De Repente Ela - 4° Geração.04

Vir

Jake Ballard-Hunt

Abro meus olhos depois de ter um pesadelo de que eles nos acharam e pegaram Emma enquanto eu dormia. Fico aliviado quando aperto meus braços e Emma está neles, ou melhor, quase em cima de mim, me usando como o colchão mais macio do que o que estamos.

Mexo a cabeça e sinto cócegas no meu nariz quando seu cabelo o toca, minha mão desliza até seu ombro e a aproxima mais do meu corpo. Ela está aqui e ninguém vai levá-la de mim, bem que tenha que me matar para isso.

-Jake.- sussurra.

-Estou aqui.- falo baixo.

-Não, você tá me apertando.- ela se mexe.

-Ah.- solto os braços um pouco mais.- Desculpa.

-Tudo bem.- ela respira fundo.- Teve um pesadelo?

-Sim.- encaro o teto.

-Eu tenho também.- sua respiração aquece meu peito.

-Sobre o que?- meus dedos tocam o braço nu dela.

-Sobre estar sozinha.- ela fala vaga.- Sobre acordar e estar machucada. Sobre...ter esperanças de morrer onde nem Deus sabe que existe.

-Por que sonha com isso?- fico preocupado.

-O que há de bom para sonhar?- sua pergunta não pode ser respondida.

-Emma...

-Com o que você sonhou?- ela muda de assunto.

-Que estavam invadindo.- explico superficialmente.

-Está com medo?- meus lábios tocam sua testa.

-Não.- ela sussurra e sorrio.- Não tenho medo de nada.

-Bom, por que....

Ouvimos o barulho de tiro e alguém chuta a nossa porta, Emma grita e tiro a faca de baixo do travesseiro. Arregalo os olhos quando vejo a arma apontada para mim e Akira sorrindo de orelha a orelha.

-Achou que eu não ia vir atrás de você?- pergunta.- Planejou roubar minhas coisas e acha que não vou revidar?

-Achei que ia estar bem longe quando se tocasse.- sorrio.

-Solte a faca.- pede.

Aponto a faca para o chão e a jogo, ele grita quando atinge seu pé e faço o golpe que Dakota me ensinou. Ele cai no chão e eu seguro a arma contra sua testa enquanto me agacho lentamente.

-Não vai fazer isso.- ele tenta não demonstrar dor.- Eu trouxe vários homens.

-Não duvido.- falo animado.- Mas o que eles farão quando virem você morto? É suposto que tenham que encontrar outro líder antes de me matarem.

-Podemos fazer um acordo.- ele fala rapidamente e de canto de olho vejo Emma vestir a calça.

-Estou interessado.- sento no chão como uma criança.- Fale.

-Você quer nosso nitro, posso mandar matade dele de dois em dois meses.- ele explica.

-A cada mês.- ajeito.

-Certo.- assente.- Em troca...

-Em troca?- rio alto.- Acredita nisso, Emma?

-Achei que era em troca da sua vida.- Emma se agacha ao meu lado.

-A cicatriz que isso vai deixar...- ele ri para a bochecha dela.

-Não tenho problemas com cicatrizes.- ela sorri.- Mas você deveria ter problemas com armas. Tem uma apontada para sua testa agora e o cara que a segura é maluco.