ÚLTIMO CAPÍTULO

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ÚLTIMO CAPÍTULO

***

[ Marta ]

Genebra foi o palco do início de uma linda e conturbada história de amor que eu teria ao lado de Zé. Sei que passamos por poucas e boas através desses trinta anos, mas no fim, terminamos aqui, casados pela segunda vez e agora, mais felizes do que nunca. A vida realmente nos prepara coisas inesperadas no decorrer do caminho. E eu sou imensamente grata por tê-lo de volta ao meu lado. 

Quando vi seus olhos fixos nos meus ao entrar pela porta, todo o meu corpo se arrepiou. Pois ali eu vi uma série de sentimentos; desejo, paixão, proteção, afeto e principalmente amor. Ele é o homem da minha vida. Acho que nunca tive dúvidas disso.

[...]

— Será que já pode devolver minha esposa? — Zé surgiu atrás de Lucas, que dançava com a mãe.

— Ih, pai. Não vai dar não. A coroa agora é minha — ele brincou afastando Marta dele.

— Lucas, cuidado, meu pai fica bravo se sequestram a minha mãe assim — Clara comentou também aparecendo.

— Podem continuar, eu adoro essa disputa toda por mim — Marta brincou os fazendo rir — Mas falando sério agora, eu preciso me sentar um pouquinho, esses saltos estão me matando.

— Eu te ajudo, vem — Zé estendeu o braço para ela.

Os dois se sentaram de frente um pro outro e Zé ajudou ela a tirar os sapatos um pouco, para alívio dos pés de Marta. Ele segurou um dos pés dela, colocando sobre sua perna e os apertando com as mãos. 

— Aaaah, isso sim é muito relaxante, Zé — Ela brevemente fechou os olhos para aproveitar ainda mais aquela boa massagem — Acho que vou precisar de uma sessão de massagem para o corpo todo depois dessa festa.

— Mas já está cansada?— ele perguntou na intenção de implicar com ela.

— É claro que estou José Alfredo, não sou você e está pulando no meio de todo mundo o tempo todo a horas sem cansar. E eu estou grávida, não sei se ainda se lembra! — Ela respondeu com deboche.

Ele riu. Marta sempre tinha uma resposta afiada na ponta da língua. Na verdade os dois tinham, e ao mesmo tempo que não se "bicavam", se davam bem. Então ele chegou sua cadeira mais para perto dela e acariciou sua barriga por cima do vestido.

— Não vejo a hora de ver minha filha, o rostinho, saber se ela se parece com você, poder segurar nos braços…

— Eu ouvi direito ou  você disse filha?— Ela ergueu as sobrancelhas. 

— Filho, Marta. Filho, menino! Ouviu errado!

Marta riu. No fundo ela sabia que ele também queria uma menina.

— Seja oque for vai ser muito amado ou amada pelo pai que tem. Esse pai que às vezes é cabeça dura, turrão, chato, rabugento…— Ela foi calada por um beijo dele.

— Tudo isso sim, mas que você ama e é totalmente rendida, apaixonada.

— Convencido.

— Sou, mas também conhecido como o homem que você ama.

— Não sei disso, não! Isso é você quem está dizendo — Ela fingiu soberba.

— A é? É, Marta? 

Um beijo inicialmente terno, mas se tratando do casal imperial, nada se mantinha meigo, delicado e terno por muito tempo. Logo aquele beijo de calmo se tornou algo avassalador e contagiante.

— Com licença…será que posso? — Clara chegou os interrompendo — Os pombinhos já vão poder fazer tudo isso e mais um pouco, já está tudo pronto para quando quiserem ir.

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora