Meu Diamante - MALFRED

Capítulo 52

— Josué, eu e o Zé já sabíamos disso. Só estávamos esperando vocês virem nos contar — Marta foi bem tranquila quanto sua opinião — Eu só quero a felicidade da minha filha, então eu vou ser bem sincera e pedir que você a ame de verdade, assim ela merece. Sendo assim eu não me oponho a nada.

Depois da resposta dela, só restava a de Zé, que ainda estava em silêncio.

— Eu não tenho do que ser contra. Eu confio no meu amigo. Mais Clara não de ser minha filha, e se você aprontar qualquer coisa, por mínima que seja, acho melhor tu encontrar um bom esconderijo por eu vou te caçar, cabra — Zé foi firme.

Josué pôde respirar aliviado e até rir da situação.

Zé levantou e abraçou.

— Bem vindo a família!

Com certeza, com o tempo Josué se soltaria mais nesse quesito.

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Mais tarde....

Marta havia ido para casa mais cedo, antes de Zé. Mesmo só chegou em casa umas horas depois. Nesse tempo, ela já estava na suíte master, sentada na cama, usando seus óculos de leitura e apreciando um bom livro cheios de misterios de sua escritora favorita, Agatha Christie. Aquele era o "assassinato no beco", Christie tinha uma escrita rebuscada e muito inteligente,  bastante sutil, que conseguia prender toda atenção de Marta.

Desse jeito, quando Zé chegou, ela nem notou sua presença.

— Falei com o Cláudio — ele se aproximou da cama e deu um beijinho nela.

— E então?

— Reunião amanhã aqui em casa, ele e Beatriz. Vamos planejar tudo onde será a festa e o resto.

Falavam sobre os preparativos do casamento. Em uma conversa que tiveram, optaram por ser algo simples, algo que não fosse um banquete para a mídia inteira comentar.

— Da licença — Clara apareceu na porta — Posso?

— Claro que pode, entra.

Ela foi até a cama e subiu na mesma.

— Hum, mais já vai se aboletar no meu lagar, Maria Clara? — Implicou Zé.

— Vou, hoje você dorme na sala — Ela deitou a cabeça sobre o colo de Marta e ficou fazendo carinho na barriga da mãe — Minha atenção hoje é para a minha irmãzinha.

— Já lhe disse que vai ser macho.

As duas fizeram a mesma cara.

— Vai ser menina, Zé. Que coisa — Marta retrucou.

— Pai, esquece. É menina! Você não vai ter outro filho homem.

— Isso é oque vamos ver!

— Zé...— Antes de conseguir terminar de falar, Marta sentiu um enjoo muito forte.

Algo praticamente a obrigou a sair correndo.

— Oque foi mãe?

Ela nada disse, apenas abandonou o livro na cama, se levantou e foi para o banheiro. Clara correu logo atrás.
Seu bebê já estava dando os devidos sinais de que estava bem ali. Cada dia mais próximo de chegar a família Medeiros.
Ajoelhada e com Clara a ajudando, ela no fim, se sentou no chão e abriu os olhos.

— Mãe, você está bem? Ainda está enjoada?

Zé correu logo atrás a ajudando também.

— Não sei...— Ela limpou a boca — ...aí meu Deus eu não acredito que realmente estou passando tudo isso de novo pela quarta vez. E a culpa é inteiramente do seu pai.

Ele riu.

— Melhorou? — Ele perguntou dando um beijo na testa dela.

— Por enquanto sim.

— Sinais de que minha irmãzinha esta chegando — Clara brincou.

— É, e vai dar bastante trabalho quando nascer, já está dando agora — Zé concordou.

— Ah, está vendo. Então você admite que será uma menina? — Marta o alfinetou.

— Vai ser homem, Marta. Esqueça. Vem, levanta — Ele a ajudou.

— Menina, Zé. Menina!

Algum tempinho depois...

— Bom, vou deixar vocês se amando assim tão carinhosos um com um outro e vou me arrumar — Sua aparência carregava leveza e felicidade.

— E onde a minha filha vai a essa hora? — Zé perguntou checando a hora no relógio de pulso.

— Sair com o meu namorado, gato, lindo e maravilhoso — Ela riu, indo em direção a porta.

Marta riu da cara que Zé fez.

— Só não vá esquecer de seu pai!

— Não acredito que o velho comendador está com ciúmes do seu melhor amigo e de mim? — Ela implicou.

— E eu lá sou homem de sentir ciúmes, Maria Clara?

— É sim, Zé. Você morria só de me ver com o Maurílio!

— É verdade, pai.

— Essa já é outra história, que só de lembrar já me dá reverterio!

As duas riram alto de Zé.

Clara se despediu mais uma vez e saiu. Deixando os dois finalmente sozinhos.

— Agora falando sério, Marta. O enjoo passou? — Zé se sentou na cama, ponto a mão na barriga dela.

— Graças a Deus sim. É horrível ter que colocar tudo para fora assim de repente. Mas eu sei que faz parte — Ela colocou a mão por cima da dele e fez um carinho — Obrigada por isso — Ela agradeceu claramente radiante pela gravidez.

Os olhos de Zé se encheram com um ar de felicidade e também.

— Você lembra oque me disse na nossa primeira vez? —  Ela perguntou.

— Não, eu estava ocupado de mais prestando atenção em outras coisas —  Eles riram —  Mas podemos fazer de novo para ver se eu me lembro, talvez.

— Estou falando serio, Zé. Você disse que eu faria parte de você pro resto da vida!

— Eu me lembro sim. E você faz mesmo, e sempre vai fazer parte de mim, Marta. Sempre! Você é a mulher da minha vida —  Ela se posicionou no meio às pernas dela.

Por segundos eles ficaram sem silêncio, apenas admirando um ao outro. Sentindo uma quantidade de amor inexplicável. O desejo que Zé sentia por Marta agora, era muito maior. Era mais intenso, mais necessário, mais voraz. E sobre ela, estava o mesmo sentimento. Agora estavam completos!

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Um mês depois...

— Mãe...—  Clara bateu na porta antes de entrar.

Seus olhos se encheram igualmente ao coração quando viu Marta vestida de noiva, completamente pronta. Ela parou onde estava, juntou as mãos frente ao rosto e abriu um sorriso de completa felicidade.

— Mãe, você...você está linda — Ela expressou ainda admirada.

Marta carregava no rosto o frescor da felicidade plena de quem estava indo se casar. Sentia as mesmas emoções da primeira vez. Só que dessa vez, não seria numa igreja cercada de pessoas da alta sociedade, jornalistas, tabloides, revistas como havia sido quando se casou da primeira vez. Agora não, agora era diferente, oque mais importava ali era a felicidade com a qual caminharia junto deles dali para frente. Seria algo simples, uma cerimônia apenas para os amigos e familiares.

— Pronta? —  Clara perguntou estendendo a mão para ela.

— Sempre estive! —  Ela segurou a mão da filha.

***

E no próximo capítulo O CASAMENTO!
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