Capítulo Quarenta e Cinco

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Castiel starys:

Duas semanas depois….

Olhei para Douglas, que segurava uma espada de maneira completamente desajeitada. Ele estava diante de um boneco que eu tinha criado com magia, e o boneco ainda não tinha sido tocado. A expressão de determinação em seu rosto contrastava com sua falta de experiência no manuseio da espada. 

Ele avançou com a espada de madeira e o boneco simplesmente desviou e Douglas caiu de cara no chão. Estalei os dedos, e em segundos o boneco se desfez, mergulhando-nos em silêncio.

— Fala a verdade, eu sou péssimo — Douglas admitiu.

Iria responder com tudo o que observei nas últimas horas que passamos aqui, com ele não conseguindo atacar o boneco nem por um segundo sequer. No entanto, era apenas o começo, então não seria justo cobrar tanto dele nesse aspecto, pois esta é apenas a nossa primeira aula.

No começo, ninguém se torna um especialista com a espada ou domina técnicas de luta avançadas. Tentar fazer isso logo de cara seria uma loucura completa.

— Posso dizer que, para alguém que está começando, você possui todas as qualificações para alguém que não sabe como usar uma espada, ou sequer como lutar em combate corpo a corpo — falei, tentando soar o mais positivo possível, embora eu deva admitir que não foi o caso.— No entanto, lembre-se de que todos começam do zero, e isso é apenas o início da sua jornada. Com dedicação e treinamento contínuo, você certamente melhorará suas habilidades. A perseverança é a chave para se tornar um bom espadachim. — Tentei encorajá-lo.

Douglas assentiu com um olhar determinado e agradeceu pela palavra de ânimo. Parecia estar mais motivado para continuar treinando e aprimorando suas habilidades de combate.Mas isso não esta sendo facil para ninguem muito menos para ele que mais se machucava.

—  Melhorar a gente para por aqui, antes que você se machuque além da conta —  Falei, dessa vez ele não discorda nem um pouco.

Estalei os dedos e tudo voltou ao normal. Em seguida, me sentei ao lado dele no chão, olhando para o teto.

— Posso fazer uma pergunta? — Douglas abriu a boca ao me encarar.

— Quando você vai pedir o Mauro em casamento? Vocês já têm uma vida conjunta em união estável, estão cuidando de duas crianças e até se tratam como se já fossem casados.

Ponderei por um momento antes de responder:

— Na verdade, nunca pensamos em ir além disso. Conhecemos nossos sentimentos um pelo outro, e isso já é o suficiente. Ele viveu muitas vidas, e acho que em nenhuma delas ele considerou se casar ou algo do gênero — falei me acomodando mais no chão, olhando para o teto, pensando sobre a minha resposta.

— Mas vocês parecem tão felizes juntos, e é óbvio que se amam profundamente. Não pensaram em formalizar essa união de alguma forma? — Douglas perguntou, com uma expressão curiosa. —  Ele viveu 107 vidas, em nenhuma ele estava com você que ele diz ser o amor da vida, mas me diga estão juntos nesse momento presente e o que está impedindo.

Ele olhou para mim, um sorriso brincando em seus lábios.

— Sabe, nunca é tarde para considerar isso. Talvez seja a hora de conversar com o Mauro sobre o futuro e o que realmente queremos juntos. Você tem razão, temos uma vida incrível, e formalizar nosso compromisso pode ser a próxima etapa.

Nós dois ficamos em silêncio por um momento, perdidos em nossos pensamentos. Eu sabia que a Doula tinha um ponto válido. O que estava nos impedindo, a mim e ao Mauro, de casar, ou o que estava me impedindo de pedir a mão dele em casamento? Era uma pergunta que agora pairava no ar, pronta para ser respondida se eu quisesse muito saber ou não.

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