Capítulo18

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Clara e Maurílio se sentaram numa mesa um pouco afastada da cantina. Depois do café que pediram, chegou, ela estudou as palavras para qual faria a pergunta.

— Maurílio, eu vou te fazer uma pergunta e eu gostaria que você me respondesse com sinceridade!

— Claro. Pode perguntar!— ele a olhou fxo.

— Eu vejo o seu cuidado com a minha mãe, a questão dos seguranças que por incrível que pareça, meu pai ainda não descobriu... vejo o seu carinho e principalmente o jeito como olha para ela....você está apaixonado pela minha mãe?

Maurílio titubeou um pouco, mais depois um sorriso fraco apareceu, e encarando a xícara a sua frente, ele respondeu.

— Sim! — admitiu mais teve medo de perguntar oque também estava pensando.— Você acha ruim?

Clara suspirou enquanto olhava para ele.

— Eu não tenho que achar nada. Só não faça a minha mãe sofrer, Maurílio. Por que nisso ela já é graduada.

Maurilio aquele fio de esperança aumentar depois de uma suposta aprovação de Clara.

— Eu jamais faria a Marta sofrer. Mas e seu pai e seus irmãos?

— Maurílio, nada mais choca a nossa família! O meu pai perdeu totalmente o direito de opinar sobre qualquer coisa na vida da minha mãe, a partir do momento que ele foi procurar outra na rua. Portanto, minha mãe tem sim o direito de ser feliz com quem ela quiser ser! E meus irmãos, com o tempo eles se acostumam. Para quem engoliu a Isis tão fácil, você não vai ser nada, confia em mim!— Ela afirmou.

— É...mas eu não quero cultivar esperanças não. Sua mãe é completamente apaixonada pelo seu pai. Ela não olharia para mim com outras intenções que não fossem de amizade — Ele deu de ombros — Eu entendo!

— As coisas mudam, Maurílio. É claro que eu gostaria muito de reviver aquela época na qual os dois eram completamente apaixonados e eu morria de ciúmes dela com ele, das nossas viagens, brincadeiras...mais tudo se perdeu, parece que o único interesse da nossa família é o dinheiro e eu tenho medo que por causa disso, eles virem inimigos. Isso não pode acontecer, seria trágico. Por que a pensar dos pesares, toda vez que surge um problema que envolve a nossa família toda, os dois se jultam e conseguem resolver, sabe. Mais virando inimigos, nós filhos, teríamos que escolher um lado e mesmo odiando o meu pai momentâneamente, eu o amo muito. Não iria conseguir! — Ela realmente parecia aflita em sua expressão e fala.

Maurílio segurou as mãos dela.

— Clara, tudo tem seu tempo. Não fica sofrendo por antecipação, não!

Ela tentou um sorriso fraco.

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Os instrumentos sujos de sangue jogados sobre a mesa fria de metal, passeavam pelas mãos dos médicos. A máscara de oxigênio mantinha Marta respirando, a luz forte sobre o corpo inerte dela, ajudavam os cirurgiões na retirada da bala. Havia um tudo de centímetros introduzido dentro da boca dela, que iria até a metade da garganta.

Geralmente, esses tipos de cirurgias são bem complicadas, a retirada de um projétil do corpo humano, era muito delicada. Nada poderia sair errado, ou coisas ruins aconteceriam.

— Doutor, ela está perdendo sangue demais, assim não não dar para continuar. Ela pode morrer!— Um dos médicos auxiliares alertou.

— Eu sei! Ela vai precisar de uma transfusão. Eu vou lá fora tentar conseguir.— ele deixou o comando nas mãos dos colegas de profissão e saiu da sala.

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora