Capítulo 32

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Em cada pessoa existe um limite certo de paciência para cada situação. O nível de Marta já havia ultrapassado fazia tempo em relação a Isis e tudo oque ela estava causando  em sua vida.

— Eu vou tirar você da minha frente, nem que seja à força...

Dessa vez não deu tempo de impedir que Marta avançasse em Isis, segurasse seus cabelos com as mãos e praticamente a arrastasse para fora do hospital.

— Me solta sua louca... me larga Marta — Isis rosnava de raiva enquanto era arrastada para fora.

Todos viram a cena, mais apenas já do lado de fora, que os seguranças do hospital puderam intervir e tentar separar. Mais a força com que Marta jogou Isis no chão, e começou a enchê-la de tapas, ficava mais difícil ainda apartar. Conseguindo uma das mãos livres, Isis devolveu um tapa em Marta, oque desencadeou na imperatriz uma fúria maior ainda,  agarrando a garota pelo pescoço, forçando contra o chão onde estavam.

— Eu vou matar você com as minas mãos, vagabunda...— tapa — ordinária de quinta— outro tapa.

—Marta, chega...para...para — Zé puxou a ex mulher pela cintura, a levantando do chão.

Enquanto os seguranças levantavam Isis do chão.

— VOCÊ VAI ME PAGAR POR ISSO, MARTA— Isis gritou, olhando para Marta com muita raiva.

— Se aparecer na minha frente de novo eu arranco seus olhos com as minhas mãos — Marta respondeu enquanto ainda ofegava.

Um filete de sangue saia de sua boca, os cabelos desgrenhados, metade da blusa rasgada e alguns arranhões pelo corpo, foram as marcas que Marta deixou na garota.

— Você sabe que ela vai me pagar por isso— Ela ameaçou Marta olhando para Zé.

Apenas ele sabia oque aquilo poderia significar.

Com uma enorme vontade de devolver ainda mais tapas na garota, Marta tentou ir para cima dela, mais Zé ainda segurava firmemente sua cintura contra seu corpo, impedindo que outra briga se continuasse.

— Anda, some daqui, vai. Anda logo! Antes que eu arranque mais um tufo dos seus cabelos falsificados — Marta esbravejava enquanto sacudia numa das mãos um tufo de cabelo ruivo.

Isis entrou no carro e foi embora.

— Chega, Marta!

— Me larga. Anda, me solta — Ela se ajeitou, reassumindo sua postura devida de imperatriz.

Zé respirou fundo, tentando esquecer aquela cena que tinha acabado de acontecer.

— What the hell, Marta. Você não tem mais idade pra ficar arrumando briga por aí. E ainda me arranhou todo, olha aí...— Ele apresentou os antebraços arranhados das unhas dela.

— Como é que é? Está me chamando de velha, seu jagunço sem educação?— Ela pôs as mãos na cintura.

— Ê, ê, ê, eu não falei nada disso, Marta. Só disse que...

— Oque você disse não me interessa mais. E outra coisa, só me dirija a palavra se for alguma coisa relacionada aos nossos filhos ou a Império. Fora isso, eu quero distância de você — Ela terminou de falar e voltou a entrar no hospital.

Que difícil para ele era estar de novo naquela situação, em pé de guerra com ela o tempo inteiro

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Mais tarde...

Depois de colocar Martinha no berço, Du olhou para João Lucas deitado na cama, ele parecia estar em qualquer lugar, menos naquele quarto. Ela caminhou até a cama a e se sentou na beirada, acariciando a perna dele.

— Oque foi?

— Tava aqui pensando no nosso casamento que já é daqui a menos de duas semanas.

— E daí?

— Daí que quando a gente planejou nosso casamento com aquela reunião em família, decidindo colocar várias paradas diferente, a gente planejou que os coroas iam dançar juntos, os pais do noivo e tal...na hora eles discutiram mais apoiaram a ideia. Mais o problema é que agora tudo mudou, a parada tá mais séria. Aquela Isis vai vir morar aqui do nada, tá uma confusão.

— É...agora deu ruim.

— Eu sei, lek. Como que a gente vai fazer?

— É melhor deixar rolar e ver oque acontece no dia — Ela torceu os lábios.

— Uma tempestade vai acontecer.

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— Mãe — Clara se agarrou ao abraço de Marta ao vê-la se aproximar da cama.

A própria já estava acordada, e completamente normal. Apenas com algumas cores e o braço engessado, mas no mais, tudo estava bem.

— Que susto você me deu, Clara — Marta confessou se separando do abraço.

— É, eu sei. Mais já estou bem. Ou pelo menos vou ficar.

— Tem ceteza?

— Tenho, dona Marta. Mais você também não ficou atrás. Para onde você foi? Sumiu, mãe? Que isso? Deixou a gente sem saber oque pensar, oque fazer.

— Minha filha, o foco aqui é você. Não eu!

— Não senhora, pode começar a falar. Vamos, mãe. Onde você estava?

— Genebra.

— Nossa, nem imaginei esse lugar. E por que sumiu?

— Ah, Clara. Com tudo esse inferno que essa amante do seu pai está cantando na nossa família, eu precisava de um tempo para mim.— Relatou ela.

— Tudo bem. Compreensível. Mais custava avisar? Pelo menos para mim? Nossa família está correndo perigo de todo lado mãe, você sumindo assim a gente pensou que você poderia ter sido morta, sequestrada ou sei lá mais oque...esse inimigo está mais perto do que vocês imaginam...— Ao final da frase ela se arrependeu ao ver a fase confusa de Marta.

— Como assim? Você sabe quem é? Descobriu quem é?

— É...não, não mãe. Eu só especulei. Só isso, não sei quem é.

Mesmo aceitando a resposta de Clara, ela não se convenceu. Uma pulga ficou atrás de sua orelha.

— E outra coisa que eu vou comunicar a todos, mais já que estou aqui, você vai ser a primeira a saber.

— Oque?

— Eu vou sair de casa!

— Que?

— É exatamente isso. Eu não suporto mais o seu pai. Não suporto mais essa situação humilhante. Quando aquela garota entrar por aquela porta, aquela casa vai virar um inferno, e eu nao posso ficar lá, ou uma de nós duas vai sair morta. E eu te garanto que não serei eu — Ela respondeu convicta.

— Mãe, aquela casa também é sua. Tudo aquilo também é seu. Essa Isis nao vai ser ninguém dentro daquela casa...

— Infelizmente ela é sim. Ela é a mulher por quem seu pai me trocou, a mulher que vai dormir com ele, que...enfim. Eu quero mais é que ele sofra muito nas mãos dela. Ele merece esse castigo — sua fala carregava amargura.

Clara quis tanto falar a verdade, quis tanto acabar com aquele sofrimento que ela sabia que estava matando Marta por dentro. Ela até disfarçava bem, mais com qualquer olhar um pouco mais atento, notaria sua infelicidade, sua dor e amargura.

— Muitas coisas não são oque parecem, mãe. Tenho certeza que no final você vai entender oque estou dizendo — Ela acariciou a mão de Marta.








Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora