Capítulo vinte

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Castiel starys:

Aquelas duas mulheres pareciam completamente desequilibradas, com uma disposição incrível para fazer perguntas intrusivas ou ameaçadoras, especialmente considerando o meu estado dolorido naquele momento.

— Então, você já está ciente do mundo sobrenatural! — Diana, a irmã de Mauro, disse, fazendo um som desaprovador com a língua. — Agora, por favor, explique por que meu irmão desenhou o seu rosto durante a infância.

Enquanto Diana revelava o motivo, meus olhos se arregalaram de surpresa, intensificando a dor que eu já sentia. As memórias estavam escapando, me deixando ainda mais fraco. Mordi o lábio com força e deixei escapar um gemido de dor.

— É uma história longa e complexa, não sei se devo compartilhá-la com vocês. — Eu tentei manter a calma, mas Diana me deu um soco no ombro, deixando claro que ela não aceitaria evasivas.

— Você deveria contar a verdade — Clarice, a outra mulher, interveio, segurando Diana quando esta ameaçou me socar novamente. — Vamos ver até onde suas palavras são verdadeiras.

Suspirando profundamente, comecei a narrar toda a verdade, desde o início. Quando terminei, Diana não hesitou em me socar no estômago, deixando claro que suas intenções eram sérias.

— Por que diabos vocês dois têm essa compulsão de me agredir o tempo todo? — Eu disse, e desta vez foi Clarice quem me deu um tapa no rosto.

— Desculpe, eu não consegui me controlar. — Clarice se afastou, visivelmente envergonhada por suas ações impulsivas. — Deixei as emoções tomarem conta de mim.

Diana, por sua vez, me deu outro soco, dessa vez no estômago e nas partes sensíveis.

— Isso é pelo sofrimento que você causou ao meu irmão durante três mil anos. — Ela afirmou, com uma expressão de raiva e desejo de me fazer sofrer claramente visíveis em seu rosto. — Você precisa nos contar como desfazer essa questão da reencarnação. Além disso, vai ajudar a resolver isso.

— Claro, seremos seus aliados nessa situação. — Clarice respondeu imediatamente, enquanto Mauro retornava à sala com seu amigo, Douglas, que parecia culpado.

— Não consegui encontrar o remédio. — Douglas disse, e os outros três trocaram olhares culpados.

— Deve ter acabado, e eu esqueci de comprar mais. — Mauro falou docemente, sua voz cheia de compaixão. Isso me fez lembrar de quando Shushu fazia o mesmo com seu irmão quando algo precisava ser encoberto.

Diana se sentou no sofá e ligou a televisão, onde uma repórter relatava a descoberta de um corpo feminino no mar da cidade na tarde anterior. A vítima aparentava ter cerca de 25 anos e, de acordo com a investigação, estava envolvida em espionagem industrial, sendo perseguida pela polícia.

Enquanto assistíamos às notícias, minha expressão ficou sombria ao ouvir a descrição da vítima. Era uma mulher com longos cabelos castanhos trançados na parte de trás da cabeça, olhos castanhos escuros e brincos de cristal roxo. Ela usava um vestido branco sem mangas, com as costas nuas e um cinto de espartilho vermelho.

Eu conhecia essa guardiã, que também foi uma grande amiga de Scarlett. No entanto, algo estava errado. A jornalista continuou relatando que este era o quinto caso semelhante naquela semana.

— A cidade vizinha está se tornando um caos. — Diana comentou, e a encarei com perplexidade. — O que está acontecendo? Você está ficando louco?

Mauro olhou para sua irmã e depois para mim, visivelmente envergonhado.

— Desculpe, às vezes ela age como uma ogro. — Ele tentou justificar, o que fez sua irmã bufar em descrença.

Amor Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora