Capítulo Catorze

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Castiel starys:

Sabia que Scarlett ficaria furiosa por eu não ter retornado para casa ainda, mas eu tinha outra missão importante a cumprir. Minha tarefa era restaurar a vida mundana de Shushu, permitindo que ela vivesse uma existência finita, em vez de uma eternidade sem fim.

Esperando pacientemente à beira da casa de Shushu, observei atentamente quando ela saiu com sua irmã e, sem hesitar, peguei Janet e comecei a segui-las discretamente. Nossa jornada nos levou até um condomínio, onde habilmente usamos a magia para nos infiltrar sem a necessidade de nos identificarmos. Continuamos a rastrear o carro delas até que finalmente pararam em frente a uma encantadora casa de dois andares, ostentando uma placa com a inscrição "Casa de Isis Myster".

O nome Isis Myster imediatamente trouxe à mente uma conhecida que compartilhava o mesmo nome. Ela havia nascido durante a Idade Média no norte da Europa e se tornara uma amiga íntima de Shushu quando se mudou para o império. Isis havia adquirido grande renome como curandeira e profetisa do império, graças à sua frequente comunhão com os Espíritos e sua profunda compreensão dos reinos metafísicos e espirituais.

Shushu nutria um profundo afeto por Isis, apreciando a dedicação e o amor que ela demonstrava por todos que cruzavam seu caminho ao longo de sua vida. No entanto, eu sabia que Isis também possuía uma personalidade complexa, muitas vezes hipócrita e propensa a mentiras. Ela acreditava firmemente que suas ações eram sempre justificadas, argumentando que tudo o que fazia era para seu próprio bem. Apesar de sua natureza às vezes implacável, suas ações sempre brotavam de um coração genuinamente bom.

Janet quebrou meus devaneios com um tom sério:

— Castiel, acho que é melhor irmos embora. Não há mais nada que possamos fazer aqui. Vamos apenas voltar para casa.

Virei-me para Janet no exato momento em que uma figura colossal materializou-se bem acima de nós. Sem pensar, puxei-a na direção oposta com um instinto de sobrevivência aflorado. Parecia que em questão de segundos, aquela imensa mão estava prestes a esmagá-la.

— Você está bem? — perguntei ansiosamente enquanto nos afastávamos, atentos à mão gigantesca que agora retornava em nossa direção.

Janet assentiu, aterrorizada, enquanto a mão titânica se aproximava. Nesse momento de desespero, armas brilhantes como estrelas cadentes apareceram magicamente em nossas mãos.

Com reflexos afiados, pulei para o lado no exato instante em que a mão de terra voou em nossa direção, cortando o ar em direção à minha cabeça. Consegui desviar habilmente, e a mão colossos acertou o solo com uma força tremenda, penetrando profundamente na terra. Retornando a si, o monstro da terra saltou em direção a Janet, que girou nos calcanhares e enfiou sua lâmina brilhante no corpo de terra. Por breves segundos, a criatura tremeu e pareceu ainda mais enfurecida por esse ato ousado.

Do solo, três enormes braços de terra surgiram como se fossem titãs despertando, avançando furiosamente em nossa direção.

Janet expressou seu desagrado com um resmungo:

— Odeio quem usa magia da terra. — A lâmina em sua mão se transformou instantaneamente, assumindo o tamanho de uma lança com uma ponta prateada reluzente. — Dois para cada um — ela propôs determinadamente.

Em um movimento circular, Janet enterrou a ponta da lança até o cabo com ambas as mãos, cortando e perfurando o inimigo com agilidade sobrenatural. Ela girou e atacou outro adversário com uma destreza inumana. Por um breve instante, as criaturas pareceram desorientadas, mas logo se endireitaram, estendendo seus dedos de terra para agarrar qualquer coisa à vista. Janet se moveu com rapidez, mergulhando a lança uma última vez.

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