Capítulo 27

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Marta usava uma saia cintura alta verde escura, um cinto preto e uma blusa branca com detalhes em renda. A maquiagem sempre suave e leve, apenas para realçar oque já era perfeito. Os cabelos por trás da orelha e o óculos de leitura no rosto, davam a ela ainda mais elegância, graça e beleza.

Doutor Merival e Zé já estavam sentados na mesa de vidro que ficava na sala, esperando por Marta. Quando a mesma desceu as escadas, sua presença tomou conta do ambiente, atraindo a atenção dos dois homens apaixonados por ela ali presentes. Sim! Doutor Merival também era apaixonado por Marta desde...sempre!

- Bom dia, Merival - Ela cumprimentou apenas ao amigo.

- Bom dia, Marta. Como vai?

- Bem, mais vou ficar ainda melhor quando assinar os papéis. Cadê?- Ela foi curta e grossa.

Para ela, a presença de Zé ali era insignificante.

- Estão aqui - Merival pegou os papéis em sua pasta - como você sabe, só falta a sua assinatura e aí estarão oficialmente divorciados. Então, antes disso, preciso fazer a perguntande praxe; tem certeza de que querem fazer isso? Ambas as partes estão de acordo?

Os olhos de Zé disseram que não, mais seus lábios:

- Sim!- Ele disse.

- Certeza que sim! - Ela o fitou, logo após, assinou.

A cabeça de Zé chegou num ponto de desespero interno. Pois ali, diante da assinatura dela, ele sabia que a perderia para sempre. Oficialmente Marta não era mais sua mulher, não o pertencia mais amorosamente. Agora ela estaria livre para viver outra vida, com outra pessoa, se quisesse. E só de imaginar outro homem em sua vida, outro lhe proporcionando alegrias e carinhos que ele não deu durante muito tempo, o deixou numa tristeza que não coube dentro dele.

Havia perdido o amor de sua vida e talvez nunca mais a recuperasse.

Com os papéis já assinados, Marta o colocou na mesa junto da caneta.

- Era só isso?- Marta perguntou ajeitando a postura.

- Sim. Apenas isso.- Dr Merival concluiu.

- Então, se me dão licença. Eu tenho mais oque fazer.

Do mesmo jeito que chegou, ela saiu, em silêncio! Retornou a subir as escadas e sumir no andar de cima.

Ao chegar em seu quarto, ela fechou a porta, se encostou na mesma e fechou brevemente os olhos.

- Você finalmente fez a coisa certa, Marta.- ela sussurrou para si mesma.

Dando distância da porta, ela caminhou até a cama e se sentou, pegou seu celular na cabeceira da cama e discou um número.

- Helena? Tudo bem?

- Oi Marta. Sim, estou bem! Precisa de algo?

- Sim, que você venha até a minha casa. Preciso de uma ajuda sua.

- Claro! Não demoro muito e estarei .

- Ok. Fico te aguardando.

E desligou. Na cabeça da imperatriz, os planos já estavam formados e sem chances de voltar atrás.

[...]

- Mais Marta...você tem certeza de que quer fazer isso?- Meia hora depois, Helena já estava no quarto de Marta conversando com a mesma.

- Absoluta! Mais vou precisar da sua ajuda para isso. E ouça, apenas você saberá disso. Mais ninguém, nem mesmo Clara. Entendeu?

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora