Capítulo 48

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Assim que entraram no terreno onde ficava o galpão, Zé já podia ver o brilho de uma luz muito forte pelas janelas do lugar.

— Isso é fogo! —  Zé tratou de se apressar em sair do carro assim que ele parou.

Todos saíram dos carros.

— Será que minha mãe está aí dentro?

—  É bem provável que sim —  Josué destravou sua arma —  Eu vou ajudar o comendador e você fica aqui fora.

No instinto "mandão" de ser, Josué e Zé tinha mais em comum do que podia perceber.

— Negativo! Eu quero ajudar. Vim até aqui para isso.

— Vai ajudar muito ficando aqui, segura!

— Josué, é minha mãe que está lá, não vou ficar aqui sem fazer nada. Eu vou com ou sem você — O jeito dela de se impor era igual o de Marta.

Foi exatamente por aquela personalidade que ele se apaixonou.

— Tudo bem. Já vi que não vai adiantar nada pedir para você ficar. Vamos.

Clara o seguiu.

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O vapor quente das chamas já começava a ficar ainda mais intensas. Ardiam cada vez que se alastravam pelo ambiente.

— Tá gostando? Tudo especialmente para te ver queimar, Marta — os olhos de Isis saltavam insanidade e o brilho vermelho das chamas.

De tanto se mexer, o pano que marrava a boca de Marta ficou frouxo.

— Você é doente, psicopata. Louca.

Imediatamente ela segurou o pescoço de Marta de forma agressiva.

— Me chame de louca mais uma vez e juro que não espero esse fogo te queimar e te mato antes de disso — Ela exclamou em tom baixo mas ameaçador.

— Louca! — Marta a desafiou com os azuis penetrantes.

Isis sacou uma faca cuja a ponta era tão afiada que brilhava com a luz do fogo.

— Isis — Maurílio chamou — Esse não foi o combinado. Era Marta morrer aqui no incêndio e não esfaqueada. Chega, já deu.

— Me larga, Maurílio — Ela se desvencilhou ao sentir ele segurar seu braço — Fica na sua ou você morre também.

— Você sabe que...— Ele parou de falar de repente — ...xiii, fica quita. Tem alguém aqui.

Os três ficaram em silêncio.

— Você contou para alguém que estava aqui? — Isis arregalou os olhos dilatados para Marta.

— Lógico que não, eu vim pra cá com um pano imundo na minha cara, nem eu sei onde estou, que dirá qualquer outra pessoa.

Isis "rosnou" de raiva.

— Eu te avisei para não contar a ninguém — A coronhada que Isis deu em Marta, não a fez desmaiar, mas serviu para machucar.

Presa, ela não tinha como reagir e muito menos expressar a dor em qualquer palavra, pois sua boca também estava com o pano. Marta abaixou a cabeça, apertando os olhos para suportar a dor e soltando um grito abafado. O sangue da cabeça dela escorreu pelo pescoço até começar a pintar no chão.

— ISIS!

A voz potente do delegado ecoou dentro do galpão. O mesmo estava com a arma em punho apontada para ela, assim como os polícias atrás dela.

Maurilio e Isis também apontaram as armas de volta. Ao ver Zé aparecer, ela o encarou com um sorriso e um olhar insano.

— Se qualquer um de vocês se aproxjmanem se seja um pouquinho, eu atiro nela sem pensar duas vezes! — Isis disse aqui para todos, mas olhando fixamente para Zé.

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora