Meu Diamante - MALFRED

Capitulo 35

— Oi, Marta. Tudo bem?

— Eu diria que estou levando. Mais acho que sou eu quem deveria te fazer essa pergunta. Você sumiu depois do meu acidente. Oque aconteceu?

— Se aceitar almoçar comigo eu te conto!

Marta sorriu fraco ao imaginar que aquilo teria vindo com todo carinho da parte dele, que já era marca registrada de Maurílio.

— Eu adoraria mais...— avaliou suas malas ainda no mesmo lugar —...eu ainda tem coisas para arrumar aqui onde estou. E hoje eu não estou com cabeça para nada. Tem problema se for amanhã?

— Problema nenhum. Me encontra naquele restaurante no mirante de Ipanema.

— Certo, então. Até amanhã.

— Até!

Desligaram.

A imperatriz encarou a tela apagada do celular e depois o guardou. Caminhou de volta para dentro e levou suas malas para sua nova suíte.

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DIAS DEPOIS...

Poucos dias se passaram. Mais foram suficientes para dar tempo de muita coisa mudar. Para começar, Isis já estava muito bem acomodada no quarto de Zé e consequentemente na casa da família Medeiros. O Clima havia piorado muito como todos vivendo juntos. Mais para Zé, estava ainda muito pior. Estava debaixo da autoridade de outra pessoa, oque já o irritava e muito, lhe dando uma sensação we impotência. Segundo que só estava suportando tudo aquilo, porque seu plano para acabar com Isis não demoraria a ser concluído.

E como se não bastasse, ele mal estava tendo qualquer tipo chance de chegar perto de Marta, já que mesmo ela tendo saído de casa, ambos ainda eram donos da mesma empresa, por isso, se viam quase todos os dias. Quase, porque vira e mexe Marta ia se encontrar com Maurílio para almoços, passeios e jantares. Oque ocasionava um ciúmes enorme dentro de Zé, daqueles à ponto dele explodir. Até ter que ver ela receber flores e presentes, não ajudava em nada.

Naquele dia, véspera do casamento de Lucas e Eduarda, Marta havia chegado de um almoço (sozinha) e ao abrir a porta da sala de Zé, pensando estar vazia,  se deparou com uma sena que desejou mil vezes ser cega.

— Mais era só oque me faltava — Marta revirou os olhos e praguejou ao dar de cara com Isis sentada na cadeira de Zé.

— Te faltava mesmo, faltava alguém merecedor dessa cadeira. E olha só, para sua sorte, eu cheguei — Ela debochou.

Marta soltou uma gargalhada ainda mais digna de um deboche.

— Você?— Ela riu — pelo amor de Deus, garota. Olha para você, a única coisa que você merece das pessoas é pena. Isso sim!

— Hum, Marta. Infelizmente vou ter que discordar...

— Marta não...para você eu sou Maria Marta Medeiros...ou melhor, imperatriz Maria Marta. Coisa que você, sua vagabunda, nunca vai ser. Você acha que morando na minha casa, dormindo com o meu ex marido e sentando naquela cadeira ali você vai ter alguma semelhança comigo? Lamento dizer, querida, mais isso nunca vai acontecer. A não ser que você morra e nasça de novo, caso contrário, não adianta nem tentar.

Isis engoliu o ódio, disfarçando com uma cara de sarcasmo.

— Mais quem está dormindo na cama do Zé com ele sou eu. Você pode gastar todo o seu pedigree discutindo comigo Marta, mais palavras não mudam o fato da realidade que você está vivendo agora!

— A qual realidade você se refere? Ah, a de eu ter a minha paz e estar livre sem ter que viver com a preocupação de estar sendo traída? Aliás, eu no seu lugar tomaria cuidado, oque acontece uma vez, pode acontecer de novo. E saiba que você não me tirou nada, me fez foi um grande favor. Aproveite enquanto pode. Porque daqui a pouco é você quem vai estar no meu lugar...quer dizer, no meu lugar não, porque eu sou fina, rica, educada, já você...