Mauro pinheiros:
A sala onde estávamos era diferente de qualquer coisa que eu já tinha visto. As paredes eram revestidas de pedra escura, e o teto parecia um mosaico de estrelas em constante movimento. O cristal, que repousava sobre um pedestal no centro da sala, emitia uma luminosidade etérea que preenchia o ambiente.
Anton, com seu olhar penetrante, estava concentrado no cristal. Seus dedos habilidosos se aproximaram da superfície do objeto, como se estivesse prestes a desvendar segredos profundos e antigos. Minha respiração ficou mais lenta, e meu coração batia acelerado enquanto aguardava ansiosamente o que estava por vir.
- Este cristal revelará a verdade, mesmo que seja algo que você desconhece. - Anton explicou, apontando para mim com um gesto solene. - Vamos descobrir o que você é, afinal?
Um silêncio tenso se instalou na sala, quebrado apenas pelo suave murmúrio do cristal. Eu estava prestes a mergulhar em um mundo de mistério e descobertas, um mundo que mudaria para sempre o curso da minha vida.
- Isso não irá me machucar? - perguntei, mantendo-me imóvel por mais alguns segundos, meu coração batendo com uma mistura de ansiedade e curiosidade.
Anton me olhou com olhos penetrantes, como se pudesse ver profundamente em minha alma. Ele finalmente sorriu, um sorriso tranquilizador que não alcançou seus olhos.
- Para ser honesto, isso não deveria te machucar. Na verdade, vai me ajudar a ampliar meus dons e a mergulhar ainda mais fundo naquilo que está escondido em sua mente. A maneira como você lutou, meu amigo, estava muito além do que alguém completamente mundano seria capaz de fazer em toda uma vida de treinamento - ele disse calmamente, enquanto seus dedos habilidosos começaram a preparar o instrumento que seriam usados nesse processo delicado.
Lentamente, minhas mãos se aproximaram do cristal e, com um gesto igualmente lento, Anton colocou a dele sobre a minha. Uma sensação estranha, como um formigamento elétrico, percorreu minha pele. O mundo ao meu redor começou a desvanecer, as cores se misturando em uma paleta de tons indefinidos. A escuridão se fechou ao meu redor, como se eu estivesse mergulhando em um oceano profundo e infinito.
Meus sentidos pareciam embotados, e o som ambiente diminuiu até se tornar um murmúrio distante. A única constante era a presença de Anton, sua mão sobre a minha, mantendo-me ancorado nesse estranho vórtice de sensações.
Por um momento, tive a sensação de que estava caindo, caindo em um abismo de pensamentos e memórias. Perguntas sem resposta pareciam surgir do nada, e imagens borradas dançavam diante dos meus olhos fechados.
Finalmente, quando pensei que não conseguiria suportar mais, a escuridão começou a clarear, e a realidade voltou lentamente.
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Na minha mente, algo clareou como uma luz distante, e vi imagens que piscavam por apenas alguns segundos, desbotando-se rapidamente como se fossem feitas de algo incrivelmente frágil. Era como tentar agarrar fumaça com as mãos, uma tarefa quase impossível.
As visões eram fugazes, como fragmentos de sonhos que se recusavam a se encaixar. Vi lugares que nunca estive, rostos que nunca tinha visto antes e símbolos misteriosos que dançavam diante dos meus olhos. A cada imagem que se formava, eu sentia um lampejo de compreensão, como se estivesse prestes a desvendar um grande segredo, mas então a imagem se desvanecia, deixando-me com uma sensação de frustração.
Instintivamente, estendi os dedos na tentativa de segurar essas visões fugazes, como se pudesse prendê-las em minha mente. Mas elas escorregaram pelos meus dedos como areia fina, deixando apenas um eco efêmero de conhecimento que escapava rapidamente.
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Amor Do Destino
FantasyNum universo cósmico, um guardião tem a solene tarefa de manter o equilíbrio do poder entre os cosmos. Castiel, um desses guardiões, perde sua chave Yin e Yang, forçando-o a vagar pelo mundo mortal em busca dela. Em sua jornada, ele cruza caminho co...