei a aprofundar ainda mais o beijo e saber até onde ela estava disposta a ir dessa vez.
Sofregamente a agarrei ainda mais firme a mim e ela correspondeu, mesmo agindo por impulso e correndo o risco de ser afastado e rejeitado, Helena não o fez, muito pelo contrário, suas mãos foram para os meus cabelos e os puxaram se mantendo presa ali e usando isso como escora para se firmar e se esfregar desavergonhosamente em mim.
— Helena, não insinue nada que você não possa me dar, caralho. - sussurrei em seu ouvido causando-lhe arrepios enquanto mordiscava sua orelha.
Puxei sua cabeça para trás pelos cabelos de sua nuca facilitando o caminho em seu pescoço e fui descendo por todo ele chupando e mordiscando cada parte daquela pele oferecida a mim. Minha mão desceu por suas costas aplicando pressão durante o caminho, e ao chegar em sua bunda apertei-a guiando em minha direção e moí minha ereção entre suas pernas, e o gemido carregado de desejo que saiu da boca dela me encheu de tesão.
— Mas eu quero, Matteo, quero te dar tudo. Merda, eu não estaria me esfregando em você dessa maneira se não quisesse. - sua voz estava rouca e sem fôlego como se apenas esse nosso beijo tivesse tirado bastante dela.
— Cacete, como você faz isso comigo… Sabe quanto tempo esperei por isso, Helena? O quanto te desejei? O quanto senti saudade do seu corpo, dos seus beijos, da sua pele sedosa… - dizia isso enquanto arrastava meus lábios em seus ombros já desnudos, quando ela me interrompeu pegando meu rosto entre suas mãos e me obrigando a encará-la.
— Eu quero você há muito tempo, mas me faltava coragem para dizer, então não quero mais esconder isso. Não quero reprimir o desejo que sinto por você, não quero ficar torcendo para que em algum momento você perca o medo de me quebrar caso me toque, por isso quero que faça isso agora, que me tome para você mais uma vez, como fez quando viemos aqui da última vez.
Travamos uma batalha de olhares em que sempre acabava com o olhar fixo nos lábios um do outro. Nós não queríamos que aquilo acabasse, não havia maneiras de deixar aquilo acontecer, Helena me queria de volta e eu mais do que desesperadamente desejava o mesmo. Então, não parei para pensar mais em nada naquele momento além de nós dois ali, as perguntas e as respostas para as minhas dúvidas ficariam para depois, a única coisa que eu queria agora era beijá-la mais uma vez e foi exatamente o que fiz.
