Emma Green
Sigo Jake para dentro da casa e coloco as mãos dentro dos bolsos quando vejo que estamos entrando em um tipo de sala de jogos. Tem uma mesa de sinuca, alguns videogames, dardos, um bar no fundo, tem tudo que uma sala de jogos precisa.
Então, ele para na frente de uma estante e olha para mim, engulo em seco e ele mexe a cabeça para que eu me aproxime. Meu braço toca no dele e Jake ergue a mão para um livro vermelho estranho.
-Eu tenho muita imaginação.- ele empurra o livro e um som faz a estante mexer para o lado.
-Uma passagem.- murmuro surpresa.
-Tem várias espalhadas pela casa.- explica.- Só eu e o arquiteto sabemos de todas.
-Por que fez tudo isso?- observo o túnel que vira para a direita sem entrar.
-Porque é divertido.- ele sorri e o encaro.
Qualquer um imaginaria que ele só fez isso por diversão, mas de alguma forma eu sei que é por pura estratégia. Jake não era burro de colocar coisas importantes em áreas normais da casa, sabia que ele não era burro.
-Vamos.- ele segura minha mão.
Olho para nossas mãos e ele começa a me puxar pelo túnel, então desvio o olhar e acompanho ele pelas curvas fechadas que me deixam confusa. Fui treinada para lembrar, mas de uma só vez não adiantava.
A mão dele aperta a minha e olho para seu rosto vendo que foi um gesto involuntário, respiro fundo e Jake abre uma porta que mais parece uma parede. Vejo que tem uma sala enorme de computadores.
-É aqui que eu controlo toda a segurança do condomínio.- ele fecha a porta e solta minha mão.
Tem várias telas com cada câmera, também tem umas telas que autorizam as coisas e acho que isso é muito mais do que eu já vi qualquer lugar no exército usar. Ele tem mais acesso a tecnologia que a polícia.
-Esse chip....- ele tira do bolso e abre uma parede cheia de fios e placas.- Vai permitir que eu tenha acesso aos satélites.
-Você tem acesso aos satélites da internet.- aponto.
-É, mas....- ele sorri conectando.- Eu vou poder modificar eles. Posso fazer as pessoas verem o que eu quero. Posso fazer esse condomínio desaparecer do mapa.
-Ninguém nunca vai saber onde moram a menos que venha aqui.- sussurro.
-Isso mesmo.- ele concorda.
-É...- olho envolta a sala todinha.- É genial.
-Eu sei.- ele senta em uma cadeira e me observa.- Eu sou genial.
-Não tão quando fala que é.- mordo o lábio.- O que pode fazer aqui?
-Tudo.- fala simples.
-Mas...o que?- olho para ele.
-Vem.- ele vira para a mesa de controle e me aproximo.
-Onde eu sento?- pergunto.
-Aqui.- ele bate na coxa e o encaro.- Ou pode ficar em pé.
-A segunda opção.- me curvo para ver.
-Você que perde.- ele mexe os ombros e abre uma aba.- Posso invadir sistemas, descobrir senhas, fazer com que achem que eu sou o presidente e mandar detonar qualquer canto.
-Muito poder nas mãos de um maluco.- explico.
-Os malucos vão herdar a Terra, doce Emma.- ele olha para mim e viro o rosto para olhar para ele.
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De Repente Ela - 4° Geração.04
RomanceJake Ballard-Hunt sempre gostou de adrenalina, praticamente cresceu na pista, um lugar criado por seus pais como ponto de corrida e negociações fixo para corredores e para mafiosos. Repentinamente, uma mulher aparece. Ela tem um plano por trás e o ú...