Capítulo Vinte e Um

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Castiel starys:

A bebida desceu pela minha garganta como um fogo ardente, queimando intensamente. Diana comentou sobre a "besteira" que eu tinha feito ao prejudicar meu próprio corpo, sugerindo que eu precisava tomar mais daquela bebida, como se isso fosse a solução.

Naquele momento, dois pensamentos surgiram de imediato em minha mente. O primeiro foi: "Eu realmente fiz uma grande besteira, não foi?". O segundo foi: "Essa situação está me irritando profundamente". Não era como se eu tivesse escolhido deliberadamente sentir tanta dor.

— Vou pedir para Clarice te ensinar a se proteger com magia e nunca mais fazer algo tão insensato. — Diana disse com um sorriso que só aumentava minha irritação.

— Isso está se tornando um pesadelo. — Resmunguei a contragosto, o que pareceu deixá-la ainda mais feliz. — Eu também nunca precisei me proteger de nada que viesse contra mim.

Mauro voltou à sala com um pote de iogurte que, pelo visto, havia retirado da geladeira.

— Diana, deixa ele comer algo diferente. — Mauro falou em minha defesa, chamando a atenção de sua irmã, que parecia prestes a me forçar a tomar mais daquela bebida ardente. — Lembra que ele não foi criado da mesma forma que nós.

Diana ponderou por alguns segundos antes de soltar um suspiro de resignação.

— Mauro, você é realmente muito bondoso. — Ela comentou, revirando os olhos, mas afastando o copo com o resto da bebida de mim. — Dessa vez você escapou.

Diana foi para a cozinha, e Mauro se sentou ao meu lado, entregando-me o iogurte e uma colher. Sua gentileza me tocou profundamente, mesmo em meio a toda a estranheza da situação.

— Isso pode ajudar a tirar o gosto ruim que está na sua garganta. — Ele sugeriu, e meu coração se apertou ao ver como ele ainda se preocupava com o meu conforto, não importando a circunstância. — Uma dica: eu também detesto essa bebida, ela queima a garganta sem parar. Quando tomei pela primeira vez, quase vomitei.

— Sério? Quantos anos você tinha na época? — Perguntei, e ele me olhou com culpa.

— Cinco anos. — Ele admitiu, e minha surpresa foi evidente. — Quero dizer, fiz a mesma careta que você está fazendo e literalmente vomitei na minha roupa. Além disso, chorei feito um bebê.

— Obrigado por me fazer perceber que sou mais fraco do que um garoto de cinco anos e por me fazer questionar minha masculinidade. — Comentei com um toque de sarcasmo, fazendo-o rir.

— A masculinidade é algo frágil, afinal. Então, você é um daqueles homens que sempre precisam mostrar sua força para o mundo? — Ele brincou, roubando uma colherada do iogurte. — Eu achava que você não era assim.

Nesse momento, um som estridente irrompeu, fazendo o telefone tocar descontroladamente. Mauro levantou, pegou o telefone e atendeu a ligação.

Mauro atendeu o telefone e cumprimentou seu pai com uma expressão de desinteresse.

— Oi, pai. — Ele respondeu, colocando a mão na cintura. — Ela está aqui em casa, então pode me dizer que não vai me obrigar a ir atrás da sua ajuda incrível ou, no meu caso, minha roupa para o meu aniversário. Sério, você quer que eu escolha um par? Lembra que é apenas uma festa, não um baile ou algo do tipo.

A pessoa do outro lado da linha disse algo que deixou Mauro com uma expressão de contrariedade. Ele tirou o aparelho do ouvido e olhou para a tela do telefone.

— Droga, Diana, você precisa se arrumar. Papai disse que vamos sair para escolher roupas para a minha festa! Ele nos encontrará no shopping em quarenta minutos, sem atrasos, caso contrário, nós deixará de castigo! — Mauro gritou, e sua irmã surgiu da cozinha com um copo de água na mão. — Por que ele está tão obstinado em fazer tudo perfeito? Só quero uma festa simples. — Mauro desabafou.

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