Os médicos tiraram Josué do chão em cima da maca e o levaram para a ambulância. Clara foi logo atrás, estava aflita para saber como Josué ficaria depois de um tiro que era para ela.
O peso da exaustão e alívio saltavam ao olhos azuis carregados de lágrimas de Marta. Seu corpo desejou mais do que tudo um abraço bem apertado de Zé, e foi exatamente oque recebeu dele após pedir através do olhar. Zé acolheu o corpo dela no seu, beijando o topo de sua cabeça. O comendador se afastou um pouco, estudou os olhos dela e beijou sua testa.
— Você está toda machucada, Marta. Eu não devia ter permitido você se sujeitar a isso, my diamond.
— O pior já passou, meu bem. Eu estou bem— enquanto ela falava, uma pontada fraca veio em sua barriga, mas não foi nada que tomou sua atenção — Da Isis eu esperava tudo de pior. Mas do Maurílio? Não! Eu não esperava nada disso. Ele poderia ter me matado se quisesse. Eu confiei nele, Zé.
— Esse é o nosso problema, Marta. Confiar nas pessoas erradas.
— Dona Maria Marta, com licença. A senhora precisa ir para o hospital — Uma moça vestida de branco apareceu.
— Ah, não. Não precisa, eu estou ótima — O seu repúdio a hospitais falou mais alto.
— Vai sim senhora. Precisa sim! — Zé contra-argumentou.
— Não, Zé. Foram só alguns ferimentos superficiais. Eu estou bem, falo sério. E além do mas eu...Aí! — Ela exclamou ponto a mão na barriga de novo.
— Dona Marta, oque a senhora está sentindo?
— Eu não sei. De repente uma pontada muito forte na minha barriga. Aí! De novo! Eu não estou me sentiu bem — Ela foi segurada por Zé e logo em seguida desmaiou.
— Marta! — Ele a segurou no colo.
— Tragam uma maca, rápido — A paramédica chamou pela equipe que estava do lado de fora.
Depois de imobilizada, Marta foi levada para a ambulância.
— Oque ela tem? — Zé perguntou aflito, enquanto via os paramedicos colarem diversos fios em sua esposa.
— Nós ainda não sabemos. Mas a pressão dela está muito alta e os batimentos cardíacos estão muito acelerados. Vamos ter que fazer exames, mas só os médicos vão dizer com mais certeza — A moça explicou enquanto arrumava Marta.
A ambulância partiu. Logo atrás estava a de Josué, o comendador pensou que Clara estava com ele e possivelmente estavam indo para o mesmo hospital.
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Novamente e mais uma vez, a família Medeiros se encontrava numa sala de espera de um hospital. Aquele clima de agonia, expectativa e impotência.
Clara, sentada num canto do sofá, observava o vazio. Estava imersa em pensamentos devidos entre sua mãe e Josué. Já Zé, estava encostado na parede com bravos cruzados e uma face pensativa.
— Josué de Souza! — Um homem moreno, portanto uma prancheta nas mãos, uma caneta no bolso esquerdo do jaleco apareceu, quebrando o silêncio da sala — Vocês são os Medeiros?
— Sim. Lucas respondeu.
— Eu sou o cirurgião Caio.
A filha do comendador logo se levantou num súbito de curiosidade.
— Vocês são parentes dele? — Indagou o médico.
— Ele é meu amigo — Zé se pronunciou.
— Como ele está?— perguntou Clara com a expressão pesada.
Parecia ser de praxe do médico fazer aquele suspense matador antes de dar uma notícia boa ou ruim. Se eles soubessem o quanto os nervos das pessoas ficam à flor da pele com isso, acho que diriam logo.
— Ele precisou passar por uma cirurgia. Mas, felizmente e por muita sorte a bala não atingiu nenhum órgão. Ele só perdeu um pouco de sangue, mas já está se recuperando no quarto — comunicou o médico.
Clara sentiu como se um peso enorme fosse arrancado de seus ombros de uma só vez. Foi inevitável o sorriso.
— Eu já podemos vê-lo?
— Daqui a uma hora. Por enquanto não!
Para Zé, metade de seu peso havia sido retirado, pois eles ainda não tinham notícias de Marta.
— E Marta, você é o médico responsável por ela? — Zé perguntou.
— Don Maria Marta não sou eu, e sim à doutora Vivian.
Assim que disse o nome da médica, a mesma apareceu.
— Olá, ouvi meu nome — Ela foi gentil — Eu a doutora Vivian, responsável pela dona Maria Marta.
— Bom, com licença. Daqui a uma hora eu retorno — Caio se retirou.
— Como a minha mulher está? — Zé foi direto ao ponto.
— Ela está bem. Só estava com a pressão muito alta e nível de estresse também, e isso acabou acarretando num desmaiou. O corpo dela estava muito vulnerável para a sua condição.
Ninguém tinha entendido a última frase da doutora. Um ar de dúvida pairou e a médica logo percebeu.
— Como assim, na condição dela? Oque minha mãe tem? É grave, doutora?— questionou Clara.
— Não, não é nada grave não — Ela os tranquilizou — É algo muito bom, na verdade. O senhor é José Alfredo Medeiros, não é?
— Sim, sou eu.
— A dona Maria Marta está grávida!
Por minutos a sala ficou em silêncio absoluto. Talvez todos e não só Zé, estivessem processando aquela notícia tão arrebatadora.
Clara riu.
— Doutora, você tem certeza do que está falando?
— Absoluta. Sei que pode parecer impossível na idade dela gerar um filho, muitos acham isso. O susto de vocês é completamente normal. Mas a saúde fica da dona Marta é impecável. E segundo os meus exames...— Ela examinou algumas folhas em sua prancheta —...ela está grávida de duas semanas e meia.
— Caraca! —exclamou Lucas completamente perplexo.
— Não tô acreditando nisso — Zé Pedro comentou.
— Pai...— Clara olhou para a fase ainda paralisada de Zé e abriu um sorriso — De tanta coisa ruim, tinha que vir algo bom. Parabéns.
— Grávida? — Ele perguntou atônito olhando para a médica.
— Sim! — a médica segurou o riso — O senhor não sabia?
— Não.
— O senhor quer vê-la?
— Eu posso?
— Mas é claro. Um por vez, por favor. Me acompanhe.
[...]
Outro cenário já conhecido, Zé entrando no quarto para ver Marta. Só que para o seu alívio, dessa vez ela não estava correndo um risco sério de vida. Apenas de ainda estar atônito com a noticia, ele quis saltar de alegria.
A primeira coisa que fez foi abraçá-la e dar um beijo.
— Marta, muito prazer, eu sou a doutora Vivian.
— O prazer é meu. Detesto perguntar isso, mas, os meus exames já saíram? — Ela perguntou.
— Sim. Estão ótimos. E não podiam estar melhor. Tenho uma ótima notícia para você.
Marta encarou Zé, que tinha uma feição mais leve.
— Oque foi?
— Você está grávida, Marta!
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Meu Diamante - MALFRED
Fanfiction+18 | Uma fanfic baseada na novela Império. Nesta história, você vai poder curtir momentos do casal mais amado da novela, Zé Alfredo e Maria Marta. Momentos nos quais a novela não teve. A começar pelo triângulo amoroso entre Maria Marta, Zé Alfredo...