De Repente Ela - 4° Geração.04

Raiva

Emma Green

Era dia de corrida. Várias e várias pessoas estavam reunidas no tipo de pista de corrida abandonada e tinham vários carros legais esperando sua vez. E eu estava com Jesse enquanto ele falava sobre os dias que ficamos fora.

Não foram muitos, apenas quatro. Mas mesmo assim pareceu ser uma eternidade, tanto para eles quanto para mim. E não conseguia mais olhar na cara de Jake sem imaginar aquela vez na cama, ou a outra no banheiro.

-Emma?- Jesse me cutuca e me encolho.- A corrida vai começar.

-Eu vou ficar por aqui mesmo.- explico me ajeitando no sofá que tem na plataforma maior.

-Ok.- ele levanta e pega sua cerveja.

Passo a mão pelo rosto e mexo minha cabeça sentindo o meu rabo de cavalo tocar as costas nuas por causa da blusa de alças que estava vestindo. Olho para o outro lado e vejo Jake falando com o pai.

Me levanto lentamente e seu olhar vai direto para mim, sinto um calor intenso pelo meu corpo quando seu sorriso aumenta assim que eu começo a ir até o bar aberto para pegar uma cerveja.

Chego perto e uns quatro caras se afastam na mesma hora, franzo as sobrancelhas e o barmen me entrega a cerveja rapidamente, então me viro e vejo que tem alguns caras me olhando de forma nervosa.

Encontro H conversando com uma garota e vou na direção dele, se alguém sabe de algo, essa pessoa é ele. Acho que é uma das pessoas mais curiosas que eu já vi, e Jake manda ele fazer as coisas, então, o que Jake deve ter feito, ele ajudou.

-Ei.- seguro o braço dele.

-Eu estou ocupado, Emma.- ele fala sorrindo.

-Uma pena.- o puxo.

-Qual é!- ele bufa.- Eu tava quase...

-Shh.- cruzo os braços.- Por que nenhum cara está olhando para mim?

-Ah...- ele tenta sorrir.- Não sei.

-Não sabe?- me aproximo mais.

-Emma, eu não posso contar.- ele fala leal.

-Se não contar, eu espalho para todas as garotas que você tem alguma doença.- falo ameaçadora.

-Você não faria isso.- ele sorri.

-Com licença.- começo a ir até a garota com quem ele falava.- Você sabia que...

-Ok, ok!- ele me puxa para longe.

-Ótimo.- sorrio.

-Ele espalhou por aí que se algum homem sequer olhar para você, ele vai cortar os dedos e fazê-los comer.- explica.- E se, por acaso, alguém for corajoso o bastante e ele o encontrar na sua cama, ele vai cortar o pau dele e...

-Ok, já entendi.- bufo com raiva.- Aquele filho da mãe.

-O que rolou entre vocês por lá?- pergunta curioso.

-Cuida da sua vida.- começo a me distanciar.

Dou passos pesados até Jake, que agora está falando com Jesse enquanto aponta para um dos carros que está correndo. Não vou fazer cena na frente de um monte de idiotas que vieram se divertir, vou ser educada, pelo menos aqui.

-Jake.- limpo a garganta.

-Emma.- ele sorri para mim.

-Podemos falar?- franzo as sobrancelhas.

-Do que se trata?- pergunta educado e Jesse parece não entender.

-Sobre aquilo que conversamos no avião.- o encaro e ele sorri mais.- Antes de você ir.