Capítulo 50

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Marta empalideceu e, não era para menos tal reação, quando que ela poderia cogitar a hipótese de estar grávida no auge de seus cinquenta e cinco anos? Nunca que pensaria mais nisso. Por segundos ela encarou a médica, tentando formular oque ia dizer.

Uma de suas reações mais espontânea foi rir da situação.

— Oque? — Ela tentou conter o riso —  Eu? Grávida? Acho que não entendi direito. Doutora Vivian, eu já tenho três filhos adultos, daqui de mim não sai mais nada.

— Eu sei que essa notícia choca qualquer mulher ao recebê-la, porém, os exames não mentem!

— Como assim, grávida? Tem certeza de que não trocou os prontuários ou seja lá oque for essa montanha de papéis com você? — perguntou ainda sem acreditar.

— Tenho. Quando chegou aqui, fizemos alguns exames em você, Marta. Foram exames laboratoriais, que são quase impossíveis de estarem errados — explicou Vivian.

A fixa de Marta aos poucos foi caindo e ela foi tomada pela realidade da situação.

— Meu Deus! —  Ela exclamou passando as mãos pelos cabelos — Eu? Esperando outro filho? Meu Deus!

— Você conseguiu engravidar de forma natural mesmo na sua idade, e isso é ótimo. Porém, vai ter que seguir cuidados redobrados se quiser manter essa gravidez saudável até o final. Vou preparar uma lista de tudo oque vai precisar comer e fazer. Agora vou deixá-los a sós. Com licença — Ela se dirigiu a porta e saiu.

— Você sabia disso? — Ela apontou para a porta, sua voz estava embargada e os olhos molhados.

— Acabei de saber lá fora — Zé se sentou à beira da cama, mais perto dela, acariciou seu rosto com a leveza da mão, tendo no  — por isso os enjoos, o desmaio. Grávida, Marta — Os olhos dele se encheram de lágrimas — Você está gerando mais um Medeiros, my diamond — Ele estava tão nas nuvens com a noticia que não se conteve e beijou a barriga dela por cima dos lançou.

— Custo a acreditar nisso — As lágrimas pingavam do olhos dela.

— Mas acredite, meu amor. Não tinha outra maneira de você me fazer o cabra mais feliz desse mundo — Ele estava sorrindo, admirando os lábios dela antes de beijá-los.

Após o beijo, um abraço, Marta deixou a cabeça no ombro dele e fechou os olhos rapidamente.

— Agora me diz —  Ela se afastou um pouco dela —  Quando que a essa altura das nossas vidas a gente ia imaginar ter outro filho, Zé?

Zé sorriu, emocionado com o jeito doce dela de perguntar. Seus nariz avermelhado, igualmente as maçãs do rosto, os olhos azuis molhados de lágrimas.

— Isso só prova que se nós estivermos juntos, coisas boas acontecem. E agora... — Ele desceu a mão até a barriga dela —...você vai me dar outro filho, isso...me faz te amar ainda mais.

Com um sorriso de canto, Marta acariciou o rosto dele. Naquele toque, ela soube que era realidade tudo aquilo. O amor aflorava por casa centímetro daquele ambiente. Zé nunca se sentiu tão realizado na vida como naquele dia. Ali ele soube que mesmo com todo o seu império construído ao lado dela, toda a fortuna que  adquiriram ao longo dos anos, não pagaria um terço da felicidade que estavam sentindo naquela hora. Agora, o quarto fruto do amor deles estava a caminho. 

— Obrigado por isso, meu amor...— ele beijou a mão dela e depois  deu um selinho em seus lábios.

— Eu que te agradeço por não ter desistido de mim, e principalmente de nós dois. E como consequência disso... — ela pôs a mão na barriga movida por um instinto natural materno — ...vem alguém muito especial por ai. — Seus olhos derramaram lagrimas acumuladas.

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora