Mauro pinheiros:
Mordi a ponta do pincel enquanto trabalhava no último quadro que o cliente havia solicitado. Ele desejava que eu criasse algo que estivesse pessoalmente ligado a ele e que fosse uma réplica da obra que seu filho havia encontrado e apreciado. Minhas mãos se moviam com cuidado e precisão, capturando cada detalhe da pintura original enquanto eu recriava a obra com minha própria interpretação.
À medida que o quadro tomava forma, eu me sentia satisfeito com o resultado, sabendo que havia conseguido capturar a essência da obra original e adicionar meu toque artístico único. Quando finalmente terminei, dei um passo para trás para admirar o trabalho concluído, esperando que o cliente ficasse satisfeito com a homenagem que eu havia criado para ele e seu filho.
Enquanto eu estava admirando o quadro que havia pintado, ouvi batidas na minha porta e, em seguida, Clarice entrou no meu ateliê. Ela assobiou quando viu o quadro e percebi que tinha alguém atrás dela. Era Alica, que apareceu e acenou para mim com um sorriso caloroso.
Eu gostava muito da companhia de Alica. Ela parecia ser uma criança muito calma e gentil, e sempre me alegrava vê-la.
— Isis disse que Alica queria te ver e abriu um portal para minha sala — explicou Clarice, fechando a porta atrás deles.
— É sempre um prazer receber a visita da criança mais adorável que eu conheço — comentei, fazendo Alica sorrir para mim.
Alica então apontou para o quadro que eu estava admirando e perguntou sobre ele. Era uma figura olhando para as estrelas, algo que me inspirou muito e devo dizer que ainda me faz ficar atento e ainda mais como se para mim fosse uma lembrança.
— Isso é um quadro que me rendeu um trabalho incrível — expliquei, me aproximando dela.
— Sério? Que incrível — Alica disse, seus olhos brilhando de empolgação. — Tio Mauro, você gosta muito de pintar.
— Bastante — respondi com um sorriso. — A pintura sempre deu vida à minha criatividade desde que eu tinha a sua idade.
Alica olhou de mim para Clarice e depois para o quadro com um brilho nos olhos. Em seguida, fez uma pergunta que me tocou profundamente:
— Pode me ensinar a pintar?
Fiquei comovido pela sua curiosidade e desejo de aprender, e um sorriso caloroso se espalhou pelo meu rosto.
— Claro que posso, Alica. Vou adorar te ensinar a pintar. Vamos começar com as cores e pincéis, e você verá como é divertido criar arte.
Clarice parecia se divertir com a situação enquanto Alica desapareceu, provavelmente voltando à sua forma de ar na sala pelo susto repentino.
Então, a porta foi batida novamente, e desta vez foi Andy que apareceu. Ele entrou no espaço com uma expressão de completo desespero, segurando seus desenhos pessoais nas mãos.
— O que o Devion fez agora? — perguntou Clarice.
— Ele descobriu que eu estava pintando secretamente, além de ser o "assistente" dele — explicou Andy. — Está destruindo todos os meus desenhos.
Fiquei preocupado com a situação de Andy e sabia que Devion, seu irmão mais velho, às vezes podia ser um tanto autoritário e controlador. Entendi a dinâmica complicada que existia na família de Andy, com Devion assumindo o papel de uma figura dominante e autoritária. Era evidente que Devion estava acostumado a ser o centro das atenções e não tolerava que os outros agissem de forma diferente do que ele considerava apropriado. Isso certamente criava conflitos e tensões dentro da família.
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Amor Do Destino
FantasyNum universo cósmico, um guardião tem a solene tarefa de manter o equilíbrio do poder entre os cosmos. Castiel, um desses guardiões, perde sua chave Yin e Yang, forçando-o a vagar pelo mundo mortal em busca dela. Em sua jornada, ele cruza caminho co...