Capítulo 13

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— Então foi pra cá que você veio ao invés de ir pra festa da sua família? — Zé tentou engolir todo o ódio que estava sentindo naquele momento — mais já era de se esperar, né Marta?

Marta esboçou uma cara de ironia, erguendo as sobrancelhas ao ver o "marido" tão calmo diante daquela situação.

— Pai...— Clara tentou dizer.

— Você fique quieta. Com você eu me resolvo depois — ele pediu olhando para a filha com aqueles olhos esbugalhados e expressivos.

— Bom, vou me despedir do restante das pessoas e aí nós vamos...quer dizer, eu vou! Não te pedi para vir me buscar, então pode dar meia volta e ir embora — Marta fez menção em sair, porém, foi segurada pelo braço por Zé.

— Vamos embora, agora. E você não testa a minha paciência ou eu vou te tirar dessa festa nem que seja arrastada pelos cabelos e a força — ele a ameaçou com os olhos, palavras e expressões.

— Ei, que isso? Bem se vê que a fama que você tem é realmente verdade. Isso é jeito de falar com ela?— Maurílio se posicionou indignado.

— Eu falo do jeito que eu quiser, a mulher é minha e você não tem nada haver com isso. Cale sua boca — ele desafiou.

— A mulher pode até ser sua, mais a convidada é minha. Você está na minha festa, e sabendo que te pedir educação é pedir muito, eu exijo que você saia. Agora! E que nunca mais trate ela desse jeito — ele defendeu Marta, indo para cima de Zé.

— Maurílio, não! Violência não — Ela pediu afastando ele com a as duas mãos em seu peito.

— Como é que é rapaz? quem você pensa que é pra falar assim comigo? Tá pra nascer o cabra que vai me enfrentar e ficar por isso mesmo — Zé gesticulava com as mãos fazendo de tudo para partir pra agressão, mais sendo segurado por Josué e Clara.

— Eu posso te mostrar que sou muito mais homem do que você pensa.

Foi Maurílio terminar de falar, que em fração de segundos, Zé virou um soco no rosto dele.

— PARA PAI!—Clara gritou.

— ZÉ, ZÉ...— Marta também gritou

E um verdadeiro pandemônio se instaurou. Os seguranças vieram, Josué se meteu e finalmente conseguiram separar os dois.

— Tirem ele da minha festa agora, tirem — Maurílio exigiu aos seguranças. Ainda tentando recuperar o fôlego, com o canto da boca sangrando e acima da dobrancelha também, con um fio de sangue escorrendo pelo lado do rosto.

Zé estava apenas com a boca sangrando.

— Eu ainda não acabei. Você vai ver oque eu vou fazer com você — Zé ameaçou.

— Chega! Para! Zé, vai embora. Agora!

— Mãe...

— Eu vou depois. Tira seu pai daqui.

— Você vai ficar? Tem certeza?— Zé perguntou em tom ameaçador.

— Vou ficar sim. Até a hora que eu quiser.

Os dois se olharam duramente e Zé se soltou de Josué, saindo da festa pisando tão duro que quase dava para ver um rastro de fogo saindo de seus pés.

— Maurílio, me desculpe por isso, eu...

— Marta, não é culpa sua.

— É sim. Eu meti você nessa.

— Ah, convenhamos que já era de se esperar que ele viesse até aqui tirar satisfação. Nada de surpreendente. Eu conheço a fama de José Alfredo Medeiros, o cara dos diamantes — ele riu.

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora