Porque Eu te Amo - Nilson e Beca

Capítulo 12

POV Beca

Eu estava arrependida da cena que tinha feito com Nilson no estacionamento do prédio, na semana passada, mas tinha sido tudo muito impulsivo, eu fiquei irritada por ver ele com Isadora mais uma vez e acabei explodindo sem perceber.

Depois daquilo, ele conversou com a mais velha, e disse que os dois não ficariam mais juntos, e que ele queria manter somente a amizade. Isadora ficou furiosa, e tenho certeza que ela não deixaria isso barato.

E agora além disso, eu tinha arranjado mais neuroses para minha cabeça. Já que as meninas me contaram que as garotas da faculdade estavam caindo matando em cima de Nilson depois dele ter 'terminado' com Isadora, mas que ele ainda não havia ficado com nenhuma. As garotas sabiam que eu nutria um sentimento por ele, e sempre me aconselhavam e insistiam que eu contasse para ele, eu nunca havia cogitado essa hipótese, mas agora estava pensando sobre isso. Eu não aguentava mais ficar me sentindo mau, com ciúmes dele e pensando em nós dois, então talvez seja melhor conversar com ele mesmo, expor meus sentimentos e levar um fora logo, talvez assim eu caia na real.

Hoje era sábado e eu estava jogada no sofá da sala dele, assistindo televisão, enquanto ele tomava banho no banheiro do seu quarto. Já era de tarde mas havíamos acordado a pouco tempo, já que na noite de ontem saímos para um barzinho com nossos amigos e chegamos só pela madrugada, e eu acabei dormindo no apartamento dele.

Nós dois estávamos sempre dormindo no apartamento um do outro, mesmo sendo vizinhos, Nilson dizia gostar de dormir me abraçando, e eu que não reclamava.

Fiquei passeando pelos canais, procurando algo interessante para assistir, até Nilson aparecer na sala, já de banho tomado, e se jogar no sofá deitando a cabeça em meu colo.

- Eu to com fome! – Ele murmurou abafado, com o rosto grudado em minha barriga.

- Essa hora nem deve ter mais comida nos restaurantes pra gente ir almoçar, vou fazer algo pra gente. – Respondi, fazendo carinho em seus cabelos molhados.

- Não, levanta não, ta tão bom aqui.

- Oush, e vamos comer como?

- Vamos pedir algo...

Pedimos sushi pelo aplicativo no celular, e a comida não demorou a chegar, já que o restaurante era do lado do prédio. Nós comemos sentados na mesa e depois fomos para o quarto, Nilson se jogou deitado na cama e me puxou junto, fazendo eu deitar também. Ficamos de frente um para o outro, abraçados, com seus braços rodeados em minha cintura.

- Que foi que ta dengoso desse jeito, tão nenenzinho? – Perguntei, fazendo voz de bebê e enfiando meu rosto no espaço livre que seu moleton deixava de seu pescoço, o enchendo de beijinhos e arrancando uma risada dele.

- Cansado demais, essa semana foi puxado na faculdade.

- Hum, então vamos ficar de preguicinha hoje, descansando.

- Uhum... – Concordou, com os olhos fechados.

Ficamos um tempo calados, com ele ainda de olhos fechados enquanto eu fazia carinho em seu rosto, eu estava gostando tanto dele que chegava a me doer, era impressionante como em pouco tempo ele havia se tornado tão importante pra mim.

- Eu te amo muito... – Murmurei, vendo ele sorrir em resposta, ainda com os olhos fechados, e pegar minha mão que acariciava seu rosto, deixando um beijo nela.

- Eu também te amo demais.

- Tu promete nunca me deixar? – Pedi, insegura com a decisão que eu tinha tomado a poucos segundos.

- O que? – Ele perguntou confuso, abrindo os olhos e me encarando.

- Promete nunca me deixar, ou se afastar de mim? Você é muito importante pra mim, não me imagino sem você... – Expliquei, sentindo meus olhos marejarem.

- Hey, que isso vida, eu não vou me afastar de você, nunca, nunca, nunca... – Respondeu, me apertando em seus braços e deixando vários beijos em minha testa. – Porque ta falando isso?

- Porque eu vou fazer algo que quero muito, mas acho que você não vai gostar... – Respondi, vendo ele me encarar com a expressão tensa e curiosa. – Caso eu esteja certa e você não goste, por favor, não se afaste de mim, apesar de qualquer coisa eu sempre vou ser sua amiga, ok?

- Ok, mas o que...

Não deixei ele terminar de falar, e em mais um dos meus atos impulsivos, antes que eu perdesse a coragem, fechei os olhos e aproximei meu rosto do dele, o calando, colando meus lábios nos seus.