Capítulo 24

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— Entra, agora!— Isis induziu Zé a entrar numa sala fechada de espera.

Bateu a porta atrás de si e se encostou na mesma. Estava vestida completamente diferente do abitual, usava roupas pretas, os cabelos presos e uma maquiagem leve, porém marcante aos olhos. Carregando consigo uma aura completamente negativa.

Inibido e ainda atônito, Zé a encarou com a arma na mão, um jeito de bandida.

— Abaixe esse negócio Isis...ficou doida?

— Xiiii!!! Caladinho, quem fala aqui sou eu...me admira você ainda não ter entendido!

O olhar dela pareceu induzir ele a encontrar a resposta...

— Não...voc...você não é o f...

— Fabrício Melgaço? Aham! Sou eu mesmo!— admitiu fria.

— É mentira! Você está inventando isso — era difícil para ele acreditar.

Foi um tipo de impacto que não deixa a fixa cair assim na hora.

— Então tá...vamos relembrar os fatos. O tiro que a Marta levou, se você parar para pensar, ele não veio de frente, não veio de lado e sim de trás...e advinha quem estava atrás?

Zé paralisou dos pés a cabeça.

— Quando seus netos quase morream, quando mandei dar um tiro no seu carro, os freios da Maria Clara, a quase morte do Zé Pedro na sauna, o Lucas drogado...e por aí vai...

O homem ia "voar" nela, mais a mesma foi mais rápida em seu reflexo e mirou a arma nele, o fazendo recuar imediatamente.

— Quietinho aí— ele ameaçou com a arma em punho — Continuando...eu já fiquei sabendo que você voltou com a Marta, que até passaram a noite juntos e por isso ela está aqui. Isso só mostra o quando você é volúvel, Zé. Bastou eu dizer não, que você voltou correndo para ela. Nojo de vocês dois...mais não se preocupe que eu tenho tenho arma perfeita...— Ela brincou com a arma na mão —....para acabar com essa merda toda. Escuta bem porque eu só vou falar uma vez, e se você se recusar a fazer oque eu quero, eu mato a sua família inteira, e você sabe que não estou brincando.

Os olhos úmidos, a boca espumando de raiva, o coração acelerados e a respiração descompassada conduziam o interior de Zé a um turbilhão de emoções e uma irritante sensação de impotência.

— Espero que tenha aproveitado sua noite com ela, pois foi a última. Você vai dizer a ela que...

E ele teve que ouvir ameaça por ameaça, calado.

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Ainda dormindo, a mente de Marta viajava em uma lembrança misturada com sonho.

[ sonho on ]

— Promete?— Ela ainda sobre o corpo quente e suado dele, perguntou.

— Oque?

— Me amar para sempre?

— Eu já te amo, Marta— confessou Zé.

— Tem certeza?

— Claro que tenho!

— Então diz "eu te amo, minha imperatriz"....

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora