Capítulo 20

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Aquele hábito de passar a mão nos cabelos dele durante os beijos, Marta nunca perdia. Zé não tinha ideia do oceano de sensações que ele causava dentro dela com um simples toque, que dirá um beijo tão cheio de amor como estava sendo aquele.
Sua língua pedindo permissão para a dela, sendo aceita e dando continuidade à um beijo digno de Malfred.

Totalmente preocupado, ele não fez nem metade do que sentiu vontade de fazer com ela, até mesmo o beijo ele controlou para não passar do ponto por causa do estado delicado dela.

Ao fim do beijo, Marta manteve os olhos fechados e fez uma cara de esconforto e apertou a mão de Zé.

— Marta, oque foi?

— Eu odeia pedir, você sabe...— Ela olhou para ele — mais chama o medico por que eu acho que esse anestésico está passando.

O efeito do anestésico estava passando rápido demais, consequentemente revelando a dor da cirurgia.

Prontamente Zé foi chamar, e não demorando muito, o médico responsável por ela, apareceu.

Comendador ficou no quarto acompanhando todo o processo e pela primeira ele desejou mil vezes ter ela perturbando seu juízo, do que vê-la tão vulnerável daquele jeito. Seu coração apertou de uma forma que nunca havia acontecido. Teve vontade de passar toda a dor dela para si, só para não ter que vê-la passar por tal situação.

Quando o médico repôs a dose de morfina, o mesmo avisou que Marta não ficaria acordada por muito tempo e assim que ela dormisse, ele poderia sair.

— Detesto hospitais! — Ela era Maria Marta até num leito de hospital.

Zé riu fraco.

— Logo você volta para casa.

— É, volto para ficar sozinha. Volto pro meu quarto e para o processo do divórcio que só falta eu assinar, e aí Zé... —A sonolência já começava a vencê-la —...você vai ficar livre de mim, oque é uma pena já que para você eu ainda vou estar vivissima para te atormentar.

— Não é hora disso, Marta!— ele alisou a mão dela.

E novamente, ele tirou a máscara dela e deu outro beijo, ainda dando tempo de ser retribuindo e levar de brinde um sorriso lindo. E enfim ela dormiu.

Zé colocou a máscara dela de volta e ficou a olhando.

— My diamond!

Logo em seguida, saiu.

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— Seu eu descobrir quem fez isso com Marta, Josué, eu nem sei oque eu faço—Zé bateu na mesa com a mão fechada.

— Mais o você tem alguma ideia de quem tenha sido?

— Tá na cara que foi esse miserável do Fabrício Melgaço. Esse homem quer me destruir e está atacando a minha família para conseguir isso!

— É verdade! Mais até ontem você estava desconfiando que a dona Marta também poderia ser esse tal Fabrício...

— Agora não desconfio mais. É impossível ser a Marta. Não teria lógica alguma, como ela iria atirar em si mesma— Ao final da fala lhe bateu uma culpa de um dia ter desconfiado dela.

Josué estudou bem as palavras antes de falar oque estava pensando.

— O comendador não percebeu mais...quase não falou em Isis desde o acontecido no sambodromo!

— É, minha cabeça anda tão cheia de preocupações, agora é essa de Marta levar um tiro que poderia ter sido para mim. Eu não estou com muito tempo para Isis, mais vou dar uma passada no apartamento dela hoje.

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora