Capítulo 21

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Ao mesmo tempo que ela era sua força, também era sua fraqueza, pois bastava um olhar, ou talvez um sorriso, que ela conseguia atrair a atenção dele. A luz do ambiente estava apagada, apenas as dos dois abajous estavam ligadas, dando um clima bem propício aos dois.

Zé desceu o olhar para os lábios dela, voltando aos olhos e assim alternando entre os dois.

— Zé...— Ela disse afastando ele de perto — Não precisa fingir que se preocupa. E não me pega mais no colo — Ainda com um pouco de dificuldade, ela se levantou.

Comendador sabia que Marta tinha muitos motivos para não desculpa-lo apenas com um beijo. Até porque beijo por beijo, eles já tinham dado vários. O problema é que não dava para perdoar uma traição assim do dia para noite. Na cabeça dela, aquela fase "sem brigas" entre eles só era um período que logo logo iria passar, e ela sabia que no fim, ficaria sozinha de novo.

— Marta...não faz assim.

Ainda de costas, ela respirou fundo e se virou.

— Até antes desse tiro, no dia mesmo você me disse que estava amando outra mulher. Você não teve consideração nenhuma por mim, Zé. Me traiu durante sabe lá Deus quanto tempo. Eu te trai também, admito, mais pedi perdão. Você nem isso fez. E eu não sou besta, sei que quando eu melhorar, é para ela que você volta e eu fico apenas com as lembranças — Seus olhos já transbordavam em lágrimas — Não quero mais.

Novamente ela se virou para sair.

— E se eu não quiser mais ela?

Aquela frase paralisou Marta dos pés a cabeça. Devagar, ela se virou de novo para ele, buscando sinceridade em seu olhar. Era algo inacreditável de escutar, imagina de acreditar. Guiado por aqueles olhos azuis, ele se aproximou, tirando a mão dela devagar da maçaneta e fechando a porta, em seguida a trancando.

— ...não faz isso comigo! Você acha que é fácil assim, me larga e volta para ela, agora não quer mais ela e volta para mim? — os olhos dela imploraram, quase como uma súplica.

Marta se conhecia o suficiente para saber que não iria suportar se manter tão firme com tamanha aproximação dele.

— My diamond — Ele sorriu enxugando uma lágrima dela.

Ela engoliu em seco ao escutar se chamada de "meu diamante". Era um verdadeiro êxtase, não dava para sair por vontade própria, teria de deixar fluir. Ele aproximou seu rosto bem pertinho do dela, fechando os olhos brevemente, arrastando a pontinha de seu nariz no dela ameaçando beijar, roçando seus lábios...

Marta acariciou o rosto dele com uma de suas mãos, o abraçando em seguida, logo sendo retribuida com ele tomando cuidado com os pontos dela. Ao se afastar, ainda chorando, ela buscou os olhos dele.

— Se não for para me amar até o fim, me deixa sair — Ela pediu.

Zé pegou a chave, Marta olhou para o objetivo na mão dele e o viu jogar longe para qualquer lugar.

— Você não vai sair daqui — Aquilo não foi uma afirmação. Foi uma intimação!

— Zé...


E finalmente ela foi calada por um beijo dele. Suas línguas já tão conhecidas em uma sincronia também única. Zé segurando-a pela cintura, intensificou o beijo de tal forma que precisaram encostar na porta. Agora não tinha mais volta, Marta estava totalmente entregue à seu amor. Entre as lágrimas que ainda desciam, ela só quis aproveitar para sentir o gosto do beijo dele. Numa pausa entre selinhos, ele abaixou uma alça da camisola dela e deu um beijo em seu ombro, arrastando os lábios sobre a pele dela, arranhando com a barba, subindo para o pescoço, tirando a alça do outro lado e descendo as duas mãos pelas costas nuas dela. Beijando seu pescoço, bagunçando os cabelos dela com beijos ardentes...Marta se apressou em retirar o palito dele e logo depois desabotoar a camisa de baixo. Quando se deu conta de que só faltava isso para vê-la semi numa, ele deixou a camisola dela cair ao chão. Ali então, se deu conta da mulher cem porcento maravilhosa com quem ele era casado, Marta era um espetáculo de mulher.

— Eu te amo, my diamond — Ele conseguiu dela um sorriso lindo.

— Eu também te amo, seu bode velho — Ela respondeu sendo a Maria Marta de sempre.

Zé iniciou outro beijo, a levando agora para a cama, onde dessa vez ele teria um verdadeiro prazer em bagunçar. Com os seios dela colados em seu peito, ele enxeu o rosto e o colo dela de beijos, se sentando na cama com as pernas dela em volta de sua cintura. Marta parou, o admirando, alisando o rosto e os cabelos dele. Entre um sorriso de completa felicidade, ela ainda chorava.

— Me perdoa?— Ze a olhou profundamente nos olhos.

Marta o beijo com toda a paixão que tinha em seu peito, ao final, ela puxou o lábio inferior dele com os dentes, repetindo o ato de uma de suas noites de amor com ele em Genéve.

— Só se você me pedir de joelhos...— Ela sussurrou com os lábios colados ao dele.

— Vou fazer melhor do que isso — Ele apertou a cintura dela com as duas mãos, e juntando  a força das mãos dele e a pele branca de Marta, aquilo ficaria marcado.

Esquecendo que existia um mundo lá fora, ele deitou ela na cama, devorando seus lábios com veemência e ardência, sugando, mordendo, lambendo e deixando uma marca bem grande e vermelha no pescoço dela. Zé parecia ter uma espécie de energia acumulada e que precisava ser colocada para fora de alguma forma, e ele não encontrou opção melhor do que o sexo para isso.As unhas de Marta arranharam as costas dele, deixando um caminho de linhas vermelhas em sua pele. Em pouco tempo já estavam completamente lives de qualquer roupa, apenas enrolados em baixo dos lençóis. Uma das mãos de Zé desceu dos seios dela, passando devagar pelo local da cirurgia, cintura, até chegar na coxa dela, onde ele apertou. Marta segurou os cabelos dele com força, iniciando outro beijo.

— Te amo...

Não importava quantas vezes ela fosse  ouvir aquilo dele, as sensações eram tão fortes de como se fosse a primeira vez.

— Eu também, meu amor!— Ela sorriu.

E com os olhares assim, fixos um no outro, ele penetrou ela, tento como consequência a visão das expressões de prazer que ela fez, apertando os lençóis. Zé a beijou, sem perder a concentração do que fazia lá embaixo, comandando as duas coisas. Alternando entre beijos, carícias, arranhões, mordidas, sorrisos, marcas vermelhas e tantas outras coisas que fizeram parte daquela noite de amor entre eles. Ele entrelaçou seus dedos nas duas mãos dela, segurando firme e prendendo para cima, intensificando ainda mais cada movimento dele.
Até chegarem num momento que não dava mais para beijos, o ápice de ambos já se aproximava e então, chegaram lá juntos.

E ficaram assim até o cansaço acabar. Zé se sentiu, encostando as costas da cabeceira, completamente molhado de suor e cheirando ao perfume dela. Marta se ajeitou no colo dele, se sentando de frente para ele, com as pernas em volta de sua cintura e aos poucos acomodando o membro dele de volta dentro dela. Zé soltou um gemido abafado da garganta, fé fechando os olhos.

— Shit...

Ela riu e o beijou novamente.

— Eu te perdoo, meu bode velho...— Num beijo rápido a língua dela acaricou a dele.— ...meu jagunço, bronco....

— Humm, bem que você gostou desse jagunço e ainda tá querendo mais — Ele debochou se referindo ao modo tão íntimo que ela estava sentada em cima dele.

— Gostei!

Zé puxou o corpo dela mais para o dele, dando para sentir o coração de sua imperatriz bater, a respiração dela, o cheiro e aquele sorriso que fazia ele pegar fogo por dentro.

— Vem cá...— ele subiu a mão pela nunca dela e a puxou para outro beijo daqueles de arrancar o último suspiro.














Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora