Capítulo Trinta e Seis

41 61 0
                                    

Castiel starys:

Ao despertar, meus olhos se abriram lentamente, e uma sensação de desorientação tomou conta de mim. As imagens turvas do que havia ocorrido começaram a surgir em minha mente, recordações da festa de aniversário do Mauro que descambou para o completo caos. À medida que minha consciência se reafirmava, um aroma pungente de ervas exóticas envolveu meu nariz, despertando-me por completo.

Com esforço, ergui-me da cama onde alguém me havia colocado. Ao observar meu entorno, deparei-me com um cenário intrigante e misterioso. No chão, velas acesas lançavam sombras dançantes que ampliavam o clima enigmático do lugar. No lado oposto do quarto, um grupo de pessoas se reunia, cada uma segurando misteriosos grimórios em suas mãos. A atmosfera estava carregada de um suspense palpável, como se eu tivesse adentrado um mundo desconhecido e sobrenatural. O que diabos havia acontecido naquela festa de aniversário? As perguntas fervilhavam em minha mente enquanto eu tentava decifrar esse estranho enigma que me envolvia.

— Ele finalmente acordou — disseram em uníssono, observando-me com olhares penetrantes antes de se retirarem. Com um olhar ao redor, percebi que estava confinado dentro de uma cela. Minha visão nublada começou a clarear, revelando detalhes sombrios do local. — Sua magia foi finalmente restaurada —anunciaram, deixando-me perplexo.

Uma sensação de desconforto e desconfiança tomou conta de mim.

— Raios — murmurei enquanto observava as correntes que prendiam meus calcanhares. As memórias da festa turbulenta e caótica ainda estavam confusas em minha mente, e agora essa situação misteriosa estava se desdobrando diante de meus olhos.

Minha preocupação imediata era minha amiga desaparecida.

— Afinal, onde está a minha amiga? — Perguntei em busca de respostas desesperadamente necessárias. No entanto, o silêncio prevaleceu, deixando-me com uma sensação de isolamento e apreensão crescente. Decidi tentar romper as barras da cela com todas as minhas forças, mas, para minha frustração, meus esforços resultaram em nada além de uma sensação de impotência diante dessa enigmática prisão.

Relutantemente, deitei-me na dura cama, ansiando por escapar deste lugar enigmático. Meus olhos se fixaram na singular janela ao meu lado, questionando por que um deus teria erguido tal abertura em um local que se abria para uma paisagem de dimensão de bolso. Essa dúvida se misturava com a incerteza de quanto tempo permaneceria nesse estranho confinamento.

A cama em que eu estava era tão desconfortável que meu corpo protestou contra o seu rígido leito. Puxei as correntes quantas vezes minhas forças exauridas permitiram, numa tentativa de desviar minha mente dos pensamentos confusos e perturbadores que me assombravam.

A escuridão que emanava deste lugar era mais densa do que qualquer coisa que eu já havia experimentado, superando até mesmo a obscuridade das prisões dos guardiões. Quando o ambiente mudou do lado de fora da janela, fui privado da visão, incapaz de discernir a forma da minha própria mão diante dos olhos, perdendo qualquer noção de chão ou teto na cela. Meu conhecimento sobre o ambiente se resumia ao que eu tinha visto sob a luz trêmula de uma tocha na parede. Um sabor amargo de medo preenchia minha boca, uma sensação que eu nunca esperava experimentar.

Até aquele momento, não havia sinal algum de Janet, nem pistas sobre seu paradeiro. Encostei as costas na parede da cela, tentando acalmar minha mente turbulenta.

Então, ouvi um som, dessa vez mais alto, seguido por outro ainda mais estridente. Reconheci-os, mesmo que com certa hesitação, como risadas. O eco sinistro das risadas reverberou pelas paredes, enviando calafrios pela minha espinha e me fazendo perceber que meu inquietante cativeiro estava repleto de mistérios que eu mal começava a compreender.

Amor Do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora