Logo ele e justo ele foi quem ela encontrou na cozinha com uma cara tão fechada que mal dava para definir qual era o seu estado de humor. Marta, ainda usando sua camisola azul escura de setim, com o robi combinando, quando apareceu na cozinha.
— Teu macho mandou pra você aí, ó! — ele foi delicado como "coice de mula".
Aquelas rosas e a caixa conseguiram lhe tirar um belo sorriso matinal. Ela realmente havia ficado feliz com o gesto de Maurílio. Seu sorriso intensificou ainda mais durante a leitura do bilhete.
— É, existem homens que sabem como tratar uma mulher. São raros, mais existem! — Ela o alfinetou enquanto colocava o cartão dentro das flores novamente.
— Se essa indireta foi para mim, não me atingiu. Até por que Marta, Isis nunca reclamou da minha até então, falta de cavalheirismo.
Só o nome de Isis já era suficiente para mudar completamente o humor de Marta, e com razão, ele não perdia a oportunidade de introduzir aquela menina em tudo.
— Vai a merda, Zé!— Ela desejou saindo da cozinha.
Mesmo sem olhar para trás, ela sentiu ele fazer o mesmo caminho que ela.
— Vai ficar me seguindo feito alma penada agora?— Ela perguntou se virando.
— Eu estou indo para o meu quarto, que infelizmente fica ao lado do seu.
Clara saiu do quarto de Marta.
— Vocês já estão brigando a essa hora da manhã? Que coisa, hein.
— Você dormiu com sua mãe?— Zé perguntou apontando para o cômodo.
— Sim, algum problema? É proibido agora?— Ela foi ríspida, erguendo as sobrancelhas.
— Não, nenhum. Só estranhei.
— Eu também tenho estranhado tanta atitude sua pai, mas nem por isso você me vê te perguntando nada. Da licença — Ela fez menção em sair — Bom dia, mãe — Clara deu um beijo no rosto de Marta e seguiu pelo corredor.
— Você conseguiu colocar Clara contra mim, parabéns Marta.
— Eu?
— Não se faça de sonsa, esse tipo não combina com você.
— Eu não coloquei ninguém contra você. Você sabe muito bem o quanto eu e Clara somos próximas, do quanto ela tinha ciúmes de mim na infância, quando nós dois ainda éramos próximos. Ela só percebeu que a errada nessa história toda, não sou eu. E além do mais ela é bem inteligente, não precisou da minha ajuda para reprovar suas atitudes.
— E a culpa é minha?
— Agora é você quem está se fazendo de sonso — Ela fechou a cara.
— Marta, eu já disse a você e a todos dessa casa que tudo isso não precisaria estar acontecendo, bastava nós termos conversado, chegado a um consenso, assinado o divórcio e era cada um para um canto sem nem metade disso tudo. Mais você prefere bancar a atriz e interpretar um sofrimento que não me parece tão real assim — Ele disse fazendo pouco do real sofrimento de Marta.
— Não te parece real? Bem se vê que você não tem um pingo de sentimentos por mim. Escuta uma coisa, nem que um dia você venha me pedir perdão de joelhos, nem que você implore, diga que me ama, admita que errou, nada, absolutamente nada vai me fazer perdoar você. De você eu quero distância, Zé. É aquela franga ruiva que você quer? Então que vá você e ela pra bem longe de mim — Ela seguiu para o quarto e bateu a porta.
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— Você tinha que ter visto mãe, aquela vaca da Maria Clara, o jeito que ela falou comigo, me tratou como se eu fosse uma cachorra de rua. Ai que ódio — Isis esbravejava enquanto andava de um lado para o outro com os nervos aflorados.
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Meu Diamante - MALFRED
Fanfiction+18 | Uma fanfic baseada na novela Império. Nesta história, você vai poder curtir momentos do casal mais amado da novela, Zé Alfredo e Maria Marta. Momentos nos quais a novela não teve. A começar pelo triângulo amoroso entre Maria Marta, Zé Alfredo...